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quarta-feira, 29 de julho de 2015 at 10:30
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coisas que você deve ter em mente ao visitar o Japão

Resolvi fazer esse post depois que me mostraram uns posts sobre Japão que dá vontade de bater de raiva nas pessoas que postaram. Todo mundo sabe que eu sou japa falsa, mas pera lá, tudo tem limites.

1. Leia muito sobre o país, a cultura e os costumes. Mas preste atenção no que está lendo! Quanto mais informações tiver sobre os hábitos locais, menos traumática será sua viagem.

2. Quanto mais vocabulário você tiver, mais fácil de entender o que acontece a sua volta, mas isso não significa que os japoneses ficarão menos tensos ao interagir com você. Se você não tiver cara de japonês eles demoram a entender o que você fala.

3. É possível se virar em inglês, mas é bom que você ao menos entenda como as coisas funcionam minimamente. Por exemplo, se precisa pegar trem e metrô em tokyo, é bom saber as linhas, cobrança, etc.

4. Eles dirigem na mão inglesa. Tome cuidado ao atravessar as ruas! Ah, e só atravesse na faixa e no farol vermelho.

5. Na escada rolante na maioria das cidades as pessoas param na esquerda e andam na direita. Em Osaka é ao contrário. Não atrapalhe o fluxo.

6. Os trens são cobrados por distância, então mantenha consigo o ticket até o fim do trajeto ou vai ter que explicar para o guarda da estação de onde veio e o que aconteceu  (e pagar novamente).

7. No trem, não faça barulho. Mantenha o telefone no modo silencioso.

8. Se estiver próximo a porta do vagão no trem cheio, dê espaço ou até desça na plataforma para permitir que as pessoas saiam.  Se estiver fora, espere todos sairem para poder entrar (é bom avisar o óbvio porque todo dia a gente vê no metrô de SP o povo tentando entrar enquanto pessoas saem e gente que não dá passagem na saída).

9. Facilite o troco para o seu próprio bem. Eles sempre tem trocado, porém a nota mais baixa é de 1000 ienes, as chances de você ter muita moeda guardada fazendo peso ao fim da viagem é  grande se não colocá-las para circular.

10. Não é costume consumir alimentos andando. É que assim você evita sujar a rua.

11. Lixeiras nas ruas são raras. Guarde seus lixos para jogar em casa, no hotel ou em algum lugar onde você milagrosamente ache uma. Jamais jogue lixo na rua! O lixo também deve ser separado de acordo, não jogue lixo no lugar errado.

12. Japoneses seguem regras, fazendo sentido ou não. Siga as regras. A casa é deles, não sua.

13. Eles não aceitam gorjetas. Eles acreditam que o trabalho tem que ser sempre bem feito.

14. Não se passa dinheiro diretamente das mãos, todo o estabelecimento tem uma bandeja pequena para que você deposite o dinheiro para o atendente. O troco é dado igualmente, contado as vezes até 2 vezes na sua frente.

15. Não se mexe com dinheiro na mesa que se come. Você deve pagar sua refeição no caixa na saída.

16. Japoneses não costumam enrolar na mesa depois da refeição, principalmente se o restaurante tiver fila de espera.

17. Se tiver amigos ou conhecidos japoneses, não presenteie com nada que esteja em 4. A antiga pronúncia do número 4 lembra a palavra morte e presentear com coisas em conjunto de 4 é desejar o mal para a pessoa presenteada.

18. Se desprenda do sushi e do sashimi! A culinária japonesa é muito mais do que peixe cru. Também se desprenda da versão ocidentalizada da comida japonesa. Esqueça cream cheese e sushi California.

19. Não se preocupe com diferença de preços pelo mesmo produto em lugares diferentes. Os valores são similares, não existe essa coisa de cobrar mais em local turístico. A diferença pode ser a versão, que pode ser exclusiva do local e não é vendida em mais nenhum lugar.

20. Vários estabelecimentos comerciais oferecem "tax free", isenção de impostos  (8%) para estrangeiros. É  preciso apresentar o passaporte no ato da compra e os produtos são embalados em um pacote especial que não deve ser violado até a saída do Japão  (a alfandega pode pedir que você apresente os pacotes lacrados para averiguar).

21. As medidas de vestuário são menores. Quem usa P no Brasil pode facilmente ser um G lá. E os sapatos em vários lugares são medidos como P M G! M é o nosso 35. Ou 23.5 cm.

22. As porções de comida também são menores que nas Américas. Os maiores pratos costumam ser de lamen e ensopados em geral. E domburis (tigela de arroz com "mistura"). Mesmo em redes como Deny's as porções parecem muito menores do que no Brasil.

23. Muitos produtos tem embalagem só em japonês, sem uma letra romanizada sequer. Ou você chega com toda a informação pronta e só compra aquilo, ou faz como eu e compra coisas que você nem sabe o que é pela aventura, haha!

24. Se não estiver em uma excursão, você vai andar pra caramba. Mais do que na Disney. Prepare-se. Leve os melhores sapatos de caminhada. E o salompas, gelol, dorflex... E claro, muita disposição!

25. Eu achei as mulheres e os jovens muito mais prestativos do que os homens de meia idade. Ou eu tive azar. Na dúvida, recorra a aqueles primeiro.

26. Em alguns banheiros públicos ainda existe a opção de vaso sanitário do tipo fosso, ou a famosa "motoquinha": a louça é no chão e você tem que se agachar para fazer as necessidades. Em geral todo banheiro público tem pelo menos uma cabine com opção de banheiro "ocidental"; é ok esperar essa opção vagar (se estiver com prisão de ventre, porém, experimentar usar o vaso "tradicional" pode te ajudar a evacuar).

Essa lista pode sofrer alterações com o passar do tempo, mas acho que por enquanto são as coisas principais e mais básicas de que me lembro!

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that would be me. bye!

segunda-feira, 27 de julho de 2015 at 10:30
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ano sabático e o voluntariado

Acho que nunca entrei em detalhes aqui sobre essa fase da minha vida. A gente lê por ai sobre um monte de gente que cansou da vida e resolveu tirar umas férias indeterminadas mas nunca de fato conhece uma, nunca é uma pessoa próxima. Porém isso não pode impedir de ir lá e ser a primeira do grupo, né?

Eu já estava de saco cheio do mundo do turismo há um tempo. Um campo ingrato que exige muita formação, com salários de chorar e nada de reconhecimento. E pra piorar, apesar de eu não estar no atendimento direto, fazia parte de vendas  (back office) e só tomava na cabeça. Já tava querendo dar um tempo de tudo e inclusive me planejando pra isso quando a crise veio e, combinado com o fato da gerente da área não ir com a minha cara (quem me levou pra lá foi o dono), levei o corte.

Foi alguns meses mais cedo do que eu estava me preparando, mas no fim foi até melhor. Já estava desmotivada e com a demissão, recebi as multas, fgts e seguro desemprego.

O seguro não é grandes coisas, mas eu também não tenho grandes contas fixas. O segredo é sempre estar preparado. Eu tinha um dinheiro guardado, que é o dinheiro que eu sempre separo do salário, geralmente pensando em uma viagem, mas que pode ser pra qualquer outra emergência, claro. E o fgts. Não sai gastando porque de repente tinha esse dinheiro "sobrando". Guardei pensando que seria melhor gasto quando tivesse um plano.

O único problema é que eu não estava preparada psicologicamente para ter tanto tempo livre pra mim. Eu geralmente planejo muito na minha mente o que vou fazer, como eu vou fazer, quais os resultados eu quero alcançar, mesmo que nada saia conforme o esperado. Eu fico perdida sem esse planejamento.

Fiquei sim um tempo perdida sem saber o que fazer, com mil coisas passando pela cabeça mas sem nada que me prendesse.

Acho que essa coisa de retorno de Saturno e crise dos 30 é um fatão da minha geração, é a nossa crise de meia idade. Somos uma geração atrasada, na verdade. Passamos pelas etapas nas idades certas, mas sem maturidade nenhuma. Ainda somos adolescentes quando nos formamos na faculdade, não temos maturidade nem experiência pra avaliar o que fazer com a oportunidade de escolher um emprego, uma profissão e uma carreira e muito menos para perceber que estamos fazendo escolhas das quais nos arrependeremos no futuro. E um tempo depois, quando a poeira baixa e nos acostumamos a vida adulta, entramos em parafuso nos perguntando o que fizemos das nossas vidas, desesperados para procurar fazer a coisa certa. Somos a camada predominante da população e é por isso que parece que de repente todo mundo está em crise e largando tudo pra trás. E em parte é isso que acabou me motivando a fazer o mesmo. Como muita gente da minha idade está passando por crises e tendo culhões para fazer mudanças na vida deles, isso me mostrou que eu não estou velha como eu pensava para fazer o mesmo.

