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segunda-feira, 19 de junho de 2017 at 12:16
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parada do orgulho lgbt

Um dos motivos pelos quais eu sempre odiei morar no interior é que lá nunca acontece nada. Quando mudei pra SP vi a oportunidade de participar de todos aqueles eventos que eu só via na tv.

A parada do orgulho lgbt era um desses eventos que eu só via do outro lado da tela, e que parecia ser algo muito divertido, sem contar ser de um valor culturas e social sem tamanho. Em 2004 eu finalmente fui numa parada, que acontece sempre no domingo do feriado prolongado de Corpus Christi. E por acontecer sempre no feriado, acabei nunca mais estando na cidade pra participar. Até esse ano.

Claro que por ter tido tanto feriado prolongado já, eu pude me dar ao luxo de não voltar pra casa durante o feriado e ter ficado com certa preguiça de pegar a estrada cheia e na verdade é só por isso que fiquei, ser bem o feriado da parada foi um bônus.


O dia acordou ótimo, com sol mas sem estar muito quente, então fui almoçar na Liberdade. Resolvi ir pela Barra Funda porque a região da Paulista e da Consolação estavam interditadas já, e depois pra ir pra Paulista seria mais fácil. A Liberdade estava bem calminha, talvez por ser feriado. O metrô estava bombando em todas as direções. Eu resolvi que decidiria onde descer pelo fluxo. Desceria onde a minoria resolvesse descer.

Com isso, desci na Consolação, perto das 14h, acreditando que a maioria estivesse no MASP. ledo engano. A saída do metrô estava abarrotada, e em certo momento as pessoas começaram a se movimentar em bloco. Uma galera que já estava lá há um tempão, debaixo do sol, dançando e bebendo loucamente, todo mundo esmagado parecendo lata de sardinha. Até achei que ia dar bosta, que pessoas seriam pisoteadas e uma tragédia daria lugar a alegria, mas não sei o que houve, em dado momento, sincronizadamente, as correntes de gente indo e vindo convergiram e escoaram pela Augusta e todos pudemos nos salvar e respirar. Ficar na Paulista estava impossível!


Resolvi andar pelas ruas paralelas e fui parar na Frei Caneca. Resolvi testar, na verdade, porque achei que pudesse estar ainda mais cheia do que a Augusta. Mas que surpresa! A esquina estava bem agradável, dava pra ficar de boa na calçada vendo os trios passarem!

Fiquei ali um bom tempo, vendo todo tipo de gente passar. Acho tão legal ver a expressão dos indivíduos em manifestações como esta! E todo mundo parecia estar super tranquilo, certo de que seus direitos poderiam ser respeitados nem que fossem por aquelas horinhas.

Dali eu vi a maioria dos trios passarem, numa grande cacofonia entusiasmada. O que mais gostei foi de ver a Daniela Mercury passar e celebrar a diversidade, super animada, cantando e pulando loucamente. Claro que aquilo não é sambódromo e não havia muita ordem, e tudo era meio rápido, mas é uma ótima oportunidade para conhecer o que é essa celebração de amor.

A única coisa ruim que aconteceu foi fora da parada. Peguei o metrô pras Clínicas e de lá ia pedir um taxi por aplicativo, mas um mendigo veio importunar, não dei atenção e ele resolveu me perseguir. Não sei as outras pessoas, mas eu tenho um radar que é bem bom pra distinguir se os outros tem boas intenções ou não, e aquele ali não tinha boa intenção nenhuma. Voltei correndo pra barreira e pedi ajuda prum metroviário e fui embora pra Vila Madalena, porque eu não ia dar sorte pro azar.

Mas o saldo foi muito positivo e se eu ficar na cidade nos próximos anos, vou sempre tentar participar. Mas nunca mais descer no metrô Consolação, haha!


