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sábado, 15 de outubro de 2016 at 16:13
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feliz dia do professor!


Pra quem já saiu da vida acadêmica há um tempo, como eu, hoje é dia de relembrar aqueles que nos aturavam por tantas aulas tentando ensinar alguma coisa pra vida.

Eu estudei a vida inteira na mesma escola, então todo mundo me conhecia (ainda que eu não fosse uma pessoa exatamente popular). Minha mãe era dessas que ia em to-das as reuniões de pais e professores, anotava tudo, levava questões e depois contava tudo pro meu pai (meu pai foi em algumas, mas não tinha a mesma eficiência).

Mas pra ser sincera, até estava conversando isso hoje mesmo com minha mãe, eu nem lembro quem foi minha primeira "tia". Minha introdução na escola foi muito traumática, eu simplesmente odiava tudo sobre a "ida a escola" e praticamente só tenho lembranças tenebrosas dessa época.

Tiveram as tias que deixaram eu levar uma balançada na cabeça em pleno período de aula. Essas tiveram sorte de que nos anos 1980 os pais eram mais de boinha, não perderam o emprego nem meus pais processaram a escola por descuido.

Ai teve a tia bacaninha dos meus 5 anos. A tia era corredora de rally!!! Lembro de ir nuns eventos pra vê-la, era bem legal. Bom, aos 5 anos eu achava ela o máximo.

Teve a tia que me ensinou a ler, e minha mãe era fã dessa tia. Era uma tia meio brava, mas legal. Minha mãe pediu pra escola pôr meu irmão na sala dessa tia, coitado. Acho que minha mãe demorou muito pra entender que os filhos tinham necessidades diferentes na vida...

No primário tive aquela tia que eu amava. Todo mundo tem uma dessas, que a sala toda adora. Mas também tive aquela tia carrasca que ninguém nunca mais queria ver na vida. E ai ela cruzou nosso caminho de novo no ginásio e já nem parecia mais tão assustadora. Mas também não era mais tia, era professora.

No ginásio eu me rebelei, então tive uns momentos mais tensos com as professoras. Tinha uma de gramática que me odiava. Nossa, ela era o cão chupando manga! Nem sei o que foi dela, e olha que de um jeito ou de outro a gente sempre ficava sabendo o que acontecia com os professores. Lembro de interromper uma aula dela sem querer porque eu vi um gato passeando pelo telhado através da janela. Esse era o nível de foda-se que eu tinha por aquela aula.

Claro que eu não me dava muito bem com as de matemática, eu era muito burra de números. Eu fiz kumon, mas acho que isso só piorou minha relação com a matéria. Uma delas me pôs pra sentar numa carteira lá no fundo da sala. Coitada dela, eu era uma líder da rebelião nata.

Tinha a professora de biologia milagrosa. Minha sala era a pior do meu ano em termos de disciplina, mas na aula dela não se ouvia um piu, as pessoas pareciam em transe. Melhor aula que tive na escola, com certeza.

Teve uma de bioquimica que confiscou meu walkman e levou pra "orientação". Fui buscar com a responsável, que só me disse pra "não ser pega da próxima vez". Ela era a cara do Paulo Nunes (jogador do Palmeiras na época) e a aula dela era muito chata. Tão chata que teve um dia que todo mundo dormiu na carteira (eu sei porque sentava no fundão e repetente me dei conta de que tava todo mundo abaixado na cateira).

Aliás, no quesito "professores sósia", naquele ano ainda tivemos o professor Mr Bean, de geografia. Uma letra tão bonita! Um tom de voz tão sério!

E a de inglês, que tinha a maturidade de uma ginasial e tinha alunos preferidos. Eu não era uma delas, claro, mas quando eu briguei com uma, ela não pôde fazer nada, porque eu era a melhor aluna dela (dar uma prova ferrada pra mim seria ferrar a sala inteira).

No colegial eu acho que eu já não me importava muito. Eu já tinha passado anos odiando estudar naquele lugar que eu deixei de me preocuupar. Mas tinha que passar de ano, né? E não davapra fazer sem entender quimica. E meu pai era bioquimico. Mas nossa, foi difícil. Fiz a professora me indicar um livro de estudos (ela não acompanhava nenhum). Mas eu era tão ruim que nem assim eu conseguia ir bem. Eu dormia na aula dela. E só passei a conseguir nota quando uma amiga que ia muito bem na matéria começou a estudar pra prova comigo. Ai no último ano a minha sala de humanas ganhou um professor novo, que não ensinou nada direito, mas que era muito engraçado. Passei no vestibular sem entender patavinas de química.

