sexta-feira, 24 de janeiro de 2014 at 18:10
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#euvi: confirssões de adolescente
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"O luar estrela do mar
O sol e o dom
Quiçá um dia a fúria
Desse front
Virá lapidar o sonho
Até gerar o som
Como querer caetanear
O que há de bom"
Essa música acompanhou muitos finais de tarde da minha adolescência. Foi o primeiro seriado que vi na vida, que acompanhei. "Confissões de adolescente" falava diretamente a minha geração. Primeiro paquera, primeiro beijo, briga com irmãs, amigas, escola, grana apertada... Tudo que a gente passava na adolescência, nos anos 90, estava lá. Maria Mariana, a autora, era também protagonista. Deborah Secco, uma mera desconhecida, tinha perto da minha idade e era "normalzinha". Como não se identificar?
Já são quase 20 anos, mas a empolgação pela ideia, se não é a mesma, é até maior. Tenho o seriado guardado num espaço especial na minha memória. Não só era parte da minha vida ver todo episódio no fim da tarde; era sempre aquela parte da tarde, depois da tarefa, que eu ia na casa das minhas amigas no prédio. Era um ritual. Ver, comentar, torcer.
Qual não foi minha alegria de saber que o seriado viraria filme! A idéia não era fazer uma continuação, mas atualizar a história para a nova geração. A empolgação não era por um roteiro fantástico, mas sim, pela nostalgia. E as atrizes originais fariam pontas! Yay! Primeiro filme mais aguardado de 2014: check!
Eu confesso que sou velha e não acompanho mais a nova geração de atores. Acho que o último elenco de "Malhação" que lembro tinha Tierry Figueira como novo ator, pra ter idéia. Não esperava que as histórias fossem revividas da forma como foram contadas nos anos 90, que as personagens fossem as mesmas. Só esperava me divertir com um filme leve que me levasse de volta à minha adolescência. E acho que o filme acertou nisso. A história ainda é sobre 4 irmãs passando pelas agruras da adolescência, morando com o pai, no Rio de Janeiro, contando com as amigas e umas com as outras.
Eu acho que o filme fala mais pra quem acompanhou a série, tem aquele tom de nostalgia. Talvez seja um programa fofo para os adolescentes de hoje, mas acho que ele não é pretensioso nem nada, o que é excelente. É um programa de família. Quando sair no Netflix, com certeza verei de novo ;)Marcadores: cinema, confissões de adolescente, filme
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014 at 13:51
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manual do uso do tinder - para homens
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Há um ditado que diz que quanto mais você conhece as pessoas, menos normais elas lhe parecem. Acho que o mesmo pode ser aplicado a apps e redes sociais (afinal, são feitos por pessoas). Então, quando mais uso o tinder, mais maluco aparece. Ou mais gente sem noção. Ou eu que fico mais curiosa. Fato é que cada vez mais me deparo com uns perfis nada a ver, e não pode ser que as pessoas sejam tão sem noção. Você acha que deveria ser um app simples de usar, mas as pessoas, elas não têm limite.
Então, vamos lá. Vamos primeiro entender como essa bagaça funciona. É simples:
1) É um app exclusivo para tablets e celulares - android ou ios;
2) Depois de baixar, pra se inscrever é só usar o usuário do Facebook;
3) Primeiramente ele vai puxar as fotos e informações do FB: nome, idade, fotos, amigos e interesses;
4) Não se desespere! O perfil e as fotos são editáveis (vou falar disso mais profundamente a seguir);
5) Ele dá a opção de filtrar o que te aparece: homem/mulher, distância, idades;
6) Pra brincar, basta dar x ou <3 nas pessoas que aparecem (ou jogar para a esquerda - não ou para a direita - sim);
7) Além da foto principal (sem nenhuma informação), dá pra tocar na foto (ou no i) e ver o perfil e outras fotos;
8) Caso tenham interesses e amigos em comum, o aplicativo vai fazer a combinação e mostrar;
9) Se a outra pessoa também der <3 em você, vai aparecer que deu a combinação (match). Caso contrário, a pessoa não fica sabendo nem que você entrou no perfil dela ;)
Não é difícil de usar. Basicamente, você escolhe pessoas pela foto. Tipo Hot or Not. Tinha um de pirocas também, que não lembro o nome. Meu melhor amigo gay me lembrou disso. A gente perdia muitos minutos das nossas noites nessas porcarias, HAHAHA!