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that would be me. bye!

sexta-feira, 16 de junho de 2017 at 12:01
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#gratidão

Eu não sou uma pessoa de drama, de verdade. Eu sempre tento amenizar as situações porque eu não suporto gerar stress emocional. Mas nos últimos dias, quem me acompanhou mais de perto sobe que eu estava sofrendo muito. E em situações extremas a gente acaba transbordando. Quero agradecer as pessoas que me emprestaram os ouvidos para aguentar todas as minhas lamentações nos últimos dias. Vocês me ajudaram a manter minha sanidade.

Como ntrovertida eu tenho tendência de guardar tudo e analisar minusciosamente cada detalhe e cada sentimento, mas ultimamente tudo ficou demais pra mim e começou a me fazer mal fisiologicamente. Eu quando fico ansiosa e deprimida perco a vontade de comer, mas preciso me movimentar, o que acaba atacando meu sistema digestivo. A única parte boa é que pelo menos o exercício me faz dormir um pouco melhor, mas quando não dá pra fazer, nem dormir eu consigo.

Mas agora passou. Ou eu espero que comece a passar e que eu tenha minha paz mental de volta. É muito difícil pra alguém tão equilibrada quanto eu ter esses momentos de turbulência, porque eu não sei lidar.

Eu sei que preciso começar a trabalhar essa questão dos sentimentos. Acho que nunca vou deixar de ser INTJ, mas, teimosamente como uma, eu vou tentar, porque não faz bem mesmo passar por toda essa gastura.

Porém tudo fica um pouco melhor quando se tem amigos, né? Aqueles que nem sabem direito o que houve mas ainda assim tentaram me confortar e aqueles que tiveram que aguentar minha diarréia verbal, meu muito obrigada. A gente não é nada mesmo sem amigos <3


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that would be me. bye!

segunda-feira, 12 de junho de 2017 at 10:07
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heartbreak warfare

É incrível o que a mente humana é capaz de fazer a gente sentir.

Nunca fui fã dessa data, ainda mais porque ela é uma invenção comercial para alavancar vendas numa época fraca. Invenção, diga-se de passagem, do pai do nosso nada ilustre prefake.

Em geral eu tento evitar sequer pensar nisso.  Nos últimos anos tive várias distrações, tipo a Copa e o show dos Backstreet Boys, mas esse ano parece que eu não tinha mesmo como escapar.

Minha mãe sempre fala que o ser humano é um bicho muito estranho, que parece que não sabe viver sem problemas. Em nações desenvolvidas, com um sistema muito mais igualitário e justo, as pessoas não parecem muito mais felizes do que em lugares como o Brasil, cheio de corrupção, desigualdade e violência.

As vezes eu penso se não estou nesse mesmo barco. Cresci numa vida de privilégios que me proporcionam levar uma vida confortável hoje. Não é uma vida de luxo, mas é uma vida sem muitos problemas. Tenho um emprego que paga as contas, e agora estou em um lugar que gosto muito. Tenho uma família muito boa, que enfrenta alguns problemas, mas nenhum deles desesperador. Meus amigos são ótimos e estão de prontidão pro que der e vier. A única coisa que me falta pra completar o quadro da vida perfeita mesmo é um namorado.

E até um tempo atrás, isso não era exatamente um problema. Sendo INTJ eu consigo saber que eu sou sim mais feliz sozinha do que mal acompanhada, que eu preciso de grandes momentos de solidão para funcionar, então mudar esse status quo não é do meu interesse. E ainda assim, aqui eu me encontro querendo um namorado para romper essa calmaria.

O pior de tudo é que eu consigo racionalizar até essa vontade, mas eu não consigo me livrar dela. Eu sei que o que meu ego quer é algo que ele não precisa. Validação externa dificilmente é algo realmente valioso, e ainda assim é a única coisa que parece que pode apaziguar esse diabinho no meu ombro.

É fácil sofrer por amor. Dói, mas existe uma razão. Sofrer por um não amor é muito mais complicado, é algo que é difícil de explicar e que, literalmente, não tem razão.