Uma das questões que começou a me incomodar muito foi o fato de que eu sentia que não estava fazendo nada de significativo pro mundo com minha profissão. Comecei a questionar qual o sentido da vida e qual minha missão, o que eu deixaria pro mundo (já adianto que não tem nada a ver com a -falta de- vontade de ter filhos) e comecei a pesquisar como eu poderia ajudar o mundo.
Foi ai que, numa conversa de bar, um amigo que também estava de saco cheio da vida me contou sobre aquilo que está prestes a mudar nossas vidas.

Camp hill é uma filosofia de ajuda holística a crianças e jovens com necessidades especiais de diversos níveis. É um trabalho de socialização e inserção dessas pessoas de maneira completa e sensível. Existem instituições camp hill espalhadas pelo mundo.

Meu amigo tem amigos no camp hill da Inglaterra que cuida de crianças de 6 a 19 anos e fizeram a "propaganda" do lugar, contando do esquema do voluntariado.

Funciona assim: você entra em contato com eles demonstrando interesse em se candidatar a uma vaga de voluntariado, eles pedem para responder um formulário e fazem uma entrevista via Skype com o RH. Eles perguntam de tudo, como uma entrevista de emprego. Perguntam o que você faz, como conheceu o camp, se está ciente de que é um trabalho que também exige físico (ao contrário do que estamos acostumados, não é ficar sentado o tempo todo na frente do computador) e muito contato com os alunos e se acha que suas experiências de vida podem ajudar no dia a dia do voluntariado. Não é necessário ter inglês fluente, precisa conseguir se comunicar (se virar) no dia a dia e não precisa ter experiência em cuidados com pessoas com necessidades especiais, mas é preciso ter vontade de aprender e ajudar o próximo, de se comprometer e não deixar a peteca cair.

No formulário eles pedem 2 contatos para referências e depois do resultado (positivo) eles entram em contato com essas pessoas para pedir mais informações sobre você. Nessa fase também pedem um atestado de antecedentes criminais que pode ser aquele eletrônico.

Eu não achei a entrevista particularmente difícil, mas geralmente me saio bem nelas, não preciso de ensaio. Não é responsabilidade dos entrevistadores avaliar o nível do seu inglês, mas se você não conseguir interagir com essas pessoas, o que dirá do dia a dia com os alunos? Os entrevistadores são de diferentes nacionalidades, então o sotaque britânico não é um grande empecilho.

A resposta veio poucos dias depois, falando das referências e logo veio também as instruções para a solicitação do visto (no caso das pessoas sem passaporte europeu). Eu indiquei meu ex RH (que já havia se oferecido para dar referências na época da minha demissão) e uma amiga dos tempos de colégio, com quem fiz um trabalho para a opus dei back in the day.

Tirar visto é sempre chato. E nesse caso tinha que descobrir na unha todo o tipo de informação. Começa pelo fato do site da imigração do Reino Unido ter muita informação e não ser muito claro que caminho você tem que tomar para tirar dúvidas ou para solicitar o visto. Entrei em contato com a embaixada que explicou que os consulados aqui não emitem vistos (wtf?)  e que eu deveria procurar um centro de visto  (tipo o do Canadá). A primeira etapa é toda eletrônica. No caso desse voluntariado eu deveria solicitar um visto Tier 5 de trabalho voluntário. Como vou passar 1 ano, antes de tudo deveria pagar uma taxa de "seguro saúde" de 200 libras (sem isso não tem como prosseguir) e preencher o formulário.

No caso desse camp, eles providenciam moradia e alimentação durante o voluntariado, então para a solicitação de visto eu não precisei provar nenhum tipo de fundo financeiro (durante o período eles pagam 35 libras por semana para "gastos pessoais" como compra de produtos de higiene).

Feito os procedimentos online e pago as taxas (mais uns US$ 300) você pode agendar um dia para a entrega desses documentos  (formulários e a carta de patrocínio que a instituição deve providenciar - pode ser a cópia que enviam por email) e fazer o cadastro biométrico. Ai o passaporte e os documentos são enviados  (no caso do Brasil) para Bogotá onde será avaliado. Todas as etapas são informadas por email  (desde a chegada do passaporte no consulado colombiano até o despacho final para o Brasil e a data em que deve ser retirado) mas o resultado você só fica sabendo quando retira o passaporte  (ou recebe via sedex).

Confesso que sempre fico tensa sobre os resultados pois sabemos que mesmo que não tenhamos nada contra nosso nome, os consulados podem negar um visto só porque eles tem esse poder... Não é pessoal, é roleta russa mesmo  (para quem não "deve" nada).

Com toda a burocracia resolvida, ainda falta comprar a passagem, que deve ter validade de 1 ano. Não adianta pegar essas de promoção online que não permitem marcar a volta pra mais de 3 meses depois do embarque. Elas são baratas exatamente porque valem por menos tempo. Eu escolhi cotar com uma empresa especializada em intercâmbio pois estão acostumados com esse tipo de passagem e então tem acesso a uma gama maior de opções. Como sempre, é bom planejar viagem com "margem de erro" e estou cotando a chegada com 1 dia de antecedência do dia que devo me apresentar no camp.

Além disso, tenho que organizar minha vida no Brasil para essa ausência de 1 ano. O que significa empacotar minhas coisas que estão em São Paulo e levar de volta para a casa da minha mãe no interior. Trabalho nada fácil, uma vez que minha vida acontecia principalmente em SP nos últimos 5 anos (ir pra "casa" era só a passeio) e eu tenho a mania de acumular coisas (um monte de sapatos, de bichos de pelúcia, de toy art, etc)...

Sem contar, claro, de me despedir dos amigos. Já marquei uma data, e claro que que tem gente que não vai poder ir e eu terei que encontrar em outras datas.

"Deixar as coisas pra trás" não é uma decisão simples nem covarde. Exige desprendimento e coragem para sair da zona de conforto, pra se aventurar no novo e desconhecido e principalmente pra deixar de conviver com quem a gente mais ama. E pra mim, de tudo, o que vou mais sentir falta vai ser de poder encontrar com meus amigos quando dá na telha, ou ver minha mãe a cada 15 dias, ou passar o fim de semana com a Brisa...

(to be continued... for sure!)

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that would be me. bye!

quarta-feira, 22 de julho de 2015 at 17:45
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layout update

Acho que dá pra ver que mudei um pouco o layout, né? Entrando no clima da viagem já, mudei um pouco a cara disso aqui pra ficar mais coerente. A vida tá bem corrida, mas prometo voltar pra falar da mudança pra Inglaterra com mais detalhes pois muita gente tem perguntado. Por enquanto, hang in there!

that would be me. bye!

at 10:30
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#diáriodeviagem: passeio com a tomodachi!

Nessa viagem eu queria e não queria que o sábado chegasse. Eu não queria que a viagem acabasse rápido, mas eu queria muito rever a Gesiane, parte dos "meus politrequinhos", um grupo de amigos que conheci pela Lia Fugita na época do orkut. A Ge está no Japão por uma bolsa do consulado e se vira muito bem em japonês!

Combinamos de nos encontrar em Harajuku, na famosa Takeshita-dori, cheia de lojinhas de coisas japas. Ah, que delícia encontrar alguém conhecido do outro lado do mundo! E o sotaque do sul que nunca some (a Ge é do RS)?

Descemos a rua conversando e vendo as lojinhas, com tudo que se pode imaginar. Além de moda japa mais barata, lojas de acessórios e bugigangas. Eu acho Takeshita-dori "o" lugar pra fazer compras bem japas, tem tudo concentrado. E lá também tem uma Daiso enoooorme, a mais completa que visitei na viagem. São 4 ou 5 andares de coisas práticas e souvenires, excelente pra comprar os omiyages pra todo mundo.

Fomos almoçar num restaurante super bonitinho que a Gesiane já conhecia, especializado em tonkatsu, ou milanesa de porco. O arroz e o repolho são a vonts (pode pedir pra repetir) e no prato vem 2 pedaços de carne sequinhos, no ponto, uma delícia! Foi uma das refeições mais caras da viagem e não gastei nem 1500 ienes!