Mas voltando ao tinder, agora vou explicar o que me levou a escrever a próxima parte deste post. Ando me deparando com coisas muito sem noção, que me fazem pensar que ou as pessoas são mesmo muito loucas, ou elas são meio sem rumo mesmo. Gente com foto de casal. Perfil em branco ou com informações desnecessárias. Perfil sem foto! Fotos de qualquer coisa, menos da pessoa... Tá tudo errado! Depois esse povo reclama que não dá match... Então bora lá potencializar o uso dessa coisinha.
4.1) Foto
Eu achava que esse quesito era o mais básico. se você está lá escolhendo a maioria das pessoas pela aparência, a foto deveria ser prioridade. Mas não! Homens não entendem muito essa coisa de tirar foto, né? Eu entendo que as meninas tirem mais selfies e talz, mas é impossível que os caras não tenham pelo menos 03 fotos bonitinhas.
Dicas de boas fotos
a) Foto próxima de rosto (tipo busto). Não precisa ser selfie, nem profissa. Mas uma foto onde apareça bem o seu rosto. Foto lá no fim do horizonte que mal dá pra ver a silhueta não conta.
b) Pelos menos 02 fotos sem óculos. Perfil com foto só de óculos eu descarto. Óculos engana muito. Se você não tem nada a esconder, tire os óculos.
c) Foto de terno/uniforme. As mina pira.
d) Foto nem muito risonho, nem muito sério. Fotos descontraídas são legais também.
e) Corte seus amigos. Você não quer concorrência. Já passei vários perfis em que eu achava o amigo do cara mais bonito do que o cara em questão. Foto de galera é tiro no pé.
f) Foto de casal: ERROOOOOOOO!!! Se você tem namorada, porque está no tinder? Muito suspeito. Pode ser sua irmã, prima, amigo transex, não importa.
g) Elementos aceitos, mas sob discrição própria: animais (amiga minha já deu like em cara por causa do cachorro na foto) e crianças (tem mulher que gosta, acha fofo. Outras, como eu, podem preferir caras sem bagagem).
h) Foto de piroca: como já disse 02 posts atrás, se você for muito avantajado, amigo, isso pode ser um ponto determinante na menina dar like ou não. Sei lá, deve ter gente que curte. E tem gente que não. Antes de levar um não na cama, se adiante. Ninguém nega um pinto pequeno, mas uma super jeba... Arriscado, melhor já avisar o que vem por ai. Mas ó, não precisa ser pelado. Bate uminha na cueca e tira a foto recheada. Tá de bom tamanho, a gente consegue analisar assim.
4.2) Perfil
Escrever sobre si próprio não é muito fácil, mas é fácil saber o que não pode, vá? Declaração de amor pra namorada? NÃO! Poema sem pé nem cabeça? NÃO! Perfil sem nada escrito? Porra, não é possível que você seja analfabeto, né?
a) Pode ser simples e direto: o que faz, altura, peso, do que gosta.
b) Pode ser direto, mas com classe. Tô aqui pra comer buceta não é um texto válido. Tô aqui pra curtir e achar alguém que queira levar a vida sem preocupações é um texto bem melhor, mulher é boa de ler entrelinha!
c) Vale colocar fb e instagram ;)
d) Whastapp é meio arriscado. Acho que mulher é mais receosa nesse aspecto. A maioria não gosta de dar o número antes de ter conversado pelo menos um dia com o cara.
e) Se você é GP, bem, deixe isso claro! Nunca falei com um, mas vai que. Já vi uns anúncios, nem sei se é permitido, mas enfim. Se tá vendendo serviço, melhor deixar claro.
