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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018 at 10:30
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#euvi: trama fantasma

Aproveitando que um monte de indicados ao Oscar saiu tão perto da premiação, fui ver esse filme porque minha amiga quis. Eu queria mesmo era ver "Eu, Tonya", porque já me sinto a própria crítica da patinacão artística depois de ver tudo nas Olimpiadas de PyeongChang, hahaha! Mas ok, fui meio sem saber o que esperar porque só tinha visto o trailer, sem muita atenção.


Pelo trailer, achei que era um romance. Ou um suspense, quase policial. Nada me preparou para o que eu realmente acabei achando do filme.

"Phantom Thread" é sobre a relação de Reynolds Woodcock e Alma Elson. Ele, um renomado estilista, ela, uma smples garçonete imigrante no interior da Inglaterra. Ele é o retrato do gênio torturado, vive assombrado pelo espírito da mãe, genial na sua arte, péssimo em suas relações pessoais. Sa irmã, Cyril, não é muito melhor do que ele, mas consegue lidar com o mundo exterior de uma forma menos DOIDA, se é que podemos dizer assim. Alma cai de paraquedas num mundo de luxos e manias que ela nuna achou que teria acesso.

E é ai que a coisa fica muito DOIDA MESMO. Se você não viu e quer ver ainda, aviso de spoiler a partir daqui!

O relacionmento de Reynolds e Alma não é muito saudável. Ele a vê como uma musa, mas ela quer ser mulher. A irmã toma conta de tudo na vida dele, inclusive quando ele perde o interesse nas suas musas... Não é uma relação maternal, nenhum dos 2 parece saber o que é uma emoção saudável, e a coitada da Alma ali no meio meio sem saber o que ela tem que fazer. Eventualmente, além de modelo, ela se torna costureira da casa, apesar de meio que ser a "primeira dama". Só que, apesar de viver na mesma casa, eles dormem separados e a irmã se mete em tudo! No começo dá a entender que a irmã não é muito normal, mas no im, ela é a menos louca dessa história toda. Como um gênio clichê, Reynolds tem seus altos e baixos e Alma aprende a tirar proveito dos momentos mais vulneráveis dele, inclusive induzindo ele a ficar DOENTE! Ok que o relacionamento deles não é saudável e ele é bem cuzão como "namorado", mas envenenar outra pessoa não é normal! Menos normal ainda é no final ela contar o que está acontecendo e ele ACEITAR ENTRAR NESSE JOGO DOENTIO!!!

Nada nesse filme é muito o que parece, mas o que essa história menos é, é ser NORMAL. Não entendi como esse filme pode estar indicado a qualquer outro Oscar além do figurino (belíssimo, pra quem curte moda, essa é a ÚNICA parte que vale a pena), quando filmes como Lady Bird e Call me by your name estão no páreo. E com certeza muitos outros que nem entraram em consideração, que devem ter histórias bem melhores do que essa.

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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018 at 10:30
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#euvi: lady bird

E na cartela do bingo do Oscar, o outro filme que eu queria muito ver era Lady Bird, a estréia de Greta Gerwig no roteiro e na direção.


O filme conta a história de Lady Bird, uma adolescente no fim do highschool, insatisfeita com a vida na sua cidadezinha de Sacramento, California. Ela estuda numa escola de freiras porque o irmão mais velho presenciou um crime na porta da sua escola pública quando era estudante e a mãe achou que a solução para evitar o pior seria coloca-la numa escola particular. Só que a família não tem tantos recursos e para pagar a escola, a mãe se desdobra em turnos duplos no hospital, enquanto o pai trava uma batalha contra a depressão e o desemprego.

Muita gente tem falado como essa é uma história do relacionamento entre mãe e filha, e algumas pessoas acham esse relacionamento meio desfuncional. Logo no começo do filme, numa briga no carro em movimento, Lady Bird se joga pra fora e quebra o braço.

Mas o filme é também sobre o fim da adolescência, sobre crescer e querer trilhar seu próprio caminho, ser quem sempre se quis ser.

Das críticas que vi, acho que a galera esquece um pouco como é ser adolescente e morar com os pais. Nem tudo são flores. Minha mãe sempre foi um amorzinho de pessoa, mas eu vivia tendo arranca rabos com meu pai que o prédio inteiro ouvia, e não era nada leve! Só que a gente cresce e começa a ver que adolescente não é fácil de lidar, e o estresse de manter as contas da casa em dia coloca nossos pais no limite.

Sei que, apesar de morar do lado errado dos trilhos, essa ainda é a história de uma família privilegiada, e que assim é mais fácil eu me identificar com o filme. Não há nada que não possa ser remediado, e não há grandes conflitos. Mas nem tudo tem que ser problematizado, e adolescentes não sabem mesmo a extensão do seu privilégio.