De lá fomos pra Kiddy Land, uma loja enorme de "brinquedos" de todos os personagens imagináveis. Tem de Totoro a tudo da Sanrio, a Disney, Harry Potter, Minions... Só faltou a Turma da Mônica, haha! A loja é lotada, o esquema é descer no subsolo pra conseguir pegar o elevador  (sério, é impossível pegar do térreo!) Até o último andar e descer pela escada.


Pra nos recuperar, fomos tomar um café numa loja ali pelas redondezas. Mais pra baixo de Harajuku começam a aparecer umas lojas mais caras... Tipo Chanel =P

Nessa hora, no café, dei uma de "brasileira": peguei um lugar pra nós 2 e falei pra Ge pedir na minha frente que quando ela voltasse eu ia no balcão. Pra que? Ela me lembrou que eu podia largar as sacolas na mesa com segurança, ninguém lá rouba o coleguinha...

De lá fomos pra Ginza pra ver se achávamos uma mala barata. Ginza é o bairro de comércio de luxo de Tokyo, e apesar de parecer contraditório querer achar uma pechincha lá, a Gesiane disse que como tem muito chinês fazendo muitas compras lá, tem essa loja que vende mala barata pra eles carregarem tudo! Meio Orlando e os brasileiros! Mas já era de tarde e os chineses realmente compram muito, não tinha mais quase nada na loja!

Pra não dizer que saímos de mãos abanando, passamos na GU, uma marca low cost da Uniqlo, e comprei uma camiseta com Tokyo escrito, bem turista, haha!

Como ainda precisava da mala, a Gesiane me levou pra Ueno, apelidada carinhosamente de "25 de março do Japão". Claro que nada se compara, mas o que ela também quis dizer com isso é que lá tem comércio mais popular. E realmente, achei a mala que procurava por um preço ótimo! Curiosidade: conversando depois com um amigo que morou lá, descobri que essa loja debaixo da linha do trem é mesmo um bom achado, ele também comprou mala ali, haha...

Demos umas voltas pelas ruazinhas, cheias de lojinhas baratinhas e de segunda mão, até achar uma Book Off! Book Off (e sua irmã Hard Off) é uma cadeia de lojas de segunda mão e ponta de estoque. Foi numa Hard Off que comprei meu primeiro iPod (mini) lacrado (e quando deu pau eles trocaram por outro em perfeito estado)!

É comum os artistas lançarem edições especiais de cds e dvds exclusivos pro mercado japonês e sempre que possível eu gosto de garimpar na Book Off. Foi assim que sem querer consegui uma versão de "This time around" dos Hanson que até minha amiga mais fã teve dificuldade de conseguir (comprei pra substituir o meu que tinha comprado no Brasil e misteriosamente sumiu da caixinha...). Dessa vez, claro, estava atrás de (mais) coisas dos Backstreet boys =).  Achei o single de QPGWMH, e as versões japas de Never Gone e This is Us, com dvd de extras XD #fangirl Infelizmente não achei nenhum dvd...

A noite foi caindo e a fome, depois de tanta caminhada, foi chegando. Paramos num lamen-ya bem bonitinho onde também pudemos descansar um pouco. A Ge disse que garçom estava nervoso, talvez por ter que falar japonês com uma estrangeira, haha!

Levantamos e ainda demos uma olhada nas lojas perto da estação. Resolvi comprar um batom na MAC e tenho certeza que dei tilt na vendedora. A Gesiane, que tem aquela cara de mini polaca, é que teve que pedir as coisas e explicar. Juro que a japa ficou olhando pra gente sem entender como é que a Ge tava falando japonês e eu não sabia nem um "a" de japonês, hahaha! Demorou um pouco pra vendedora entender que ela tinha que explicar pra Ge pra Ge traduzir pra mim (numa língua que pra ela não devia fazer o menor sentido). Mas no fim deu tudo certo.

Ai veio a parte chata do dia, ter que me despedir da tomodachi =( Ela já mora longe quando tá aqui no Brasil, e agora tá mais longe ainda, por mais outro período até terminar a pós...

Nos despedimos (ela teve que me explicar como eu voltava pra minha casa, haha) e voltei pra Shibuya. Ainda resolvi arriscar e achei algumas lojas de rua abertas a noite e tratei de gastar o resto do meu dinheiro.

O bairro estava cheio de gente, todo mundo arrumado indo de um lado para o outro entre os bares, baladas e karaokes da região. Também tinha muitos promotores tentando levar essas pessoas pros seus estabelecimentos e numa dessas levei um baita susto com um moço pulando na minha frente falando entre japonês e inglês. Sai correndinho de perto dele e resolvi ir embora finalmente, exausta. E ainda tinha a mala para arrumar...

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sexta-feira, 17 de julho de 2015 at 11:30
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#gordasafada: picanha e pasta, santo antônio do pinhal

Para quem não sabe, o gordasafada.com.br acabou. #rip bloguinho, foi bom enquanto durou. Infelizmente ele não pagava as contas e cada uma de nós 4 tínhamos outras responsabilidades.

Mas não é por isso que paramos de comer (bem) e procurar coisas novas!

Dia desses fui pra Aparecida com minha família e resolvemos ir almoçar em Santo Antônio do Pinhal. Santo Antônio fica abaixo de Campos do Jordão e muita gente conhece como uma alternativa mais acessível (e disponível) a Campos.

Na verdade, fomos atrás do festival do pinhão, mas já tinha acabado. Resolvemos então passar no boulevard e comer no restaurante de lá.

O Pichanha e Pasta é especializado, sim, em carne e massa. O salão é médio, mas tem um deck com guarda sol que deve ser ótimo... Para dias não tão congelantes. Como tem prêmios tipo Vejinha, parece ser bem conhecido. Quando chegamos tinha uma pequena fila e uma mesa gigante na nossa frente. E isso que já era 15h!

Para matar o tempo demos uma volta pelas lojas e eu tomei um chocolate quente. Parece que tudo ali é meio ligado ao restaurante. Tem ainda um bar e uma lanchonete. E nada ali é muito barato. Minha mãe pagou R$ 10 em um chopp de 250ml...

Lá pelas 16h e pouco fomos chamados e colocados em uma mesa para 4... De frente para a porta do deck. Tava tão frio que a gente tava soltando fumacinha pela boca!!! Não rolou ficar ali e pedimos para trocar. Pelo menos foram rápidos e assim que vagou uma mesa (um pouco maior) nos colocaram lá.

O carro chef do restaurante é um corte de picanha mais grosso. Resolvemos pedir uma porção dessa e outra de picanha normal.

A picanha da casa para 2 pessoas (500gr e 4 pedaços) sai por R$ 145, com arroz biro biro. A picanha gourmet (600gr e 8 pedaços) sai por R$ 98, com arroz branco e batata frita.
Verdade que fomos comer bem tarde e estávamos com muita fome, mas para 4 pessoas, essa quantidade de comida deu bem. Não sobrou nenhum pedaço! A carne estava no ponto perfeito (ao ponto, com o meio rosa), o arroz biro biro estava tão bom que até meu irmão que não come ovo comeu um monte e a batata frita estava excelente (podia vir mais, mas ai talvez comêssemos menos arroz).

O atendimento também foi bem correto, não demorou nada, fomos atendidos nas nossas necessidades e até a gerente veio verificar se estávamos satisfeitos.

Gostamos muito, e pensamos em voltar logo (de verdade, já temos data e tudo)!

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quinta-feira, 16 de julho de 2015 at 10:30
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#diáriodeviagem: odaiba (palette town, divers e acqua)

Acordei determinada a fazer uma maratona: ir pra Odaiba e subir no New York Bar, o bar de "Encontros e Desencontros".

Fui tomar café em um restaurante na estação e dessa vez escolhi um bem japonês. Tinha uma salada junto! Apesar das pequenas porções, dava "sustança".


Tentei entender como ir pra Odaiba, mas errei feio. Fui parara em Shinjuku e tive que voltar pra outra estação (que já esqueci o nome) pra pegar o trem pra Tokyo Teleport. Existe um outro caminho por um trem suspenso que tem uma vista melhor, mas como estava com o JR pass essa alternativa por trem subterrâneo era mais em conta.

Odaiba é uma área aterrada que foi transformada em distrito de entretenimento e compras. A Fuji tv tem estúdio lá, tem a famosa roda gigante e o tal de Pallete Town, que eu sempre li que era "o" lugar pra fazer compras em Odaiba.