f) Textos espirituosos são bem válidos e podem ser decisivos! Gostamos de gente com bom humor. Mas não muito ácido, ok? Um texto bem escrito, inteligente, de classe. Quem não gosta?
g) Ou ache um slogan, uma boa tagline. Pode provocar a curiosidade ;)
Eu não posso ensinar como se comportar numa conversa, só posso dizer que a maioria das pessoas com quem conversei não gosta de dar whatsapp ou fb logo de cara, não gosta de cara falando sacanagem na primeira conversa (a menos que isso já estivesse implicado no perfil) e não quer um convite pra sair logo, mas também não pode demorar! Acho que uma semana (02 dias de erro pra cada lado) tá de bom tamanho (claro, se a conversa fluir).
Tá ai, não é difícil, né??Marcadores: dicas, tinder
terça-feira, 14 de janeiro de 2014 at 11:00
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Esse é um post curtinho, só pra dar perspectiva sobre o tinder. Não é tão ruim, olha só. Uma canadense tá fazendo um projeto de "50 first dates" só com caras do tinder. As vezes aparecem uns perdidos, mas a esmagadora maioria é do tinder. Ela já tá perto do 40º encontro. O que eu gostei é que ela tem 35 anos, é comediante (mas sobrevive também como garçonete de bar), tá solteira, não quer filhos, é uma pessoa desorganizadíssima e é super relax sobre essa coisa de tinder. Mas é no Canadá, né, então nem todos os encontros acabam com beijos ou sacanagem, mas quando acabam, ela conta tudo (deixa só os detalhes sórdidos de fora). Minha nova idala <3
Marcadores: recomendação, tinder
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014 at 10:07
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Pra não enganar ninguém, escolhi um título bem direto. Se você nunca viu um pênis ao vivo num contexto sexual, ou se tem medinho, ou vergonha, ou qualquer coisa parecida, pode parar de ler o texto por aqui.
Fui compelida a escrever esse texto pela Carol, mas não é sobre ela, ok? A coitada tem que me ouvir/ler falar de muita coisa retardada. E fui eu que a impeli a usar o aplicativo do título. Acho que devo uma a ela, já que ela só se meteu nas histórias bizarras que se meteu porque eu pus a sementinha da curiosidade na cabeça dela, haha! Alias, leiam os textos dela sobre o tinder, muito melhores dos que os meus jamais serão.
Mas enfim, não vim aqui fazer propaganda do blog dos outros aqui. Nem tô sendo paga pra isso, haha! Alias, nem pelo tinder, que me deve uma.
Vou confessar que instalei esse app há um tempo, usei regularmente por uns 50 dias e depois cansei. No começo não tinha muita gente. Depois, gente demais. Antes os caras falavam, e falavam, e só falavamzzzzzzz... E depois nem isso. Mas num fatídico fim de semana em que minha balada miou e não tinha mais nada nem ninguém pra me entreter, eu resolvi voltar pra essa bagaça. Pra quê, né?
Não demorou muito pra começar a aparecer uns perfis maliciosos. Uns caras sem muita roupa. Perfil de torso. Sério. Então, logo, não demorou pra surgir foto de pau. Pinto, pênis, piroca, como quiser chamar.
No começo fiquei meio chocada. Sério, homem pelado não é muito bonito. Fica aquela coisa pendurada (ou não), sei lá, homem de cueca é bem mais sexy. Fora que não deixa nada pra imaginação, aquele misteriozinho básico, sedutor. Além do que quem gosta de ver pinto é viado.
Só que assim, eu não me deparei com um pau médio. Foi uma senhora piroca. Pior que a foto do membro em questão, só a descrição. Estudante de arquitetura e ator de filmes adultos. Tá explicado, né? Eu não fico vendo p0rn (embora não tenha nada contra quem vê, só acho meio vergonha alheia aquele bando de ator que não sabe atuar), mas do pouco que já vi, nenhum condiz com a realidade que a gente encontra na balada, no bar, na vida real.
Esse, o ator de filmes adultos, foi o maior. E nossa, como era grande (na foto). Daquele tipo que assusta. Que parece coisa de filme mesmo. Mas não foi o único, claro. Muita foto de umas cuecas bem recheadas, se é que me entendem.