Hoje não é um dia bom, e eu já sofri bastante antes e sei que vou sofrer ainda por um tempo, mas espero que vá passar. Espero que seja uma fase. Se tem algo que aprendi na vida, é que nem adianta não sofrer quando o coração dói. Deixa acontecer, que uma hora passa, e talvez passe mais rápido quando a gente se permite sofrer. Não é bom, mas é o que tem pra hoje.

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that would be me. bye!

sexta-feira, 9 de junho de 2017 at 10:30
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#euli: baby proof, emily giffin

Descobri Emily Giffin através da Fe, que é fã da autora. Na época, resolvi ler um livro dela depois de ter sido adaptado para o cinema. "O noivo da minha melhor amiga" é o filme do livro "Something borrowed". O título é uma alusão à tradição de usar "something old, something new, something borrowed, something blue" (algo antigo, algo novo, algo emprestado, algo azul). Em "Something borrowed acompanhamos a história da Rachel e seu envolvimento com o noivo da sua melhor amiga, a Darcy. A história continua em "Something blue", contada pela visão da Darcy (no Brasil o livro ganhou o título de "Presentes da vida" - e devo dizer já que as "traduções" dos títulos dela são péssimas). E no fim do livro tem uma "amostra grátis" de outro livro da Emily, o "Baby proof" (Uma prova de amor, que achei particularmente medonho).

"Baby proof" é sobre Claudia, uma mulher de uns 30 anos que não quer ter filhos. Ela conhece Ben em um encontro às escuras, e além de ele ser bonito e interessante, também compartilha da sua não vontade de ter filhos. Eles se casam e tem uma vida ótima... Até que, claro, Ben começa a duvidar da sua escolha de vida. Então acompanhamos a história pelo lado da Claudia, que tenta dissuadir o marido da ideia absurda de ter filhos nessa altura do jogo, sem sucesso, e a vida de uma mulher aos 30, bonita, bem sucedida, inteligente, independente e morando numa cidade grande (Nova York).


Eu gosto dos livros da Emily Giffin pois contam histórias de mulheres reais. Não são perfeitas, e não são parecidas (não são as Helenas de Manoel Carlos, por exemplo). A Rachel era um tipo bem mais "fofinho", a Darcy era meio "maluca" e a Claudia é um tipo bem racional. E todas tem defeitos. E todas estão na faixa dos 30 anos, uma coisa meio "Sex and the City", hehe.

Acho que de todos os personagens que eu já li até hoje, a Claudia é a que eu mais me identifiquei na vida. Desde o começo fiquei pensando que tudo o que ela pensava e fazia era exatamente o que eu faço e penso! Não só porque ela não quer ter filhos, mas suas motivações, sua racionalidade e sua maneira de ver a vida. Claudia definitivamente é uma INTJ, como eu!

Pelo título original, "Baby proof" (algo como "A prova de bebês"), eu não tinha muito como saber que rumo a história podia levar. Claro que não é um livro trágico e super denso, mas a verdade é que durante a leitura a história parece tão real que você começa a imaginar todos os cenários muito reais que o desfecho pode levar. Afinal, a vida real não tem nada de conto de fadas e finais felizes. Mas pelo título que ganhou por aqui, já dá pra imaginar (ainda bem que eu não sabia o título daqui antes de ler!).

A leitura não levou nem 48h direito, é bem fácil e leve, mesmo em inglês. Gosto que conta uma história real, não existe nada de extraordinário, nenhum acontecimento surreal e os personagens parecem muito reais, baseados em gente de verdade, sabe?

Não é meu livro favorito (ainda gosto mais de "Something borrowed", por exemplo), mas com certeza Claudia é a personagem que representa a minha vida. Tive vontade de chorar de emoção de me sentir tão bem representada! 

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that would be me. bye!

sexta-feira, 2 de junho de 2017 at 10:30
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o mês de um milhão de dias

Maio finalmente acabou, e ao mesmo tempo que sinto que durou mais do que deveria, que fiquei exausta do mês, parece que também não fiz nada.