O dia estava meio estranho, um nublado querendo chover mas não chovendo. Sai e logo já vi a roda gigante (não curto muito roda gigante, não gosto da sensação de ficar esperando pra descer lá no alto no fim do passeio) e Palette Town. Resolvi entrar (sempre pelo alto, porque se precisar pegar a escada é mais fácil descer, haha) e ver a decoração que é famosa. O shopping foi feito para parecer uma vila européia do século XIX. Coisas de Japão!

Entrei por uma porta lateral e logo fui apresentada a marcas japonesas. Caras. Já tava querendo dar o pé dali, quando cheguei na ala principal. A tal decorada como uma vila européia.

A parte das construções é bem fofinha. Parece uma coisa meio Disney. O que chama mais atenção, porém, é esse céu TOTALMENTE FAKE! Qual a necessidade disso? A iluminação lá dentro é meio escura e esse céu de mentira fica ainda mais falso! Juro que não consegui me conformar com isso...

Dei uma volta e achei o que valia a pena ali dentro: um outlet da Zara (comprei um colete que estava querendo há muito tempo) e uma loja de cosméticos enorme. Tinha muita coisa mesmo, era bem organizada e cheia de chinesas!

Alias, em Odaiba acho que todas as lojas são tax free. Você pode pedir isenção de impostos (8%) em compras a partir de 10.000 ienes. Porém tem que ter o passaporte em mãos e eles embalam em um pacote especial, que você não pode mexer (acho que tem que apresentar no aeroporto).

Almocei em Palette town mesmo, na praça de alimentação. Os outros restaurantes disponíveis eram de comida chinesa, coreana ou italiana! Mas acho que me dei bem porque pedi um oyakodomburi bem gostoso...

Embaixo de Palette town tem uma área de lojas "pra família". Tem pet shop e lojas de brinquedos e de coisas pra casa. Quis comprar tudo pra cachorrinha do meu irmão, mas eu sou péssima de tamanhos e acabei sem nada porque fiquei com medo de comprar coisas que não servissem =( Mas claro que comprei várias coisas inúteis na loja de criança, haha! Pena que não acho mais o kit de Lego que vi uma vez em Nova York...

Quando resolvi sair dali, estava chovendo! Não era uma chuva forte, mas era uma chuva chata. Resolvi então ir no outro shopping, porque vi que tinha H&M e Forever 21. E promoções.

Entrei no Divers e me senti em parte no Shibuya 109. O maior barulho e cheio de gente gritando!!! Tinha muito adolescente também, o que foi refrescante, num país onde parece que não tem mais jovens...

No Divers as lojas são mais acessíveis, e tem bastante coisa jovem. Também tem lojas de souvenires. A Forever 21 e a H&M de lá não impressionam. Nem a GAP e a Old Navy. Mas também, porque eu sequer entro nessas lojas no Japão, né?

Tava pronta pra ir embora quando lembrei do Gonpachi, um restaurante bem típico com uma vista sensacional. Fui até lá descansar, beber algo e esperar a chuva passar. Como eu sonho, né? Pedi uma sangria e tive um daqueles momentos de choque cultural. A sangria deles não tem as frutinhas!!! Mas tava bom... E a vista é realmente muito boa. Pena que no meio da tarde eles não sirvam nada de comer =(


A chuva não passava e eu desisti de ir no New York Bar. Resolvi explorar o Acqua, achando que era um shopping pequeno. Ledo engano! Até me perdi lá dentro! Mas dos três que visitei nesse dia, foi o que mais gostei. Tinha mais promoções, mais lojas japas, mais coisas legais em geral. Foi lá que achei o carregador portátil que eu tanto queria (da Mophie, e ainda achei em promoção o de 8 cargas, por menos de 5.000 ienes!) e um Shimamura! O Shimamura é tipo a Pernambucanas, vende de tudo, é bem barato e a qualidade é até questionável, mas vende bastante "modinha". Tinha uma dessas, enorme, perto de onde eu morava da primeira vez que fui ao Japão, tenho boas memórias de lá, então queria muito achar uma e fiquei muito feliz de achar essa do nada <3

Eu realmente me perdi no Acqua e acabei levando mais tempo pra ir embora porque eu não conseguia achar a saída!!!

Quando saí já era de noite e continuava chovendo. Eu tava de sandália, e quando cheguei no trem, tratei de colocar uma meia. Odeio pé molhado!!!

Tudo o que eu queria era comer e descansar. Resolvi comer num italiano que eu via todo dia na estação. Acho que nunca comi um macarrão tão apimentado! Mas tava bom. E eu fiquei feliz.


Apesar da viagem estar chegando ao fim, eu estava empolgada para encontrar a Gesiane no dia seguinte. O mlehor? Ela fala japonês e eu não ia passar o dia me sentindo um completo ET, haha!

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quarta-feira, 15 de julho de 2015 at 11:15
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#diáriodeviagem: tokyo - tokyo tower, tokyo eki e jardins do palácio imperial

O plano do dia era subir a Torre de Tokyo, a torre de tv que parece a Torre Eiffel. Escolhi ela ao invés da Sky Tree porque a vi de Roppongi da última vez que vim pra cá. E porque parece a Torre Eiffel, claro.

Nesse dia resolvi passar numa boulangerie que parecia ter uns pães bem gostosos. Fui de suco de laranja, que é só pedir como "orandjo djuisso", haha!

Dessa vez não consegui decifrar qual a melhor maneira de chegar ao ponto desejado e tive que pedir ajuda na estação. Como estava com o JR pass ainda, a melhor opção era ir até Hamamatsucho e andar.

Não parecia uma idéia terrível, não fosse o sol e meu péssimo senso de direção. Óbvio que acabei andando bem mais do que o esperado e errei parte do caminho. Mas cheguei lá.

A Tokyo Tower parece a Torre Eiffel pintada para uma emergência. Ela é vermelha e branca. E tem 2 níveis de observação. E já que eu tava lá, abracei o capeta e paguei a mais pra subir no observatório especial. Na hora que cheguei a bilheteria estava vazia.

O observatório principal é espaçoso e todo protegido. E tem a indicação de todos os pontos. Em dia de céu limpo dá pra ver até o monte Fuji! O céu tava limpinho... mas não deu pra ver o monte =( talvez com um binóculo? Dei a volta toda e resolvi subir. Achei essa parte meio ruim porque tem uma parte de escada. Não sei se tem outra opção.

Lá em cima o observatório é bem menor e a vista só um pouco melhor. Não compensa pagar a mais não.


Abaixo do observatório principal tem ainda outro, com chão de vidro. Evite se tiver muita criança lá. Elas ficam enlouquecidas com o vidro.

Na volta pro térreo tem que passar pelos andares mais baixos, onde tem uma espécie de bazar. Ou barraquinhas mesmo. Achei muito bizarro! E tem um Mos burger, pra quem quiser experimentar (vale a pena!).

Quase sucumbi, mas ai lembrei de ir na Rua do Lamen, uma parte da estação de Tokyo onde tem uns 10 restaurantes só de lamen.

Voltei a estação e peguei o trem. A estação de tokyo é bem perto. Tudo o que lembrava de lá é que era muito cheia. Mas até que dessa vez não estava muito. Segui as indicações do guia e milagrosamente achei o lugar certo  <3


A parte difícil foi escolher em qual restaurante comer. Olhei, olhei... E, como os japoneses (e paulistas) fazem, resolvi comer naquele que tinha a maior fila, haha! Se tem fila é porque deve ser bom, né? E a fila nem demorou muito, como é restaurante de estação as pessoas não ficam enrolando depois da refeição.

Esse também era um restaurante de máquina (acho que a maioria na rua do lamen é assim) e eu escolhi pela cara. Tem um menu pra escolher antes, na fila, então facilita. O garçom pega o pedido no balcão e rapidinho o prato vem. Eficiência é outra coisa, né? Eu também não demorei muito lá e logo fui dar uma volta pela estação.

Logo descobri que também tinha uma alameda dos personagens, uma ala só de lojas de personagens, Hello Kitty, Totoro e afins. Claro que fui direto pra lá e fiz muito mais compras do que achei que iria (ou deveria) fazer. No Japão as coisas são tão fofas! Elas gritam para serem compradas *.*


Além dessa área de compras no subsolo, junto da estação tem um shopping, mas de luxo, com lojas tipo Dior e Prada. Eu vi isso quando sai para tomar um ar. Fiquei com preguiça de entrar lá, andar e não achar nada, haha!