Mas ai eu parei pra pensar. Claro que a foto do pau não era a foto principal. Eu tive que entrar no perfil do cara. E só entrei porque eu achei a primeira foto minimamente interessante. Claro que a descrição foi um let down, mas muito perfil não tem descrição e você tem que acreditar no que as fotos te dizem. Ai você dá um like, pode virar um bom papo e um encontro. E uma ida ao motel. E?
Acho que eu nunca tinha parado pra pensar que homens em geral não são exatamente proporcionais. Quer dizer, já me deparei com caras baixinhos com pênis nada pequeno e caras altos com um pau nem tão grande assim. Mas nunca com coisas desproporcionais. Essa coisa do pau ser pra fora proporciona uma infinidade de tamanhos e formas surpreendentes.
Ai você lá no motel e a hora que o cara tira a roupa, ele tem 3 pernas. O que você faz? Sério, tô falando de algo muito grande. Daqueles que só os vídeos de sacanagem do whatsapp proporcionam. TO-DAS as minhas amigas, quando deparadas com uma super jeba, falam que prefeririam fugir. Fingir desmaio. Ter uma diarreia. Dar pra um treco desses? Nem morta! Nem entra!
Então, no fim, eu vi que fotos de pirocas no tinder são uma utilidade pública. Porque um rostinho bonitinho e inocente pode esconder uma anaconda. E ninguém quer tem uma surpresa tão grande assim na cama.
Sério, garotos, se vocês forem acima da média, coloquem fotos dos seus orgulhos em perfis de sites de encontros. Deve ter gente que curte ser empalada. Outras, nem tanto.Marcadores: conto, realidade, sacanagi, tinder
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014 at 11:30
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#euli: #tfios ou a culpa é das estrelas (the fault in our stars)
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Em geral eu sou meio contra ler livros muito hypados, tenho certa preguiça de algumas modas. Mas falaram tanto deste livro que resolvi descobrir do que se tratava. Parecia uma história inofensiva, um livro sobre dois adolescentes que se conhecem num grupo de apoio a criança com câncer e se apaixonam. Ledo engano...
De fato, é assim que o livro começa. Hazel é diagnosticada com câncer na tireóide com metástase nos pulmões, mas uma droga experimental lhe dá uma sobrevida. Seus pais se preocupam com o fato de que ela quase nunca sai de casa ou se interessa por viver, então a levam a este grupo de apoio, onde um dia conhece Augustus Waters, amigo de um dos participantes regulares, o Isaac. Augustus foi diagnosticado com osteosarcoma, ou câncer nos ossos, teve uma perna amputada mas está em remissão (período de tempo em que o paciente fica em observação para ter certeza de que a doença não voltará). Ele só vai àquela sessão para acompanhar Isaac, que perdeu o olho por causa de um improvável câncer no olho e agora provavelmente terá que retirar o remanescente pelo mesmo problema. Hazel acha aquele grupo de apoio mais deprimente do que eficiente e não faz questão de esconder o que pensa sobre a vida e a doença, o que fascina Augustus. Eles se conhecem e passam a compartilhar gostos e pontos de vista, inclusive uma certa obsessão por um autor recluso em Amsterdã.
Ok, até então eu realmente achava que o livro era sobre isso. Sobre se apaixonar e ter alguns percalços durante a história. Afinal, é um livro adolescente, né? Pois é, ledo engano, ledo engano...
A partir da viagem a Amsterdã as coisas degringolam. Se você já passou pela experiência de acompanhar alguém que você ama em um tratamento de câncer de perto, sabe que não é fácil. Não é uma tragédia todos os dias, mas é uma tragédia anunciada. É como se você recebesse uma bomba relógio, prestes a explodir, mas sem uma data marcada. Você só sabe que o inevitável (a morte) está rondando. É como ter um prazo pra fazer algo que você está acostumado a fazer todos os dias, mas de repente, por causa desse aviso, você se torna mais consciente da sua própria existência.
