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terça-feira, 16 de maio de 2017 at 10:30
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síndrome de impostor (sobre auto estima e auto confiança)

Esses dias descobri uma página no feices que é para mulheres INTJ (já falei um pouco sobre isso aqui) e eu super me identifico, até mais do que eu deveria. Se antes eu já achava fascinante ficar observando as interações sociais, hoje eu percebo o quanto eu fico analisando as minhas próprias experiências, as vezes mais do que vivendo elas.

Uma vez li sobre a tal síndrome do impostor, que é quando a pessoa, mais do que não se achar capaz de algo, acha que está escondendo do mundo o quão inábil é, fazendo o resto do mundo acreditar que el@ é capaz quando el@ mesm@ sabe que não é. Por exemplo, eu sempre me senti meio desconfortável com elogios, porque nunca me achei tão boa quanto as pessoas diziam que eu era. Mesmo quando eu tinha 7 anos e minha mãe achava minhas redações incríveis, eu achava que elas eram ok, não entendia muito bem como o que eu escrevia podia ser tão excelente assim e temia que uma hora ela descobrisse essa verdade. E isso se estendeu a minha vida acadêmica toda, até chegar na faculdade. Na faculdade eu vivi uma dualidade em que ninguém jogava confete pra mim dentro dela, mas todo mundo com quem eu cresci (e ficou na roça) achava o máximo eu fazer USP. Foi ai que eu entendi também que é fácil ser bom entre os medíocres e é difícil se diferenciar entre os bons.

Mas longe de mim achar que eu faço parte dos incríveis. Com o tempo eu só percebi o quanto na minha vida inteira eu sou privilegiada e isso facilita muitas coisas pra mim. Eu não faço parte dos incríveis, eu só soube aproveitar as oportunidades que a vida me deu de mão beijada.

Achei que essa coisa da auto estima fosse melhorar depois de me formar, mas acho que na vida profissional é que a síndrome do impostor pega mais ainda. Porque a gente passa a ser remunerado pra fazer algo, é mais responsabilidade, mas quando é que a gente amadurece e começa a achar que está fazendo a coisa certa? Parece, na maior parte do tempo, que a gente tá só fingindo que sabe fazer algo, mas que uma hora vão descobrir que a gente é só mais um incompetente no mundo. As vezes eu até acho que sei como as coisas tem que ser feitas, mas na hora de fazer, sai tudo errado!

Eu até tenho alguma boa auto estima na vida, mas auto confiança são outros quinhentos. Até acredito que possa dar certo, mas mais do que fazer a minha parte, eu torço pra que realmente dê certo, porque não sei se vou conseguir fazer o suficiente, sabe?

Isso também se aplica ao mundo dos relacionamentos, desde as amizades até os relacionamentos amorosos. Eu amo meus amigos de paixão e faria de tudo por eles, mas as vezes eu não sei se estou fazendo mesmo, sabe? Sei que eles se desdobram por mim quando preciso (e prefiro nem pedir pra não abusar), mas as vezes acho que sou muito passiva =(

Voltei a usar aplicativos de relacionamentos (mesmo depois do wtf do último moço), e depois de tanto tempo você começa a sentir só mais um rosto entre milhares, sem nada de especial. Eu acredito piamente que os homens, quando querem conquistar, falam aquilo que as mulheres querem ouvir. E a sociedade faz a gente acreditar que tudo o que mulher quer é ser bonita e magra, então eu nem acredito quando os caras elogiam beleza, porque acredito na tendência de aumentar o que eles acham de verdade. E isso tem sido bem difícil, porque tanto ceticismo tira o romantismo da vida.

Sendo INTJ eu disseco todo o processo e analiso cada letra de cada discurso, mas sendo libriana, eu fico pesando todos os prós e os contras e sou incapaz de decidir se eu devo acreditar, no que eu devo acreditar e se eu devo simplesmente deixar acontecer. Meu lado INTJ nunca deixa, principalmente meu emocional imaturo que tem medo de sofrer de novo, e ai eu já não sei se as coisas não dão certo porque elas não eram pra dar mesmo ou se fui eu que não deixei a coisa fluir =/

Ah, e isso no fim não ajuda nada na minha auto confiança, porque não adianta me dizer que sou incrível e depois simplesmente sumir. Melhor não falar nada, né...

Que se foda a beleza. Se quiser me ganhar, elogie a minha inteligência - Yang, rainha da porra toda

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that would be me. bye!

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Pode me chamar de Vy. Balzaquiana com cara de universitária. Turismóloga de formação. Rodinha não só nos pés, mas no coração também. Introvertida. Blogueira old school.

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