Lauren Metcalf está ótima como a mãe que trabalha demais pra sustentar a família inteira, que ama seus filhos mas as vezes não tem muita paciência com eles. Saoirse Ronan faz um sotaque muito convincente que até esqueci que as vezes, em entrevista, eu não entendo patavinas do sotaque (natural) irlandês dela, haha! Timothee CHalamet aparece um pouquinho na trama e consegue ser odioso, o que me faz ter certeza que ele tem que ganhar o Oscar por fazer o Élio de Call me by your name =P

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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018 at 10:30
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#gordasafada: tonkotsu barikote lamen maru

São Paulo não desaponta na gastronomia mesmo, e tem ganhado um mercado de lamen maravilhoso. Nos últimos anos a cidade viu abrir mais de uma boa dezena de casas do prato japonês, e poucos tem desapontado. A meta do lamen diferente por mês da minha turma tá ficando quase impraticável! Daqui a pouco a gente não vai mais conseguir dar conta!


O Barikote é uma casa de lamen pequenininha na região da Brigadeiro. Tem só um balcão com uns 10 lugares! O menu também é bem enxuto, poucas opções de lamen (talvez uns 5?) e alguns acompanhamentos.

A especialidade é o tonkotsu, lamen com caldo de porco, feito por várias horas. Fica tudo ali ao olho do cliente, tudo montado na hora. O prato é uma delícia, caldo gostoso, não é muito pesado, a carne é uma das mais gostosas de todos os restaurantes que já provamos, o ovo vem no ponto que eu gosto, meio mole, ingredientes todos muito bons!

O atendimento também é muito bom, atencioso e bem informado. Super inidco, mas recomendo chegar cedo, é pequeno e fica cheio!

Endereço: R. José Maria Lisboa, 118

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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018 at 10:30
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#euli: call me by your name- andre aciman

Não me aguentei e comprei o livro. Eu amei muito o filme, e vendo uns vídeos no Youtube vi que o diretor, Luca Guadagnino, gostaria muito de fazer uma continuação do filme com a parte do livro que não foi usada e ai não quis me dar spoiler e tinha decidido não ler o livro agora.

Até, no mesmo Youtube, descobrir que o Armie Hammer narrou o último audio book do livro. Pra que? A mídia já disse que a voz dele é "banhada no mel", e não tem como não concordar que a voz desse homem é uma delícia.

Só que eu sou péssima pra ouvir coisas. Na escola não conseguia acompanhar nenhum texto quando os colegas liam em voz alta (o que me fazia me voluntariar pra ler todos os textos sempre). Minha mente começa a viajar, é como se precisasse de uma ancora. Então resolvi comprar o livro para acompanhar a leitura do audio book.


O livro conta a história de Elio e Oliver em forma de memória, desde a adolescência de Elio até os dias atuais (na época que o livro foi lançado, 2007). De diferente do filme, a história do livro começa no verão de 1987 e se passa na costa, e não no interior, da Itália. Com isso, ao final da fase adolescente do romance, eles vão para Roma, e não para o mato (no filme o pai de Elio menciona que Oliver pegaria o avião de Linate, que é o aeroporto de Milão, o mais próximo de Crema, onde o filme se passa). Tem também um personagem bem pequeno, mas que gostei muito, que é a Vimini, uma vizinha dos Pearlman, que, apesar de criança, cria um laço de amizade muito bonito com o Oliver. E ai o livro passa a contar uma parte que o filme não conta, que é o que o diretor gostaria de ter a oportunidade de contar.

A história no livro é contada pelo próprio Elio, a partir de suas lembranças. Enquanto no filme acompanhamos o ponto de vista dele, não acompanhamos o que ele pensa. Já no livro, viajamos pela história a partir de seus sentmentos e emoções, o que, como vi em vários lugares, pode criar uma identificação com o personagem, mas que para mim criou um pequeno bode do Elio. O livro é muito bom em descrever um adolescente, e por isso acho que não gostei muito do Elio, porque ele é bem pentelho as vezes, hahaha! Mas ao mesmo tempo, vemos Oliver por seus olhos, do desejo, da paixão e da admiração, então ele é ainda mais apaixonante no papel. 

Depois da notícia do casamento de Oliver (que no livro ele conta ao vivo, numa visita a Itália), a vida segue seu curso. Elio entra na faculdade, tem outros amores, e a ligação que uma vez os uniu tão profundamente se enfraquece, mesmo Oliver mantendo uma boa realção com o professor através de tanto tempo (ele volta à Itália com a família uma década depois daquele verão fatídico...). Na virada do milênio, Elio cria coragem de visitar Oliver. Este continua casado, mas trata Elio com muito carinho no reencontro. Eu senti o Elio um pouco amargurado porque, apesar de não comentar, dá a entender que está sozinho e gostaria de encontrar Oliver na mesma situação. Ainda assim, eles guardam as memórias de 1987 com muito respeito nos seus corações. Mais alguns anos se passam, e chegamos ao presente, o que engatilhou todas essas lembranças em Elio. Oliver volta a Itália, dessa vez sozinho, para uma visita rápida enquanto viaja a trabalho. A casa continua lá, mas muita coisa mudou, porque a vida aconteceu. Eles relembram Vimini, Anchise, falam da situação de Anella e conversam sobre a memória do professor.