E acho que é ai que o livro pega. Toda história de câncer é triste, é uma batalha. E só quem passou por isso sabe. E o autor sabe muito bem descrever a situação, sem ser extremista e sem ser condescendente. Antes da viagem a Amsterdã, existem passagens muito realistas sobre o dia a dia de um paciente. Mesmo que ele esteja bem, ele não está 100%. Todo mundo tem seus dias bons e dias ruins, mas para um paciente de câncer os dias ruins são muito piores.
É no final da viagem a Amsterdã, no meio do livro, que está a frase que mais me tocou. "I lit up like a Christmas tree", fala Augustus sobre o exame que fez antes de embarcarem. Ele nem precisava falar mais nada. É o terror de quem passa por essa situação.
Dai então, não só a história de amor dos dois muda, mas muda também o tom do livro e o dia a dia de Augustus. Ele é muito real em descrever o que passa não só o paciente, mas aqueles que o cercam. Há dias bons e outros nem tanto. Há alegrias e muitos sustos. E por mais que você queira, você não consegue ser forte o tempo todo.
Depois disso, outra expressão que me fez cair em lágrimas foi "and that was the last good day I had with Augustus before his Last Good Day". Talvez todos nós passaremos por isso, mas de uma forma muito mais sutil. Um dia somos invencíveis, mas o tempo demanda a sua parte da sua invencibilidade, inexoravelmente. Alguém que tem seus dias contados (e tão curtos) sofre essa queda de uma forma muito mais brutal. Você sabe que o inevitável se aproxima muito mais rapidamente, que haverá um momento em que a doença tomará conta de tudo o que você conhece sobre quem você ama, mas não pode prever quando isso acontecerá. E antes que esse último dia passe, você não sabe que é esse o dia.
Eu chorei tanto nesse livro, mas tanto, que teve partes que eu tive que parar de ler porque nem conseguia mais enxergar! Eu soluçava de tanto chorar! E isso sem chegar ao final.
Acho que é uma história bem contada, as vezes realista demais, e para quem já passou pelo câncer, de alguma forma, ele é mais triste ainda. Os sentimentos são tão reais que machucam, te levam de volta exatamente àquele momento mais doloroso, porque é exatamente assim que é.
A intensidade do amor dos dois é amplificada por este quesito real. Faz "Romeu & Julieta" parecerem dois amadores. faz qualquer outra história triste parecer piada.
Eu não recomendaria esse livro a ninguém. Já disse que fiquei perturbada por ele e se pudesse, desle-lo-ia. É daquelas histórias que você fica dissecando até não aguentar mais, revivendo cada frase, cada momento. Pra terminar, as últimas frases (que não estão no fim) que mais doeram:
"(...)still, when I grabbed the phone from the bedside table and saw Gus’s Mom on the caller ID, everything inside of me collapsed."
"It was unbearable. The whole thing. Every second worse than the last.(...) It felt like losing your co-rememberer meant losing the memory itself,
as if the things we’d done were less real and important than they had
been hours before."
"(...) I was saving my ten. And here it was, the great and terrible ten,
slamming me again and again as I lay still and alone in my bed staring
at the ceiling, the waves tossing me against the rocks then pulling me
back out to sea so they could launch me again into the jagged face of
the cliff, leaving me floating faceup on the water, undrowned." Marcadores: a culpa é das estrelas, literatura, livro, tfios, the fault in our stars
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014 at 11:30
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do eterno embate beleza x personalidade
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Quando eu estava na faculdade, há muito mais tempo do que eu gostaria de lembrar, não tinha essa coisa de pílulas de pensamentos, o Twitter, nem o Facebook pra gente compartilhar as coisas em textos rápidos (no Orkut o negócio era espiar scrapbook alheio). Havia mais tempo para pensar textos mais complexos. Ou para ponderar as coisas antes de compartilhar com o mundo. deve ser por isso que os blogs eram mais pessoais e com mais texto, ao invés de imagem (não me levem a mal, eu adoro imagem, mas acabo nem lendo os textos que as acompanham).