Essa hora, sai pelo lado Yaesu da estação, que é a parte moderna dela. A estação de Tokyo tem uma outra fachada, virada para o Palácio Imperial, que é de tijolinhos, ao estilo europeu. Passou um bom tempo em reformas e agora está entregue e é bem bonito. Fui até lá tirar foto e aproveitei pra andar até o Palácio.


O Palácio Imperial é a residência oficial da família imperial do Japão e só fica aberta no ano novo para visitação. O que eu fui ver foi o Jardim, meio que a entrada para o Palácio. O caminho até lá é bem agradável, com avenidas largas e outros jardins.

A propriedade do Palácio é bem grande e é tipo um grande parque. Dá pra ver as torres de segurança e é bem estilo japonês. Fiquei ali sentada no meio fio um tempão contemplando o parque... E descansando!


Peguei o trem no que eu achava que seria o horário de pico. Estava cheio, mas nem tanto. Ainda bem! Uma coisa que reparei é que no Japão, apesar da lotação dos trens, não tem aquela muvuca que vemos no Brasil. As pessoas, se estão na porta e não vão descer naquela estação, dão passagem para quem vai. E se precisar, saem do trem pra isso. E as de fora esperam quem está saindo para então entrarem. Educação é outra coisa, né?

Cheguei moída em casa, dei uma descansada e fui comer em uma das lanchonetes da rua. Escolhi uma onde tocava reggae. Aparentemente o dono é fã de Jamaica e os pratos tinham um toque de lá. Comi um hambúrguer de frango a moda jamaicana que foi algo bem interessante...


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segunda-feira, 13 de julho de 2015 at 10:30
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#diáriodeviagem: puroland e shibuya

De tudo o que lembro das outras vezes que fui ao Japão é de que se tinha um lugar que eu gostava no arquipélago é Tokyo. É uma cidade grande, cosmopolita e ocidentalizada o suficiente para me trazer conforto mas ao mesmo tempo não tanto que não me fizesse sentir em outra cultura.

O primeiro desafio do dia foi achar a saída certa para a estação. Óbvio que não prestei atenção no caminho do táxi na noite anterior, mas com as informações enviadas pelo meu host eu ia tentar me nortear. Na verdade vi um casal na rua e fui seguindo, haha! Mas dessa vez prestei atenção no caminho, hehe...

Tomei café da manhã na estação, em uma cópia japa do Starbucks. No Japão tudo é "sêto" (do inglês "set"), ou combo. Pedi o de café da manhã apontando no cardápio, claro, e ainda consegui pedir com chá gelado, haha! Sentei e aproveitei para tirar dúvidas de como chegar ao passeio do dia: Puroland, o parque temático da Sanrio!

Eu já tinha lido que não era o parque mais divertido do mundo, mas como boa fã de Hello Kitty eu tinha que ir.

Chegar não foi muito difícil uma vez que entendi por onde tinha que ir. O difícil foi vencer a má vontade do tiozinho da estação. Sério, homem japonês as vezes é um porre. Males de uma cultura machista.

Chegando na estação, o espírito Sanrio já toma conta. É a terra da HK! Todas as placas tem personagens! E é bem fácil de achar o parque. Em uma das transversais dá pra vê-lo grandão ao fundo. E chegando mais perto, a fila.

Até então foi o maior gasto único da viagem. A entrada foi 3300 ienes. A fila já era pra entrada. Se eu já acho Disney freak estranho, Sanrio freak não fica atrás. Montes de gentes, mesmo homens, com camisetas da HK!


Pelo mapa já dava pra sacar que o lugar era pequeno. Entramos e damos de cara com uma escadaria e um "túnel". Deixei a boiada passar, fui no banheiro e dei uma olhada em umas barraquinhas. A maior loja ainda não estava aberta.

Desci no túnel e encontrei a personagem mais famosa, e claro que fui tirar uma foto, hehe...

Lá em baixo as coisas rolam ao redor de uma árvore. Tem uns salões decorados com personagens em situações inusitadas como "fábrica de doces". Como não tinha mais o que fazer, dei uma volta pra olhar tudo. E observar as pessoas. Elas faziam filas pros outros personagens muito antes de eles aparecerem!

Fui dar uma olhada no que tinha no alto da escadaria, mas também estava fechado, só uns quartos temáticos estavam abertos pra fotos.

Desci e encontrei a praça de alimentação. Tudo temático, mas majoritariamente pra crianças. Comi uma fritas com refri só pela fofura.

A essa hora a lojona já havia aberto e eu fui espiar. Foi onde passei mais tempo, olhando cada tipo de merchandise e escolhendo bem o que levar. Montes de tranqueiras, claro!

Dei uma volta num brinquedo de barquinho pra dizer que andei em alguma coisa lá. Pra que? Fez o "It's a small world" da Disney parecer algo normal. Aquilo era Sanrio on steroids! Confesso que fiquei meio perturbada, fora o barulho que fazia ali dentro.

Dei ainda uma volta nas outras lojinhas que não tinha visto até resolver ir embora daquela esquizofrenia toda.

Sério, só fui porque era um dever de fã, tá aí um passeio que não recomendo!

Na volta, achei uma Daiso e fui me divertir de verdade, hehe... Também passei em umas depatos antes de ir almoçar. Pra isso escolhi uma steakhouse. Japa. Just for the fun of it!

Cheia de sacolas, voltei pra  casa e dei uma descansada. Resolvi terminar o dia por Shibuya mesmo.

Atravessei a estação toda e fui parar na famosa saída do Hachiko. Pra quem não sabe, Hachiko é um símbolo muito importante do país pois representa a lealdade. É o cachorro que esperava seu dono voltar todo dia do trabalho ali, mesmo depois que ele morreu. Os japoneses colocaram uma escultura em sua homenagem ali e isso atrai muitos turistas. Além de ser uma região bastante movimentada.

Mas antes que chegasse ao Hachiko, outra coisa me chamou muito a atenção ali: o logo da Shu Uemura na depato da estação. Não pensei 2x e entrei ali. Se tinha uma única coisa que eu queria muito nessa viagem eram os curvex da marca. O único lugar que vende agora é no Japão e é ridiculamente barato! Tão barato que pedi de cara 3 e agora tô arrependida de não ter comprado logo uns 10! Sério, 10 obamas cada, é de chorar de felicidade!

Sai mó feliz e fui me encontrar com Hachiko, que estava cercado de gente. Mas deu pra fazer uma selfie de boa com ele, aparentemente não tinha muito turista naquela hora.


O entorno estava um caos. Junta muito japonês e dá nisso. Não sei como mantém uma ordem, mas eles conseguem. Ou seria impossível viver no país.

Isso se exemplifica no famoso cruzamento. É um caos e ainda não sei como sobrevivi, mas tenho certeza que só achei uó porque não conheço as regras, certeza que existe um código velado de como você deve atravessar aqueles sinais todos de forma a não se sentir ameaçado.

Fui logo tentar subir no Starbucks do Tsutaya pra tirar a famosa foto do cruzamento, mas... Ele tá fechado pra reforma! Que morte horrível =(

Me restou fazer o passeio que mais esperava ali: compras no 109!!! O Shibuya 109 é um shopping super famoso com marcas japas da moda. Sempre vi fotos dali em revistas e vira e mexe algum programa faz matérias ali sobre moda japa. Queria ver todas essas marcas ao vivo!


Já na entrada vi umas lojas muito fofas... E um barulho enlouquecedor!!! Cada loja toca sua música muito alto e as vendedoras ficam gritando ensandecidamente na porta! Sério, é barulho demais, estímulo demais pra minha fisiologia sensível!

Ainda assim desbravei todos os andares para ver o que era a moda do momento. Embora eu ame design japa, verão é das estações menos convidativas pra mim e apesar de ver muita coisa fofa, não me animei a comprar nada =/

Na volta resolvi testar minha memória e ver se eu sabia chegar num restaurante de máquina em que jantamos no ano novo que passei lá. O Pepper Lunch continua no mesmo lugar! Tive o impulso de entrar porque a memória que tinha da comida é das melhores, mas me contive pra comer algo diferente. E bem do lado tinha um lamen-ya de máquina. Foi ali mesmo que terminei meu dia <3


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terça-feira, 7 de julho de 2015 at 10:30
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#diáriodeviagem: hiroshima

Viajar pro outro lado do mundo deixa o fuso bem zuado, mas poderia ser pior. Acordei bem cedo, mas no fim foi bom. Me aprontei e fui pra estação. O bom no Japão é que parece que sempre tem um trem saindo pra onde você quer. Marquei meu assento e fui pegar meu Shinkansen pra Hiroshima de mala e cuia.