O livro é bem mais triste do que o filme, aco que exatamente porque no fim mostra que a vida acontece além dos momentos mais felizes. O filme usa quase todo o discurso do pai quando Oliver vai embora, e mesmo no papel ainda são palavras muito poderosas, que me fizeram chorar muito!

Ouvir o audio book enquanto lia foi ótimo, porque não tinha que fazer o esforço de "criar" aqueles sons na minha mente, aprendi como fala várias coisas! E a voz do Armie Hammer realmente é incrível, muito gostosa!

A leitura vale muito a pena, leva pouco mais de 7h30 pelo audio book, e é um bom exercício de "listening"!

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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018 at 10:30
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#gordasafada: cantina generale

Já peço desculpas de antemão, porque as fotos estão mais péssimas do que de costume. Mas esse post nasceu da necessidade de fazer um bem público, que é falar de um lugar muito bom pra que todos possam ir também!

Em geral eu não acho a coisa mais interessante do mundo comer macarrão fora de casa, embora goste muito de massas em geral. Mas acho que se cobra tão caro por algo que não leva ingredientes tão sofisticados, na maioria das vezes. Mas as vezes rola essa vontade, e sei que o Spoleto não vai satisfazer minha vontade. Foi mais ou menos assim que minha amiga me levou no Generale.


O Generale é uma cantina bem clichê, mas no meio da Paulista. No teto tem esses cabides pendurados com camisas de todos os tipos de time de futebol que você pode imaginar. Essa foto é uma homenagem singela a miguxa Carol CHANG <3.

Os pratos não são exatamente baratos, mas tem um valor pagável. Estava numa vibe simplista e tudo o que queria era um penne com molho de tomate gostoso. Então o pedido foi penne alla napolitada (molho de tomate pelados italianos, salsinha e azeite) acompanhado de torradas de alho.


A travessa é enorme! Dá pra alimentar tranquilamente uma família! Quando chegou eu levei um susto, porque nunca que a gente ia conseguir comer tudo aquilo, por mais fome que eu tivesse!!!

A massa esatava no ponto e o molho supriu as expectativas! Sai muito feliz, muito satisfeita, e o resto ainda deu pra dividir em 2 marmitas, hehe <3 Com certeza quero voltar de galera e comer outras coisas diferentes!

Endereço: R. Pamplona, 957 - Jardim Paulista

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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018 at 10:30
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#euvi: me chame pelo seu nome

Eu já fui muito dedicada ao cinema, mas cada ano que passa fico pior em assistir filmes. Apesar de não me importar de ir ao cinema sozinha, preciso de um convite pra sair de casa até pra fazer o que gosto...

Fazer o bingo dos indicados do Oscar então está fora de questão, não dou conta mesmo, nem tento, as vezes até fujo! Mas as vezes aparecem uns filmes que parecem bons demais pra serem ignorados, como foi o caso de "Call me by your name". Desde que começou a ser indicado pra um monte de prêmios, quis logo ver, cada comentário era mais combustível pro meu interesse!

A história é sobre um verão de descobertas, em que um pós graduando passa 6 semanas na casa no norte da Itália do seu professor, com a família, e constrói uma amizade próxima com o filho do professor, um adolescente de 17 anos.


Por se tratar de uma produção independente previa um filme mais delicado e sem muita "enrolação", uma fotografia e cenografia mais idílicas, e ainda bem que esse é um filme independente! O roteiro é encantador, delicado e tão atencioso! A história é tratada com muito respeito, contando sobre descobertas, paixões e amadurecimento.

Eu só conhecia o Armie Hammer do arco de Gossip Girl e tudo o que achava dele é que tinha dentes muito bons e era impossivelmente bonito (o cara nasceu com todas as feições certas!!!) e temia que seu físico dominasse os quadros, mas a química com o Timothee Chalamet é muito crível, eles foram feitos para atuar juntos! Eles estão ótimos, e o Timothee merece muito todas as indicações e elogios que anda recebendo nessa temporada de premiações.

A partir daqui não me responsabilizo por spoilers!!!

Fui assistir o filme no Itaú Cultural da Augusta e em certas partes senti como se a plateia fosse uma coisa só, sentido igual, reagindo igual ❤️ Todo mundo torcendo pro romance dar certo, todo mundo rindo (principalmente na parte do pêssego!), todo mundo chorando no final desde a hora que ele liga pra mãe buscar até o diálogo com o pai e o telefonema no final 💔

Poucos filmes são capazes de deixar essa sensação de quentinho no coração, mesmo depois de tê-lo partido tão definitivamente, e todo momento em que penso nele sou invadida por uma vontade de chorar, mas de alegria também e vontade de assisti-lo de novo e de novo.

Quem puder, faça-se esse favor e vá assistir "Me chame pelo seu nome"! Sobretudo, ele fala de amor, e o faz de uma maneira sublime, delicada e apaixonante!

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Pode me chamar de Vy. Balzaquiana com cara de universitária. Turismóloga de formação. Rodinha não só nos pés, mas no coração também. Introvertida. Blogueira old school.

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