Ai hoje eu ia começar a escrever uma coisa no facebook e parei. Pensei que ali nem ia ter espaço pra escrever tudo e eu tenho esse blog pelo qual eu pago, com todo o espaço do mundo pra inserir texto, e resolvi colocar uma das resoluções de ano novo em prática: escrever mais no blog. Postar mais. Eu deveria ter guardado os textos dos meus blogs antigos, nem que fosse pra comparar com o que eu sou hoje. Tinha muito do que eu pensava, muitos devaneios, naqueles textos.
Enfim, o que engatilhou tudo isso foi um costume que adquiri recentemente, e que nunca achei que ia ter: checar o "Explore" do Instagram. O pessoal do trabalho sempre falava que achava umas coisas interessantes, que passavam horas no Insta, mas eu nunca entendi como. Acabei descobrindo que a curiosidade humana não tem limites e a gente acaba "viciando" em ver o que completos estranhos estão fazendo. O que comem. Que gatos tem. O quanto malham.
Nessas me peguei olhando vários perfis de gente que começou projetos de transformação. Pela alimentação, pela atividade física, ou pelos dois. O Instagram é cheio de malhadores. De nutricionistas. De gente exibida mesmo.
Quando emagreci na primeira viagem do Japão, foi sem querer. Eu nem precisava mudar muito, mas a alimentação e a rotina me fizeram chegar ao peso da Sandy. Tudo bem que temos a mesma altura, mas não era muito saudável aquilo. Cheguei a um peso ideal no intercâmbio, que mantive por uns dois anos. Bons tempos aqueles. Ah, os vinte e poucos anos....
O problema é que depois ganhei muito peso muito rápido, totalmente sem perceber. Mesmo. Porque eu não saia de casa e não tinha que vestir minhas roupas. Não tinha parâmetro. Tive que comprar muita coisa porque nem o que eu tinha de antes da perda me servia mais. Eu nem tenho idéia de quanto eu cheguei a pesar, mas estacionei nos 59kgs. Não perco nem ganho. Já cheguei a fazer dieta de calorias e consegui perder, mas ganhei tudo de novo por desleixo. A verdade é que eu amo comer e tenho trauminha da época do Japão, de passar fominha. Mas meu corpo responde bem. Assim como ganha fácil, com certa disciplina, também consegue perder.
Eu não acredito muito que magreza esteja relacionada a saúde. Acho que cada um tem que estar feliz e saudável do jeito que é. Ou do jeito que quer ser. Não tem que se submeter a um padrão ou achar que tem que ser de um jeito para ser aceito na sociedade.
Dito isto, vim de uma cultura que preza o esforço e em casa sempre foi uma meritocracia. Ser bonito não se encaixa em coisas que podem ser mudadas ou que podem ser ganhas com esforço. Ser bonito é muito subjetivo. E ser bonito também não era uma coisa muito importante. Fui criada pra ter conteúdo. Ter caráter. Essas coisas que tinham algum sentido da virada do século... XIX. Aprendi que não podemos julgar as pessoas por aquilo que elas não podem controlar sobre si mesmas, como a cor do cabelo, da pele, a beleza exterior. Que o que conta é o que somos por dentro e que a capa as vezes pode não condizer com o texto do livro. Pra mim, é isso que importa. Nos outros, mas principalmente, em mim.
Alias, admito que as vezes tenho um certo preconceito reverso. Se acho alguém muito bonito, já acho que tem algum defeito de caráter. Ou como eu sempre falo que homem bonito demais deve ser ruim de cama, porque não tem que se esforçar muito pra conquistar as pessoas a sua volta, basta existir.
Mas eu também projeto essas coisas nos outros. Se um cara me acha bonita demais, tem algumas possibilidades: 1. cego; 2. tá tirando com a minha cara; 3. tá desesperado pra comer qualquer uma; 4. acha que sou burra/sem conteúdo/tonta. E também acho que beleza é muito perecível. Um cara que só me acha bonita uma hora vai ver que todo mundo envelhece. Que a gravidade é uma vadia com todo mundo.
