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segunda-feira, 31 de agosto de 2015 at 08:00
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um trauma chamado air europa

O grande dia chegou!

Como de costume, fui dormir tarde na véspera da viagem, mas o meu vôo saia no começo da tarde e eu tinha que ir cedo pra Guarulhos. Minha mãe foi meu despertador, pela última vez em muito tempo. Levantei e fui tomar banho  (sempre tomo banho antes de viajar). E arrumar os derradeiros detalhes para deixar o Brasil por 1 ano.

Sempre me planejo de fazer check in com pelo menos 3h de antecedência. Então saímos de São José 4h30 antes, pra garantir o caso de qualquer problema no meio do caminho.

Chegamos no horário e fomos direto para o check in, que estava tranquilo.

Não tenho balança de pesar mala, então sempre tenho que confiar no instinto. Tentei ao máximo balancear as coisas e rezei pra não exceder o peso. A mala menor ficou pesando até menos do que o limite, mas a mala maior excedeu e não dava nem pra compensar =(. Mas por sorte o moço do check in estava bonzinho, e eu disse que ia pra um voluntariado, então ele deixou o excesso passar =). Ele só me alertou sobre não voltar com excesso porque os europeus não são tão flexíveis, mas contei que o plano era voltar com bem menos coisas XD.


O Henrique chegou na mesma hora que eu, mas em outro terminal, então depois do check in fui falar com ele. As nossas famílias se conheceram, conversamos um pouco e depois fui almoçar. O vôo dele partia 1h depois do meu, mas ele foi pra sala de embarque antes.

No aeroporto as opções não são exatamente ideais, então acabamos indo no Olive Garden mesmo.


Terminei de almoçar na hora de embarcar. Como os assentos são marcados de qualquer forma, nunca acho razão pra esperar em fila. Geralmente sou uma das últimas a embarcar. Assim também não tenho que ficar mais tempo desnecessário dentro da lata de sardinha voadora.

Na hora certa, saímos do portão e começamos a taxiar. O avião parou por um momento... E continuou parado. Por um bom tempo. Esperando permissão pra voar.

Meu vôo era São Paulo / Madrid / Londres, com uma conexão de quase 3h, que deveria ser mais do que suficiente uma vez que eu não tinha que passar pela esteira de malas em Madrid.

Pois bem, o avião teve que voltar para o portão por tempo indeterminado. Ninguém nos informou o que estava havendo ou quanto tempo mais teríamos que esperar. Muito menos o que aconteceria com nossas conexões.

Pois com mais de 3h de atraso, recebemos permissão para taxiar e levantar vôo de novo. E eu já tinha perdido a minha conexão.

O vôo foi meio turbulento, o pior foi ter que voar na poltrona do corredor de um equipamento velho e com uma criança insuportável do lado. Na boa, se os pais são incapazes de domar seus próprios filhos (perfeitamente saudáveis) eles nem deveriam sair de casa.

Chegamos em Madrid totalmente sem informação. Desembarcamos sem nenhuma direção. Perguntei para TRÊS pessoas o que fazer e nenhuma delas sabia. Me mandaram para a conexão direta sem informação de troca de vôos. Por sorte encontrei outra brasileira com o mesmo problema e fomos tentar resolver juntas.


Paramos no balcão de informações e o cara não achou uma solução, mas ao menos tentou ser prestativo. O que não podemos dizer dos funcionários da companhia aérea, que pareciam irritados de ter que fazer o seu trabalho.

Passamos a imigração, um sujeito super mal comido que nem olhou pra nossa cara, e voltamos a ter muitas informações erradas. Nos mandaram buscar as malas sem número de esteira. Depois mudaram a esteira. Depois não sabiam mais.

Foi quando encontramos outros passageiros do nosso vôo que nos instruíram buscar informações no balcão de bagagens perdidas.

Encontramos meio mundo na fila, todo mundo muito puto com esse serviço péssimo da Air Europa. Demos sorte que ao chegar na fila o funcionário mega mal humorado estava recolhendo os tickets de bagagem para tentar localizar e ainda assim ele demorou pelo menos 1h inteira para nos dar outra informação errada: de que todas as bagagens retornariam para a esteira, sem previsão de tempo.

Por sorte, sabíamos qual seria nosso vôo e resolvemos ir atrás de mais gente lá fora no aeroporto. Pedimos mais informações para 2 departamentos diferentes e ai começamos a ter respostas mais consistentes: que nossas malas seguiriam caminho conosco dem necessidade de busca las na esteira.