Eu já sabia que o trem passava pela província do meu avô materno, então fiquei esperta pra quando passássemos por Okayama. Esperava algo mais rural, mas foi interessante. Algumas excursões fazem parada ali para visitar o castelo da cidade. E onde no Japão não tem monumento, né?

Cheguei em Hiroshima e a primeira coisa que fui ver foi o locker pras malas. Lá do outro lado, claro. Depois fui ver como chegar ao Parque Memorial da Paz, o motivo da visita a cidade. Pra quem tem o JR pass, é possível pegar o ônibus turístico de graça, só apresentando o passe! E ainda me deram o mapinha das 2 linhas e o que ver no meio do caminho. Organização é outra coisa, né?


Entrei no ônibus e fui pro parque. Antes dele fica o domo, a única estrutura que ficou (meio) de pé depois do ataque da bomba atômica. Resolvi descer nele porque pela rota o ônibus parava lá antes. E no fim, vi que o mapa parecia muito maior do que as reais distâncias das coisas.


Chegando no domo, percebi como essa seria um passeio triste. A cidade em si é lindíssima, afinal, teve que ser reconstruída depois da segunda guerra e é muito mais palatável ao gosto ocidental: grandes áreas, ruas amplas, prédios... Não existe uma bad vibe na cidade, pelo contrário, mas é impossível estar lá e não lembrar dos horrores que a cidade sofreu com a bomba atômica.

O domo é uma lembrança viva da crueldade do homem. Não se trata de uma guerra e sim de destruir milhares de vidas e famílias a troco de imperialismo. É submeter vidas inocentes a dor e sofrimento.

O domo fica ao lado da ponte em formato de T, que era o alvo do ataque (acho que porque dava pra ver bem de cima e porque era o centro da cidade). O parque que foi construído para celebrar a paz fica do outro lado do rio. Nesse dia tinha várias excursões de crianças bem pequenas, cada grupo com um chapeuzinho de uma cor diferente. E elas não estavam gritando! Educação é outra coisa, né?

Atravessei a ponte. Não fiz nenhuma selfie no domo, não tem como. É muito impressionante e triste pra isso.

Entrei pelo parque por trás. O parque meio que "desce" até uma avenida principal, onde está o museu. Por onde entrei uma das primeiras coisas que vi foi o monumento em homenagem às crianças, que é o memorial da Sadako. Ela era um bebê na época do ataque, foi exposta a radiação mas sobreviveu aparentemente sem nenhuma sequela. 10 anos mais tarde, desenvolveu leucemia e depois de mais de 1 ano lutando, não resistiu a doença. O ponto mais marcante dessa história é que ela nunca perdeu a esperança, e enquanto se tratava no hospital, confeccionava tsurus, os origamis de passarinho tão típicos do Japão. Ela fez tsurus muito minúsculos!


Sabendo dessa história, esse monumento me parece muito triste! Em volta tem caixas onde os visitantes podem deixar suas homenagens, em geral, esculturas de tsuru de todas as formas.

Seguindo, lá ao fundo, está a chama da paz e o cenotáfo, o monumento com os nomes das vítimas da bomba. Ao final de 1945, cerca de 140.000 pessoas morreram por causa da bomba, além de milhares que sofreram danos na sua saúde pra sempre.

Atrás ainda está o Museu Memorial da Paz, um prédio super moderno e imponente. Uma parte está em reforma e só deve reabrir em 2016.


A entrada é bem baratinha, fiquei surpresa. Como em todo lugar no Japão, eles te dão um papelzinho, você só mostra na entrada e é só. Tipo, muito fácil entrar a qualquer hora, não tem um controle rígido! Bem, talvez porque lá as pessoas respeitem as regras...

A parte que está aberta é sobre o ataque em si, maquete da explosão, como a cidade ficou logo após, o que aconteceu com as pessoas e coisas, o tipo de informação que aparece nos documentários sobre o evento. Pelo museu todo tem voluntários que falam inglês explicando as exposições. Claro que eu comecei a chorar logo ali na entrada. Não tem nada horroroso nas exposições, mas a história em si é tão triste!!!

Depois da maquete, vem as reliquias. São objetos doados pelas famílias que tem alguma coisa a ver com o ataque e suas histórias. A grande maioria dessas coisas são lembranças de jovens que estavam na cidade em uma força tarefa para limpar a região e mantê-la segura em caso de ataque (evitar riscos de incêndio na maioria). As histórias são terríveis!!! Gente que andou muitos quilômetros pra morrer em casa, gente que nunca mais viu seus filhos, pais, mães, irmãos, amigos. Levem lenços, muitos lenços quando visitarem. Não é gráfico, é bem respeitoso, mas as histórias são muito tristes. Uma outra parte que está aberta conta um pouco dos efeitos da bomba e da radiação, mas mesmo assim é bem leve. Essa é a parte menos triste da exposição. Na saída há ainda videos de sobrevive. ntes. Preferi não assistir, fiquei cansada da exposição...

Descansei um pouco no bar e ainda fui ver o Memorial de Hiroshima às Vítimas da Bomba Atômica. A entrada é no subsolo e ainda tem que descer até uma parte onde tem uma foto 360 graus da cidade. Dá pra subir de novo e ir pra biblioteca e uma parte com videos sobre o livro "Children of the atomic bomb" (Filhos da bomba atômica), um livro com relatos de crianças sobre o ataque da bomba atômica. Foi um dos primeiros relatos que veio ao mundo sobre o que aconteceu naquele dia (até então os EUA censuravam quaisquer informações sobre os horrores que eles provocaram em Hiroshima e Nagasaki). É tristíssimo! São relatos inocentes e tão sofridos sobre os horrores daquele dia... Não vi muita coisa, não aguentava mais chorar...

Apesar do peso emocional, é um dos lugares mais lindos que já visitei na vida. É organizado, é limpo, é esteticamente bonito mesmo. Hiroshima em geral é emocionantemente bela e o parque é a cereja do bolo. Mas é triste, por carregar essa história tão horrorosa.

Já na hora do almoço resolvi seguir a dica de um amigo e procurar o lugar onde tem vários restaurantes de Okonomiyaki. Com a internet do museu, descobri que chamava Okonomimura e nem era tão longe. Mas o melhor mesmo foi perceber no mapa turístico que o ônibus passava por lá. win! O dia estava ensolarado demais pra caminhada, hehe...

O Okonomimura é um prédio com 3 andares com restaurantes que servem só Okonomiyaki. Okonomiyaki é tipo uma panqueca japa, feita numa chapa no balcão.

Sim, eu que pedi mais cebolinha! Nada que um pouco de mimica não ajude XD

Depois resolvi ir atrás do presente da minha mãe. Sim, foi a única coisa que ela pediu. Lá fui eu atrás dos tais noris de Hiroshima. Eu sei o que é um nori, claro, mas como eu ia saber qual era de lá??? Fui numa depato chique pois achei que seria um lugar onde as pessoas me entenderiam e onde eu acharia esse tipo de coisa. Mas que engano. Pelo menos na parte de me entenderem. Tentei pedir de diversas maneiras qual o nori de lá e ainda acho que a mulher não me entendeu. Comprei um pacote lá, mas não me convenci que era o tal que minha mãe queria.

Antes do fim da tarde tinha que voltar pra estação pra pegar o trem para Tokyo. umas 4 ou 5 horas de viagem ainda me esperavam! Porém tive um tempo pra correr na depato da estação e ver se tinha mais sucesso por lá e tive! A moça me entendeu e me mostrou qual o nori certo, até me vendeu um molho de ostras pra comer junto. E essas coisas nem são absurdamente caras. Na verdade, são bem baratas!

Peguei meu rumo pra Tokyo e acho que fiz uma coisa errada. Peguei o primeiro Shinkansen que passou, mas eu acho que eu não podia. Eu deveria descer em Osaka, aparentemente era onde o trem teria que parar, mas não parou. Quer dizer, parou, mas continuou, então não sai do trem, né? Cheguei mais cedo em Tokyo. Desci em Shinagawa e peguei o rumo pra Shibuya. Percebi que tava meio chovendo, mas aparentemente deve ter chovido muto mais antes pois havia avisos por toda a parte de que os trens estavam todos atrasados.