Não que eu não queira que um namorado me ache bonita. Mas quero que seja muito além disso. Parece que quando existe o fator beleza, isso se torna uma barreira. Principalmente para uma pessoa tímida e introvertida como eu. Parece que a pessoa nem quer se esforçar de me conhecer.
Mas como libriana, eu tenho essa necessidade da harmonia e da beleza. Eu quero me sentir bem, olhar no espelho e gostar do que eu vejo. No momento não é o caso, mas eu sei que posso conseguir o que quero, se realmente me empenhar por isso. O problema é que isso começa a se tornar um grande paradoxo na minha cabeça. Tipo, sempre achei que se colocasse silicone, jamais acreditaria num homem na vida. Porque ia achar que eles estariam atrás só do peitão, e não da minha personalidade. É o mesmo tipo de pensamento que me ocorre quando penso em perder peso. Será que vou conseguir levar os caras a sério depois?
A resolução de cuidar do corpo é cliché do ano novo, mas é algo que eu sinto ser uma necessidade agora. É questão de saúde também. Depois dos 30, nada é mais igual, e começa a aparecer a necessidade da compensação. E acontece cada vez mais rápido.
Talvez eu só vá poder responder estas questões com o tempo. Ou elas podem se provar irracionais. Só o tempo vai me dizer, mesmo.Marcadores: filosofando, pessoal, resoluções de ano novo
quinta-feira, 2 de janeiro de 2014 at 14:42
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Todo mundo já postou sobre o ano que acabou de passar e eu esperei propositalmente para postar só depois da virada. Aqui são as coisas que foram boas pra mim em 2013:
Album - Love, Lust, Faith + Dreams, 30 seconds to mars
Óbvio que não ouvi tudo o que saiu e sou velha e só escuto o que já estou acostumada a ouvir. Em 2013 também esperei o "In a world like this" dos Backstreet Boys e "Magnetic" dos Goo Goo Dolls, mas o cd novo do 30stm me ganhou. Talvez não seja um cd muito a cara de uma banda de rock alternativo, achei bem eletrônico e dançante, mas eu gosto, então achei excelente. Fora que é um cd que dá pra gostar mais a cada ouvida=). Favorita no cd: "Bright lights, big city".
Música - Same Love, Macklemore feat. MARY
A bem da verdade foi difícil pensar numa música pra pôr aqui, escutei bastante rádio, mas nenhuma música se destacou de verdade (tipo "Call me maybe" em 2012). Mas ai lembrei dessa, que ganhou um monte de VMA, e acho que a letra, que fala sobre a homofobia e o amor entre pessoas do mesmo sexo, vale por tudo. se é pra escolher uma música, que seja uma que tenha uma mensagem bacana, né? Letra e clipe aqui.
Clipe - In a world like this, Backstreet Boys
They are fucking back!!! Esse clipe é simples mas mostra o que é importante nesse mundo: amor! Fora que o final surpreendeu, foi lançado numa época bem apropriada (quando os EUA legalizavam ou discutiam o casamento de pessoas de mesmo sexo). E bem. Backstreet Boys <3
<iframe width="640" height="360" src="//www.youtube.com/embed/ynBplqio1R4" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
Show - Goo Goo Dolls, Camden - NJ
Fui em muitos shows esse ano, mas aquele que é meu queridinho pra vida, vai ser sempre esse em que o Robby me chamou na platéia <3.
Notáveis: Matchbox Twenty em São Paulo (porque eles arrasaram com 2h30 de show cheio de músicas que os fãs adoram, como "Hang", "The way" e pra mim, "Girl like that") e John Mayer (porque tinha tudo pra ser errado, com um palco grande demais em um lugar grande demais, mas ele provou que pra um artista foda demais qualquer lugar é lugar!).