Na verdade a gente não acreditou muito que as malas seriam despachadas de acordo, mas já estávamos cansadas, com fome e muito irritadas. Fizemos o check in de novo (e eu ganhei upgrade pra primeira classe, yay!) e fomos buscar nossos vouchers de alimentação  (toda vez que a companhia te faz esperar mais de 4h eles são obrigados a te dar um voucher). Eu já estava irritada de fome, então fomos logo comer.

O lanche a que tínhamos direito não era extremamente uma delícia, mas era algo e pelo menos serviu para podermos descansar.


Na hora do embarque fomos para o portão, mas logicamente estava tudo atrasado. E uma fila enorme.

Com o upgrade, pude embarcar na frente de todo mundo e literalmente sentar na janelinha.

Vôo doméstico não tem tanta mordomia, mas eu tive lanchinho e uma refeição leve (salmão defumado). Apesar do vôo ser curto, capotei pelas 2h, de babar!


A grande vantagem da primeira classe é desembarcar na frente de todo mundo e pegar a imigração relativamente vazia. Tinha outro vôo chegando também na mesma hora e por um momento bateu um desespero pela fila. Foi a primeira vez que fiquei feliz de precisar de visto, não tinha ninguém na minha frente!

Na Inglaterra as coisas começaram  funcionar melhor. A pessoa que me atendeu na imigração foi super simpática, rolou até uma conversinha sobre nada e sorriso. Quanta diferença!!!

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that would be me. bye!

terça-feira, 25 de agosto de 2015 at 12:48
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#meme: complete a frase

Vi o meme na Tay e na Lec e resolvi fazer pela diversão, enquanto não termino os primeiros posts da viagem.

As regras da tag são bem simples:
1. Complete todas as frases;
2. Indique 10 blogs (mas vamos combinar que ninguém é obrigada);
3. Marque quem te indicou no post;
4. Comente com o link da sua resposta no post de quem te indicou
Sou muito reclaminha.
Não suporto gente que não quer deixar de ser ignorante.
Eu nunca fui no Hopi Hari.
Eu já briguei com gente no facebook.
Quando criança eu não entendia que desenhos tinhas episódios continuos!
Nesse exato momento estou na Inglaterra pela primeira vez.
Eu morro de medo de falhar miseravelmente nas coisas que eu realmente quero fazer na vida.
Eu sempre gostei de ficar na minha.
Se eu pudesse teria um gato preto.
Fico feliz quando as coisas dão certo da maneira que eu imagnei.
Se pudesse voltar no tempo teria me empenhado mais pra voltar no summer 2006 (Disney ICP).
Adoro sonhar acordada.
Quero muito viajar para o Cambodia.
Eu preciso fazer dieta direito. E alguns exercícios.
Não gosto de acordar cedo.

Quem quiser fazer, esteja a vonts ;).

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that would be me. bye!

segunda-feira, 24 de agosto de 2015 at 10:30
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fazer o bem... a quem?

Esses dias vi na tv um segmento que falava sobre altruísmo e até que ponto o ser humano é capaz de fazer o bem pelo próximo sem esperar uma recompensa de volta.

Claro que a gente não pode ser interesseiro, sempre esperar que os outros retribuam nossos favores, mas até que ponto a gente não faz o que faz pra se sentir melhor consigo mesmo? Do tipo, "olha só eu, eu sou bacaninha e faço o bem sem olhar a quem".

Aparentemente rola até um "altruísmo ostentação" por aí. Gente que se gaba de fazer voluntariado, se acha melhor do que os outros por isso.

Veja bem, jamais pensei em fazer isso aqui quando resolvi contar minha história. Eu nem sabia que as pessoas ostentavam até nessa hora!

Mas sempre deixei claro: eu estou embarcando nessa pra me descobrir. Pra me sentir melhor comigo mesma. Quero me sentir útil pro mundo. Claro que quero ajudar porque acho importante para as pessoas ajudadas, mas acho que também vou sair ganhando muito.

Eu não acho errado fazer o bem pra se sentir bem consigo mesmo. Não acho exatamente certo ficar ostentando, mas se for um trabalho bem feito, que ajuda mesmo o outro, tanto melhor. Se for isso que o mundo precisa pra incentivar o outro a olhar com mais compaixão pro próximo, que seja. Tanto melhor que mais pessoas ajudem quem precisa de verdade.

Vendo minha mãe cuidar da minha avó por mais de 10 anos eu sei que o que as pessoas mais precisam é do tempo do próximo. Dinheiro é importante, mas não é tudo. O mais importante mesmo é botar a mão na massa. Um pouco de atenção as vezes vale mais do que o pagamento de qualquer dívida financeira.