O negócio é que Tokyo é cheia. Tem gente pra todo o lado a toda a hora. Principalmente nessas estações principais. E eu e minhas malas...

Cheguei naquela estação gigante de Shibuya e mal sabia pra onde olhar. Por força do destino, sai pelo lado certo. E andei. E andei. O lugar que aluguei era do lado oposto aos trens, tem uma entrada direto, mas tem que andar pelo shopping todo praticamente!

Cheguei moída e resolvi pegar um taxi. Meu host de Tokyo enviou o endereço já em japonês e deixei o motorista se virar. O que no começo não pareceu uma boa idéia, ele não me entendia, eu não entendia ele e aparentemente ele não sabia chegar no endereço. E estava chovendo.

Depois de dar umas voltas, chegamos ao destino. Ridiculamente perto, mas o motorista não pareceu chateado, pelo contrário! Estava com vergonha de ter errado o caminho. Mas nem por isso paguei a mais. Honestidade...

Cheguei e dessa vez consegui abrir o correio e pegar a chave. Subi e não via a hora de entrar no apato e me jogar na cama.

Se eu já havia amado meu apato em Kyoto, esse de Tokyo tinha que ser excepcional. E era! Lindo!!! Me ganhou nas cores, tons de roxo e lilás, e super organizado. Era bem menor que o de Kyoto, mas era igualmente funcional e o host também foi super organizado.


Me jogeui na cama e... Jishin!!! Primeiro (e único) terremoto da viagem. Do 10º andar deu pra sentir bem, mas não foi nada sério.

Estava morta, só consegui ir até o combini, comprar um lamen (delícia) e me arrumar pra dormir. Tokyo, here I am!!!

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segunda-feira, 6 de julho de 2015 at 10:30
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#diáriodeviagem: nara

Dia de passeio a antiga capital imperial. Nara fica do lado de Kyoto e é conhecida pelo parque com os veados a solta. Eles são mensageiros de deus e ficam espalhados perto dos templos. Por que? As pessoas podem comprar biscoitos especiais para alimenta-los.

De manhã passei numa padaria no Porta e peguei um pão com ovo pra comer no caminho, com uma garrafa do meu chá favorito do Japão. Peguei o trem cheio de estrangeiros, o que percebi ser muito comum em Kyoto. É tipo o Rio de Janeiro do Japão!


Cheguei e pedi informações sobre como chegar ao parque e descobri ser muito simples, apesar do caminho ser um pouco longo. É uma reta só! E nessa reta estão muitas lojinhas bem típicas, boutiques japas mesmo. Resisti o quanto pude pois a volta seria por ali também e não queria ficar carregando peso no passeio.


No meio do caminho tem outros templos, mas foquei no parque e continuei. Perto do parque o caminho vira uma subidinha. Vai ver é pra testar a fé, haha...

Na entrada do parque tem um tori, claro, e os viadinhos não estão a vista. Talvez porque a entrada que escolhi não tinha muitas pessoas e nenhum ambulante vendendo biscoitinhos, hehe. Mas logo mais lá pra frente tinha uns, até bem calminhos. Já tinha lido relatos de que eles meio que "atacam" atrás de comida... Esses mais longe do templo são calminhos e ficam na graminha. Mas é bem impressionante, os bambis e os patronos ali bem de pertinho!


Segui meu caminho e aos poucos a quantidade de viadinhos foi aumentando. Quanto mais perto do templo, mais ambulantes, mais lojinhas e mais viadinhos. E claro, muito mais gente! Fiquei com receio até pois passei por um estacionamento de ônibus, e apesar de ser dia de semana, tinha algumas excursões de escola por lá.

Continuei meu caminho, porque o objetivo principal era visitar o maior templo dele, o Todai-ji e seu Daibutsu-den, um hall com um buda enorme, um dos maiores halls desse tipo no mundo!

O lugar é mesmo bem impressionante. A entrada fica de um lado, você paga o ticket e depois do portal já vê o templo ao fundo. Enorme! E muito lindo. Eu não sou espiritualizada (como diz uma amiga, somos quase atéias. quase!) mas adoro ver essas construções pelo seu valor artístico. E no Japão é interessante observar as referências tão diferentes do mundo ocidental!


Entrei e me deparei de cara com o budão. A representação em Nara é do buda Vairocana (Daibutsu), corpo da felicidade, que é bem... Indonésio. Não se parece em nada com os budas japinhas gordinhos que estamos acostumados, o que é meio estranho a primeira vista. Mas a estatua é impressionante. O templo em si não é o original, como quase todos no Japão, e é só 1/3 do que já foi um dia, o que o torna ainda mais impressionante, pois já é bem grande como está!


Ao redor tem barraquinhas de souvenires, com tudo de viadinho que se possa imaginar e as maquetes explicando a história do local. Dá também pra fazer doação para a reforma do templo comprando uma telha e assinando. E tem a coluna com um buraco no meio. Muita gente fica lá tentando passar pelo buraco, não é só criança não!

Dei a volta e apreciei a vista do parque e do templo. É bem calmo ali na saída do templo, depois de todas as vendinhas. Os parques do Japão em geral são muito bem cuidados e muito bonitos.

Voltei pelas vendinhas observando mais os viadinhos safados. Eles ficam atrás das pessoas pedindo comida... Um veio atrás de mim, mas eu dei uma olhada feia pra ele e ele se tocou, haha! Tem MUITA gente dando biscoitinho pra eles, eles ficam sem noção. Mas como todo lugar que concentra muito animal junto, essa parte cheira meio mal. E olha que vi uma tiazinha varrendo as necessidades sólidas das ruas!

As vendinhas do lado de fora são bem turísticas, muitos chaveirinhos e afins e muitos pacotes de doces feitos para serem dados de presente. Se eu tivesse mais espaço na mala, ia querer ter levado tudo!!! Mas me contive, hehe. Comprei mais coisas do tipo lenços e souvenires pequenos mesmo.

Voltei pela rua da estação de trem e ai sim aproveitei pra parar nas lojinhas. Além dessa rua, também tem várias galerias, entrei em várias, é tipo um buraco negro de compras! Achei a primeira Daiso da viagem numa delas, tive que comprar uma eco bag pra levar as tranqueiras, haha!

E isso tudo antes de ir almoçar. Já tava ficando tarde então procurei um restaurante com vitrine de comida que parecesse gostoso. Entrei num que era super gelado! E aparentemente era permitido fumar ali, mas naquela hora não tinha ninguém (tinha cinzeiros nas mesas). O bom de estar numa zona turística é que as pessoas estão acostumadas a atender estrangeiros.

Passei em mais algumas lojinhas e segui meu rumo pra estação. Fiquei feliz de sentar no trem, haha, essa coisa de andar muito me cansa.

Chegando, ainda contemplei ir a Gion, mas estava muito cansada. Voltei pra casa pra descansar e depois fui dar uma volta no Porta. Tinha muita coisa interessante, lojas locais, coisas fofas. Apriveitei pra jantar por lá. Escolhi uma casa de tepan-yaki que tinha taé fila. Parece que japonês pensa que nem paulista, onde tem fila, a gente se enfia, haha!

Voltei pra me arrumar pois no dia seguinte ia sair do apato e pegar meu rumo pra Hiroshima e Tokyo.

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sexta-feira, 3 de julho de 2015 at 10:30
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#diáriodeviagem: kyoto

No meu itinerário inclui só 1 dia de vista aos templos de Kyoto e só 3 templos que eu queria muito ver. Tem muito mais coisas pra ver em Kyoto, porém eu fui realista com meu tempo e disposição: tive que fazer tudo de trem e a pé e sozinha.

O dia começou cedo por causa do jet leg então aproveitei para dar uma volta no Porta, o centro comercial da estação de Kyoto.

Mas era muito cedo e tava tudo fechado, haha #fail

Fui tomar um chá no Starbucks mesmo e descobrir como chegar no primeiro templo, o Fushimi Inari.

O Fushimi inari é o templo de "Memórias de uma gueixa", aquele dos portais (acho que é a última cena dela criança). Queria conhecer porque parecia muito bonito.