Filme - About time (Questão de tempo)
Vi muitos filmes bons esse ano, mas nenhuma jamais baterá um filme de Richard Curtis, jamais! Esperei muito por esse filme e ele não decepcionou! Conta a história de um cara que descobre aos 21 anos que os homens da família podem viajar no tempo e mudar algumas coisas no passado deles. Com isso ele pode conquistar a garota da vida dele, mas também aprende que não consegue ajudar a todos que ama sem mudar a própria vida. Ao contrário de outros filmes do Richard Curtis, nesse o foco é a família (e não os amigos), mas são relações cheias de companheirismo e amor. Óbvio que chorei horrores. Quando sair em dvd terei que comprar!
Gadget - Samsung Galaxy S4
Finalmente comprei um celular pop! Não resisti quando vi ele ao vivo na minha mão e tive que ter o meu, e olha, não me arrependo! Acho que as pessoas fazem umas comparações meio burras quando compram um Android de R$ 1.000 e falam que não é como um iPhone. Óbvio que não é! Um Android de R$ 1.000 não é a mesma coisa que um de R$ 2.000 também! Meu S4 só me traz alegria <3
Maquiagem - Base HD, Make up Forever
Olha, tem coisas nessa vida em que valem investir. Uma dessas é essa tal de base hd. Nunca testei nenhuma outra, mas me apaixonei por essa da MUFE, que deve ser a mais famosa. A pele fica uma seda! E o melhor, não é pesadona, não fica parecendo reboco! É tipo "embelezador de rosto" (quem tem S4 e afins entenderá!) da vida real <3
Balada - Club Yatch
Obrigada, Carol, pela graça alcançada <3. Pra quem não conhece, a Yatch é uma balada tematizada de barco, com barmen de marinheiros e talz. Também foi alvo da polemicazinha com a broguêra da Capricho. Às sextas a balada é hetero e toca de tudo. Tem dia que a fila na porta é giga mesmo. Mas é *beijo no ombro*, quem pode, pode. Quem não pode, tenta dar carteirada ;).
Comida - Sainte Marie
Puts, sair pra comer é um dos meus hobbies, é difícil escolher o meu restaurante favorito! Mas entre os achados, acho que o destaque tem que ser pro Sainte Marie (obrigado, Tabeteimasu!), porque além de boa comida (melhor coalhada de São Paulo - e eu nem gosto de coalhada!), tem um dos chefs mais fofos do universo! E o cardápio... Vale a visita pra ver ;).
TV - Catfish, MTV
Descobri esse programa lendo uma matéria sobre uma das histórias na Cosmopolitan e viciei! "Catfish, the documentary", é sobre a história do Nev, que conheceu uma menina na internet e se apaixonou, mas depois de várias tentativas frustradas, quando finalmente conhece a pessoa ela não é quem dizia ser. Isso gerou o "Catfish, the tv show", em que ele e o Max percorrem os EUA atrás de histórias de gente que quer encontrar o outro (que conheceu na internet) mas que por algum motivo suspeito ainda não conheceu. No começo eu não gostava tanto, mas sou muito curiosa e a medida que assisto quero saber como cada caso termina! Fora que o Nev e o Max são umas graças!!
Livro - Please look after mom, Kyung-sook Shin
Achei esse livro por acaso numa promoção na Livraria Cultura e me emocionei com a descrição. Não é sobre a busca por uma mãe desaparecida em Seul, é sobre o quanto essa família realmente conhece essa mãe. Como toda história oriental, é delicado e dramático, razão para muitas lágrimas!
App - Tinder
Eu já nem uso muito esse app, mas foi o que deu o que falar. Mais que Lulu ou Tubby, porque afinal, todo mundo (solteiro) tem uma história pra contar!
Viagem - Canadá
No ano que conheci o Equador di gratiz, foi o retorno ao Canadá que me fez mais feliz. Afinal, home is where the heart is, e não importa qual tenha sido o roteiro, nada se compara a estar em casa. Não foi a primeira vez que retornei desde que estive lá a primeira vez, mas foi a vez que mais me senti em família nesses 14 anos. Prova de que amor de verdade supera tempo e distância <3Marcadores: retrospectiva
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Pode me chamar de Vy. Balzaquiana com cara de universitária. Turismóloga de formação.
Rodinha não só nos pés, mas no coração também. Introvertida. Blogueira old school.
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