Tinha a professora de álgebra que devia achar que eu era um caso perdido, mas que estranhamente ia com a minha cara. Dizia que eu tinha que fazer economia na faculdade. As vezes eu achava que não era ela que corrigia as minhas provas, ou ela saberia como eu era ruim de números! Teve um ano que eu tirei um 4 no boletim, exatamente o suficiente pra passar de ano, mas ainda assim uma nota vermelha que poderia ser recuperada. Me recusei a fazer a recuperação e ela achou que eu era doida.

Mas também teve o professor de sociologia e filosofia, novinho de tudo, que se esforçava muito pra fazer a minha turma se engajar na matéria dele, que ficava nervoso, falava errado e me escutava corrigi-lo ali na segunda fileira.

E a professora neo gótica de biologia, novinha também, doida, a paixão dos meninos da turma, mas que dava uma aula muito legal.

Tinha a professora japa de biologia do ano seguinte que gritava e ninguém gostava, só eu e uma amiga. A aula dela era ótima, a voz é que não ajudava.

Ai no fim a gente ganhou a professora boazinha de biologia, fraca pra dar aula, mas um amor de pessoa. Deu a única questão de prova que confundiu todo mundo da sala, porque em aula ela não tinha mencionado nada sobre o assunto mas tinha um texto muito bom no livro, que eu li porque realmente era interessante e no fim aparentemente fui a única que leu, porque fui a única que aceryou a questão (ou seja, a sala ficou puta comigo porque ela não podia cancelar a questão).

Mas foi no colegial que descobri minhas matérias favoritas, geografia e história, com professoras boas de verdade! Ainda me lembro das aulas de astronomia no começo do ano. E daquelas aulas maravilhosas de história, que me faziam sentir como se eu realmente estivesse aprendendo algo (RIP professora Maria Tereza, se foi tão cedo)!

Ainda fiz cursinho, mas devo dizer que se a maioria dos seus professores de cursinho não forem bons, saia já desse cursinho! Eles simplesmente tem que ser, esses realmente são pagos pra fazer você pelo menos decorar algo pro vestibular!

Dessa época lembro do professor de geografia casualmente chegando numa aula contando que um segundo avião tinha atingido o WTC em NYC. Tipo, oi? Eu nem sabia que tinha tido um primeiro! (E gente, ele era a cara do Leôncio do Pica Pau!) Tinham os professores japas de algebra e geometria que iam com a minha cara e a da minha amiga só porque também eramos japas (mas nossa, como a gente era horrível de conta!) e um professor que achou das profundezas do universo que eu tinha passado num vestibular de meio do ano e resolveu anunciar pra sala toda (porque aparentemente eu não estava levando uma questão tão a sério quanto eu deveria).

Na faculdade aprendi a duras penas que professor é um facilitador de conhecimento. Ou deveria ser, porque as vezes parecia que eles eram dificultadores. Tinha o professor estrela do curso (quem fez turismo com certeza estudou partes do livro dele) que aparecia só 1x por mês pra dar aula. Tinha aquele com quem eu impliquei tanto que eu não lembro um a da matéria que ele deveria ter dado. Teve o Clóvis de Barros Filho que na época era "só" o nosso professor mais bacana (mas que não ensinou exatamente o que a gente deveria ter aprendido naquela aula). Tinha a coitada da professora que tinha que tentar dar aula de linguistica competindo com a Quinta & breja. Alguns professores picaretas, outros nem tão bem preparados assim ("um trem 24h? noturno ou diurno?" - situação real!!!)...

Falando assim não parece, mas eu era de fato uma boa aluna. Eu anotava a maioria das matérias, eu estudava pras provas e eu tentava prestar atenção nas aulas. Eu tinha notas boas, apesar de ser meio burra, então eu acho que me esforçava pelo menos o suficiente. E apesar de odiar a escola, até tenho umas boas lembranças de alguns professores. No fim, nossas experiências nos tornam aquilo que somos,e eu gosto do que me tornei.

Esqueci de mencionar os professores do inglês, mas nossa, isso já virou textão, deixa pra próxima!

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that would be me. bye!

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Pode me chamar de Vy. Balzaquiana com cara de universitária. Turismóloga de formação. Rodinha não só nos pés, mas no coração também. Introvertida. Blogueira old school.

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