Eu sei que muita gente tem receio de fazer voluntariado por conta do aspecto psicológico. Porque não é fácil não sofrer com alguém que está próximo, na sua frente. Eu sei porque é o maior motivo de eu nunca ter entrado em uma instituição que cuide de crianças com câncer, por exemplo. Tenho vontade de chorar só de pensar. Pra mim é uma das causas que mais me toca, é pra isso que doamos, mas ninguém tem coragem de ir lá doar nosso tempo, por medo de nos acabarmos em lágrimas.

Mas a gente pode achar alternativas. Como eu achei. Não necessariamente de mudar de país e dedicar todo o tempo pra uma causa. Mas começar pequeno. Um dia no mês. Ou na semana. Umas horinhas. Ajudar 1 pessoa. 1 família. Ou uma instituição.

Não estou falando que todos temos que doar nosso tempo aos outros. Mas quem tem essa vontade, saiba que é possível, e não tenha medo de se sentir culpado de achar que está fazendo bem pro seu ego. Você também estará fazendo um bem pro mundo ;)

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that would be me. bye!

terça-feira, 11 de agosto de 2015 at 10:30
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o problema do feminismo

Esses dias estava lendo a Cosmo americana com a Sarah Jessica Parker na capa. Pra muita gente ela é um ícone não só de estilo, mas de vida. Ela ajudoua dar vida a uma das séries mais importantes da cultura ocidental desse último século. Sex and the City não era só uma série sobre a vida de 4 amigas. SatC é sobre a liberdade da mulher na sociedade. É girl power, sem perder o glamour.

Ai que na reportagem de capa perguntam se ela se considera feminista e ela escorrega feio, comete um erro GRAVE: diz que acha o feminismo um exagero e que não devemos lutar somente pelo empoderamento feminino, mas de negros e pobres. Por isso, ela se considera "humanista".

Acontece que o humanismo não é sobre lutar pela igualdade dos humanos na sociedade. O humanismo é sobre a capacidade do humano de controlar a própria vida sem a intervenção de uma entidade divina (na medida em que não depende de deus para conseguir o que precisa).

Já vi esse erro acontecer muitas vezes por ai, principalmente porque as pessoas tem preconceito contra a palavra "feminismo". Muita gente ainda associa a palavra a um movimento de ódio aos homens, mulheres masculinizadas e queima de sutiens. Tudo um erro de interpretação, claro. Ainda mais que existem várias linhas de feminismo, mas que acima de tudo buscam a igualdade entre os sexos. Não só homem e mulher, mas pessoas trans e de todas as raças e "cores". Não é sobre subjugar o homem, mas sobre "nivelar por cima" todo mundo, no trabalho, na cultura, na sociedade. Entender que todo mundo nasce igual e merece as mesmas oportunidades, as mesmas chances, pra se desenvolver e atingir seu potencial, sem preconceitos de gênero, de raça, de gostos, baseado somente na própria capacidade e habilidade.

Como um movimento humano, o feminismo pode ser falho, principalmente na prática do dia a dia, mas acho que o importante é tentar sempre, e aprender com os erros, estar sempre atento e aberto a críticas. No fim, todo mundo pode se tornar feminista e se aprimorar, começando pequeno, aprendendo um pouco com cada atitude pequena.

Também é importante ter em mente que o feminismo não exclui o homem. Embora suas dificuldades sejam reduzidas e diferentes, eles também sofrem com a pressão de uma sociedade que exige que sejam, ajam e sigam uma determinada regra.

É assustador que influenciadores de opinião ainda cometam esses erros de definição, mas acho que em parte também mostra como existe um movimento contrário que se aproveitam dessas interpretações erradas do feminismo. Numa sociedade individualista é difícil praticar, mas é se unindo que a gente consegue melhorar o mundo.


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sexta-feira, 7 de agosto de 2015 at 10:30
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hello, stranger

Diz-se que para ser intercambista tem que se ter o espírito. Não é simplesmente pagar pra morar fora, mas é absorver a experiência de estar fora de casa e fazer disso o seu estilo de vida, mesmo que você nunca mais tenha dinheiro para repetir esse feito de ir morar em outro país. Quantas pessoas na vida você conheceu que pode realmente dizer que tem esse espírito explorador?

Eu me considero intercambista desde sempre. O lugar comum nunca me satisfez. Eu sempre quis conhecer o mundo. Não só os lugares, mas também as pessoas, as culturas, ver coisa diferente, fazer coisa diferente, viver diferente.

No primeiro intercâmbio, o que me encantou foi ser a primeira vez. Eu sabia que não pararia ali, e que o mundo nunca deixaria de me surpreender.