Último dos moicanos feriados

Passei o último feriado prolongado em SP mesmo, sem minha side kick da hora. Vocês também tem dessas de ter fases com os amigos? No momento tô numa fase Andréia, que foi minha "bixete personalizada" na faculdade. Ela é da roça também e morou o 1º semestre dela lá na nossa rép. Sempre que ela fica aqui quando eu também estou, passamos o finde juntas, praticamente. Vamos almoçar, passeamos pela Paulista aberta, vamos pra balada... Mas nesse feriado ela foi pra roça e eu fiquei, left to my own devices...

1 ano do sobrinho-afilhado

Pois é, já faz 1 ano que voltei da Inglaterra, então faz 1 ano que meu sobrinho nasceu, me fazendo "ficar pra titia", literalmente. Comprei um jogo de encaixar pra ele, minha mãe achou que seria muito avançado. Chegou na festinha, e ele ganhou mais uns outros 2 ¬¬

O tema da festa foi o "Pequeno Príncipe". Quando eu era criança, amava o anime, ganhei o livro com uns 10 anos e... ODIEI! O começo do livro é mesmo muito chato, e o livro mesmo não é exatamente pra crianças. Reli com 18 anos e amei (menos a parte da cobra com o elefante que continuei achando chata). E desde que meu sobrinho nasceu a mãe dele o chama de príncipe, então resolveu fazer a festa com este tema. Porém, acho que ela não conhece a história direito?

Apesar de ele ter tido faringite no finde, a festa foi um sucesso, tudo ficou pronto a tempo, a decoração ficou linda, as comidas... Só que eu fiquei EXAUSTA de ter que passar tanto tempo com a família dela (que é legal, mas não é a minha) e da festa em si. Acho que ainda tô me recuperando, não tô 100% não.



Festa estranha, com gente esquisita

A Andreia, depois de muito ralar no Turismo e continuar pobre, decidiu que essa não era vida pra ela e resolveu virar universitária de novo. E desde que entrou na faculdade de Direito, tem convidado todas as amiguinhas pra acompanhá-la em alguma das festas da nova faculdade. Como ela já está no 4º ano, resolvi finalmente aceitar o convite.

Como já disse, essas coisas são no mínimo uma oportunidade de observação antropológica. Não foi de todo ruim porque no fim tivemos acesso ao camarote e a festa foi a tarde, além de ter 2 ambientes e em um deles tocar EDM o tempo todo. Apesar do open bar, me comportei exemplarmente e a bebida era só um pouco menos pior do que o que eu me lembrava das minhas festas da faculdade.

Mas não posso dizer o mesmo da minha amiga, que eu encontrei dormindo num canto. Por sorte eu resolvi procurá-la, e por sorte ela estava no camarote, senão eu teria ido embora sem ela, sem saber o que aconteceu. As amigas 9nhas dela não fizeram nada pra ajudar, encarreguei algumas de carregar minha amiga pra fora e levei ela de volta pra casa. Ela não estava passando mal, mas estava meio apagada, então fiquei preocupada. Deixei ela em casa, depois de dar um monte de água e algo doce para ela comer, voltei pra minha casa pra tomar um banho e ainda voltei pra passar a noite com ela, em caso de ela passar mais mal. Eu sei, eu mesma me achei a própria #friendshipgoals nesse dia

Dedo podre

Acho que, além de me faltar muita sorte nessa vida, eu ainda tenho dedo podre e não me ajudo mesmo. E em tempos de swipe left or right, essa é uma expressão bem literal! Um dia isso ainda vai virar uma anedota pra contar por aqui, mas vou comentar que a parte que eu disse que parecia que tinha e não tinha acontecido muita coisa no mês em grande parte se deve a isso. Acho que ainda não resolvi isso muito bem internamente (olha a INTJ gritando ai!), então melhor não comentar nada pra não falar besteira. Mas me desejem boa sorte, ou eu posso enlouquecer.

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that would be me. bye!

about the girl

Pode me chamar de Vy. Balzaquiana com cara de universitária. Turismóloga de formação. Rodinha não só nos pés, mas no coração também. Introvertida. Blogueira old school.

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