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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018 at 10:30
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#euvi: lady bird

E na cartela do bingo do Oscar, o outro filme que eu queria muito ver era Lady Bird, a estréia de Greta Gerwig no roteiro e na direção.


O filme conta a história de Lady Bird, uma adolescente no fim do highschool, insatisfeita com a vida na sua cidadezinha de Sacramento, California. Ela estuda numa escola de freiras porque o irmão mais velho presenciou um crime na porta da sua escola pública quando era estudante e a mãe achou que a solução para evitar o pior seria coloca-la numa escola particular. Só que a família não tem tantos recursos e para pagar a escola, a mãe se desdobra em turnos duplos no hospital, enquanto o pai trava uma batalha contra a depressão e o desemprego.

Muita gente tem falado como essa é uma história do relacionamento entre mãe e filha, e algumas pessoas acham esse relacionamento meio desfuncional. Logo no começo do filme, numa briga no carro em movimento, Lady Bird se joga pra fora e quebra o braço.

Mas o filme é também sobre o fim da adolescência, sobre crescer e querer trilhar seu próprio caminho, ser quem sempre se quis ser.

Das críticas que vi, acho que a galera esquece um pouco como é ser adolescente e morar com os pais. Nem tudo são flores. Minha mãe sempre foi um amorzinho de pessoa, mas eu vivia tendo arranca rabos com meu pai que o prédio inteiro ouvia, e não era nada leve! Só que a gente cresce e começa a ver que adolescente não é fácil de lidar, e o estresse de manter as contas da casa em dia coloca nossos pais no limite.

Sei que, apesar de morar do lado errado dos trilhos, essa ainda é a história de uma família privilegiada, e que assim é mais fácil eu me identificar com o filme. Não há nada que não possa ser remediado, e não há grandes conflitos. Mas nem tudo tem que ser problematizado, e adolescentes não sabem mesmo a extensão do seu privilégio.

Lauren Metcalf está ótima como a mãe que trabalha demais pra sustentar a família inteira, que ama seus filhos mas as vezes não tem muita paciência com eles. Saoirse Ronan faz um sotaque muito convincente que até esqueci que as vezes, em entrevista, eu não entendo patavinas do sotaque (natural) irlandês dela, haha! Timothee CHalamet aparece um pouquinho na trama e consegue ser odioso, o que me faz ter certeza que ele tem que ganhar o Oscar por fazer o Élio de Call me by your name =P

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that would be me. bye!

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Pode me chamar de Vy. Balzaquiana com cara de universitária. Turismóloga de formação. Rodinha não só nos pés, mas no coração também. Introvertida. Blogueira old school.

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