No segundo aprendi que nem tudo são flores, mas que estar num lugar diferente, viver diferente, valia a pena.

No terceiro quase desisti. Aprendi a me superar, a superar dificuldades, que a recompensa vem sim no fim e que até as coisas ruins deixam saudade. Deixam o gostinho de saber que eu venci os obstáculos, que eu sou capaz!

Eu estava sentindo falta desse desafio. De conhecer um mundo novo. De ser estrangeira. Eu aprendi a não me importar de ser diferente, que é na diferença que a gente aprende muito mais sobre a vida.

Minha mãe veio perguntar o que eu esperava dessa nova jornada na minha vida, se eu não tinha medo. Eu posso parecer uma pessoa muito acomodada na vida, mas eu prefiro pensar que eu aloco minhas energias para aquilo que realmente me interessa. Eu espero continuar crescendo com esse 1 ano de voluntariado, eu espero aprender mais sobre mim e sobre as pessoas. Eu espero me envolver de verdade com a vida e fazer a diferença de verdade na vida de alguém. E eu não tenho medo do novo, na verdade estou bem animada para o que está por vir. Estou ansiosa de uma forma boa por esta viagem. Eu mal posso esperar por tudo que a vida vai me ensinar nesse meio tempo.

Ser intercambista é estar não só aberto ao novo, mas estar em busca de mais. Mais conhecimento, mais experiências, mais saudades.

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quarta-feira, 5 de agosto de 2015 at 20:30
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horoshima e nagasaki, 70 anos

Sou de uma geração que já não tem tanto apego aos seus ancestrais. Quero dizer, com certeza a nossa herança cultural molda parte das nossas vidas, mas ela não é mais importante do que o lugar que a gente chama de casa.

Mas também nasci na época da informação. Parece que sempre tive pelo menos algum acesso a todo o tipo de notícia. Cresci num país democrático (será?), vi a estabilização econômica, as transformações sociais, as novas tecnologias foram facilmente adotadas na minha vida desde cedo.

Vim a um mundo mais conectado, onde eu posso me relacionar globalmente. Mas que morre de medo de aids, que tenta a todo custo viver mais, viver melhor, mais fácil, as vezes fazendo parecer que gira mais rápido.

Eu sinto familiarização com tudo, mas falta de fato o toque. O estar lá.

Cresci ouvindo sobre os horrores de guerras mundiais, de escassez, de sofrimento, como a paz mundial é relativa e algo tão frágil. Cresci ouvindo que o mundo poderia acabar com o toque de um botão, um grande BOOM dado por alguém muito contrariado em um gabinete num lugar que eu poderia nem saber que existe. Minha geração não consegue nem ver o que pode existir de bom na tecnologia nuclear. Explosões nucleares propositais são uma possibilidade muito tangível.

Agosto é lembrado por um dos maiores horrores de guerra da humanidade: o ataque a bomba atômica em Hiroshima e Nagasaki.

Quem não cresceu vendo documentários na tv de como isso foi horrível, como as pessoas foram apagadas do mapa instantaneamente, como muitas outras sofreram, ficaram severamente machucadas, queimadas, agonizando, como famílias foram desfeitas, como pais e mães perderam seus filhos, como filhos ficaram órfãos?

Sempre achei esse um capítulo lamentável e desnecessário na nossa história. Nada jamais pode justificar jogarem não só 1, mas 2 bombas em cima de civis desavisados, que muito provavelmente nunca teriam feito parte de uma guerra se eles pudessem escolher.


Visitar Hiroshima me sensibilizou muito para a fragilidade da vida. Como tudo que a gente conhece pode simplesmente sumir num piscar de olhos. E como o ser humano pode ser mesquinho, como o poder pode transformar as pessoas em monstros.

Eu não acho que o mundo aprendeu o que deveria com esses ataques. A única coisa que aprenderam foi que existe esse brinquedo muito perigoso e muito poderoso que eles só vão poder usar se quiserem de fato apagar o planeta do universo. Que seu uso é controverso, que não é muito popular, mas que eles vão sim voltar a usar. Só quem sofreu e quem tem sensibilidade suficiente para entender os efeitos devastadores do ataque na população inocente, de verdade, entende que o movimento pacifista é importante e que o legado de sofrimento de uma geração deve ser sim mantido vivo, como um aviso.

Isso não é sobre os japoneses, não é sobre o imperialismo. É sobre empatia, é sobre sobrevivência, sobre comunidade, sobre compaixão.

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that would be me. bye!

about the girl

Pode me chamar de Vy. Balzaquiana com cara de universitária. Turismóloga de formação. Rodinha não só nos pés, mas no coração também. Introvertida. Blogueira old school.

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