Pra chegar é fácil, a partir da estação de Kyoto são 15 minutos de trem. Mas foi ai que vi que toda a dica é pouca no Japão: não adianta só falar que o trem parte de lá. É o trem para Nara na plataforma 10. Digo porque pesquisei antes na Internet e não achei essa informação, que é bem importante quando a estação tem dezenas de plataformas e linhas passando por ela.

Chegando na estação de Inari, mais fácil impossível: é só atravessar a rua e seguir o templo. Atrás já tem os toris (portais vermelhos de boa sorte) e ter pernas. São milhares de toris enfileirados até o topo da montanha! Claro que é possível subir só uma parte, mas pra quem não tava fazendo nada, eu resolvi subir. A parte mais interessante é de onde dá pra ver a cidade  (no topo não tem observatório), antes da metade do caminho. No topo tem um lugar de prece com oferendas e uma placa que diz que é o topo...


O lugar é lindo e tranquilo, embora exija um certo preparo físico. Digo por experiência que subir de all star não é recomendável, haha!

Desci e já era hora do almoço, então decidi comer perto da estação. Olhei bem os restaurantes e escolhi um que parecia bem simples e gostoso. Tinha a famosa vitrine de comidas e escolhi um tipo de lamen com carne de pato. A carne tinha um gosto bem forte, mas gostoso. E o atendimento foi ótimo!

Terminei e voltei pra estação de Kyoto pra ver como iria para os demais templos. Meu irmão disse que quando ele foi, pegou um ônibus. Pedi a informação na central e o cara me indicou o passe diário e me explicou quais ônibus tomar. Foi bem fácil e útil!

Fui primeiro ao famoso Kinkaku-ji, o templo dourado. Como muita coisa no Japão, ele não é o original. O anterior pegou fogo quando um monge esquizofrênico achou de acabar com ele.

Claro que já tinha visto as fotos do meu irmão de lá, mas ele é um fotógrafo muito melhor do que eu. Ia ficar feliz com uma fotinho minha tosca só pra dizer que fui. Chegando lá, a primeira surpresa: lotado como a Disney! Achei que não ia com uma foto nem razoável. Muita gente mesmo! Mas quando se chega perto do templo é impossível tirar uma foto ruim: o lugar é idílico! Lindo de morrer! Sério, que templo fotogênico! E na é preciso muito esforço para tirar foto sem interferência, ele está num ângulo que favorece muito as fotos. Parece que foi feito pra posar!


Depois do templo tem um jardim, igualmente lotado. Passei batido porque ainda tinha o último templo e estava com medo de chover e também não dar tempo. Peguei o ônibus e fui para Gion.

Gion é o bairro das gueixas e a porta de entrada para o templo Kyomizudera. Tinha muita expectativa dele, parecia o mais interessante. Porém, primeira frustração foi que achei mal sinalizado e foi difícil entender por onde prosseguir uma vez achada a entrada do parque. Segundo porque está em reforma. 

E terceiro, está desgastado  (pra isso a reforma). Paguei a entrada mesmo assim, esperando uma linda vista. Ai vi que do fushimi inari era melhor. Mesmo a vista do próprio templo nem é grandes coisas. O parque em si é bonito, mas estava já tão cansada que nem pude apreciar muito.


Voltei para q avenida principal para descer de volta a Gion, mas começou a chover e eu peguei o primeiro ônibus de volta para a estação. Também já estava escurecendo.

Fiquei tão cansada que comprei um lanche de combini e fui pra casa...



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quinta-feira, 2 de julho de 2015 at 10:30
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#diáriodeviagem: chegada no Japão

Como consegui dormir um pouco melhor, desci do vôo mais esperta.

Para me locomover nessa viagem, optei pelo JR pass, o passe ilimitado de trem do Japão. A gente compra o voucher no país de origem e tem que trocar pelo passe quando chega. Já tinha me informado antes, então peguei o ônibus para o terminal 2 para fazer a troca.

No ônibus, típico de aeroportos, também teve comportamento típico: galera cheia de mala que parece que nasceu grudado... Eu larguei a minha na parte designada e peguei um assento. Mas teve a galera que ficou empatando a passagem... Tudo estrangeiro, claro.

Desci no terminal e fui para o balcão de troca do passe. Lotado!!! Mas até que foi rápido. Preenchi o formulário, peguei o passe e a atendente me perguntou pra onde eu ia. Disse que estava indo pra Kyoto e ela já me deu os tickets para o trem rápido  (Narita - Shinagawa) e para o trem bala (Shinkansen de Shinagawa - em Tokyo - para Kyoto). Perguntei já da conexão e quando cheguei em Shinagawa já sabia o que fazer.

Os trens funcionam por linha, número e plataforma. E o trem bala é um dos modais mais fantásticos que existem: eficiente, pontual, limpo e confortável! E oferecem tomadas pra recarregar eletrônicos!


No Shinkansen dormi mais um pouquinho, hehe, mas a viagem foi rápida, 3h. Cheguei a noite em Kyoto e o apartamento era do lado da estação! Aliás, a estação é um ponto a parte, moderna, enorme! 

Achei meu caminho de acordo com as coordenadas da minha host e logo estava no apato. Não consegui abrir a caixa de correio, mas consegui pegar a chave mesmo assim. A prova de que este é um país seguro é como a segurança é super leve se comparada com o Brasil. O pior é constatar que é um traço tão arraigado, o jeitinho, que nosso cérebro passa todo o tempo pensando em como seria fácil roubar as coisas e as pessoas em todo o lugar...

Enfim, o apato que aluguei pelo Air b'n'b era LINDO! E em termos de Japão, bem espaçoso. Minha host foi super organizada, deixou instruções para TUDO, não tive nenhuma dificuldade com nada! Se eu tinha qualquer dúvida, era só olhar no livro de informações. Ai, esses japoneses <3


Me acomodei, tomei banho e capotei. That was a fucking long ass day...

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quarta-feira, 1 de julho de 2015 at 10:30
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#diáriodeviagem: preparativos

Como contei, comprei minha passagem em uma promoção, com uma idéia do que eu poderia fazer. Conforme fui postando, fui planejando e me preparando. Mas ai minha Canadian sister veio visitar e logo depois vieram os shows e a maratona de Backstreet boys. Perto da viagem eu praticamente não tinha tempo de pensar nisso!

Porém uma coisa eu sempre faço: começo a organizar a mala com antecedência. De preferência pelo menos 1 semana antes! Vou colocando tudo o que quero e depois vou organizando  (pondo ou tirando mais coisas). Pra mim funciona melhor porque com os dias vou lembrando dos detalhes e não esqueço nada.

O embarque foi dia 18, mas só cheguei no Japão no dia 20 (devido ao fuso e a passagem pela linha internacional de mudança de data) e a volta foi dia 28. 8 noites, 7 dias inteiros. No verão japonês. Acreditem, pode ser muito quente! Basicamente minha mala tinha muitos shorts e camisetas. 1 vestido arrumadinho e 1 calça jeans. 1 tênis, 1 sapatilha, 1 havaianas e 1 sandália crocs. Além de roupa íntima e 1 pijama. Levei minha mala média e sobrou muito espaço! No check in deu 11 kgs. Nunca viajei com tão pouca coisa!

Para carry on levei uma mala pequena de rodinhas, porque detesto ter que carregar bolsa pendurada na imigração. Fora que tinha muitas horas de conexão nos EUA tanto na ida quanto na volta e não queria carregar peso. Aproveitei o espaço para levar tudo organizado: travesseiro de pescoço, líquidos, maquiagem, dvd player portátil, pasta de documentos...

Organização é fundamental para agilizar todo o processo. Já desembarquei com os documentos na mão, fichas preenchidas, pronta para o interrogatório. Foi importante porque eu estava cansada e não queria mais stress ainda me embolando procurando coisas.

O vôo da ida foi o pior porque não consegui dormir. Vi 2 filmes do vôo e um dvd meu e só cochilei. Passar as horas em Detroit (conexão) com sono foi difícil! E nem tinha muito com o que me entreter...

O segundo vôo foi muito melhor porque consegui dormir a maior parte do tempo. Tanto que capotei antes da decolagem, hahaha!

Apesar de ter viajado num daqueles aviões de 2 andares (não sei modelos, haha!) a fila a imigração foi muito rápida. Mas mais rápido ainda foi o processo de pegar a mala: já tinha saído e estava num canto esperando o.O

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that would be me. bye!

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Pode me chamar de Vy. Balzaquiana com cara de universitária. Turismóloga de formação. Rodinha não só nos pés, mas no coração também. Introvertida. Blogueira old school.

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