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segunda-feira, 27 de abril de 2015 at 10:30
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japão, o que fazer

Ok, resolver ir pro Japão já requer muito interesse, cada um bem entende o que vai fazer em cada viagem. Mas é legal ter uma idéia.

No famoso cruzamento de Shibuya <3
Motivações: o Japão é pra quem gosta de tradição e modernidade. Pra quem curte artes e cultura pop. Pra quem gosta de cidade e de natureza. É tudo junto e misturado mesmo, literalmente. É andar por entre arranha céus e descobrir um lindo parque com um templo no meio. Ou um cemitério. Ou um arrozal. É comprar as últimas novidades em eletrônicos e visitar infindáveis templos centenários.

Principais pontos de interesse:
  • Tokyo: cidade moderna, mais ocidentalizada, cenário para filmes. Capital do império (sim, monarquia parlamentarista), onde tudo acontece. Tem o Palácio Imperial (só é possível visitar seus arredores, uma vez que é a casa oficial da família imperial), o Templo Meiji (o parque no meio dos arranha céus), Akihabara Eletric town (casa de cafés temáticos e cultura otaku), Harajuku (cosplayers e moda alernativa), Shibuya e Shinjuku (áreas comérciais e de cultura pop), Ropongi (baladas) e Odaiba (área de aterro super nova e moderna);
  • Kyoto: o Japão que a gente imagina. Ainda guarda resquicios do império pré Meiji. Cidade dos templos, muitos templos, e de gastronomia tradicional. É onde está o Templo de Ouro (Kinkaku-ji) e os toris enfileirados de "Memórias de uma gueixa" (Fushimi Inari), além do impressionante Kyomizudera (feita de madeira na encosta de um morro, sem nenhum prego) e Gion, o distrito das gueixas. Lá é possível experimentar um kimono e até sair na rua com ele.
  • Nara: ao lado de Kyoto, antiga capital imperal, com seu parque cheios de veados (mensageiros de deus) e templos (um dos maiores budas do mundo está em um deles);
  • Hiroshima: alvo de um dos piores capítulos da história do homem, o ataque da primeira bomba atômica,dizimando dezenas de milhares de pessoas instantaneamente. Hiroshima já era grande e importante em meados do século XX, virou destino de "peregrinação". As pessoas visitam atrás da história e do que restou do bombardeio. Foi construído um parque memorial com um museu na cidade para nunca esquecermos os horrores da bomba atômica. E também a cidade é conhecida pelos okonomiyaki, uma panqueca feita na chapa com diversos ingredientes, muito popular no Japão;
  • Hakone e Fuji-san: perto de Tokyo, Hakone tem um parque e um museu ao céu aberto, de onde é possível observar o Monte Fuji ao longe. Em Hakone é possível se hospedar um hotéis típicos, os Ryokans, com futon no tatami e refeições kaiseki. Área de atividade geotermal, também tem atividades ligadas a água quente que brota da terra. No verão dá pra subir uma parte do monte. E diz a tradição que você deve subi-lo um número impar de vezes;
  • Hokkaido: exremo norte do  Japão, pra quem gosta de natureza intocada e atividades ao ar livre. No inverno hospeda o famoso festival de esculturas em gelo e neve. Também é casa da primeira e mais famosa cerveja japonesa, a Sapporo. Também conecida como a província onde os povos nativos do Japão se refugiaram, os Ainu, de etnia e cultura totalmente diferentes do Japão que conhecemos;
  • Okinawa: quem tem mais contato com a comunidade japonesa no Brasil já deve ter visto algumas pessoas se referirem pejorativamente a esta região. No extremo sul, é região de praias idílicas, o "Hawaii oriental". Serve de base militar americana e tem hstórico de "subdesenvolvimento" (mais como se o resto do Japão não investisse de verdade na região);
Outras regiões que chamam a atenção são: Kobe, com seu porto, Okayama e seus campos floridos e templo, Osaka, misturando templos, modernidade e o parque japonês da Universal (tem área do Harry Potter!!!), Nagoya e região, para fãs de automobilismo (ou quem tem parente dekasegi...), Gifu Nagano e afins para esportes de inverno e Chiba, para fãs de Disney (2 dos parques mais acessados do mundo!).

Na real, não é uma viagem nada barata, mas seu deslocamento justifica uma estadia de pelo menos 10 dias. A passagem pode sair entre US$ 1.000 e US$ 2.000 (sempre tem promoção) e a estadia varia de acordo com a exigência do passageiro, podendo sair a partir de US$ 100, em média. 

Acomodação:
  • Albergues: não são abundantes e não são tão bem localizados;
  • Ryokans: hospedaria tradicional, com futon no tatami e refeições tradicionais, costumam ser mais caras e mais afastadas;
  • Hotéis econômicos: existe grande variedade, mas levem em consideração a falta de espaço geral no país. Os quartos são bem pequenos. Os hotéis são galmente de cadeias nacionais;
  • Air b'n'b: pra quem é safo, uma boa opção, os apartamentos são pequenos, mas totalmente equipados, podem oferecer wi-fi móvel gratuito e dá pra escolher bem a localização. Os anfitriões em geral são bem prestativos;
Locomoção: assim como na Europa, o Japão é bem servido de linhas ferroviárias e tem um passe para turista, o JR pass. A JR é a empresa do estado, mas não é a unica a operar no país, apesar de ser a maior e estar conectada muitas vezes com linhas privadas e metrô.
  • JR pass: um passe de trem de uso ilimitado por quantidade de dias específicos. Tem que 7, 14 ou 21 dias, com opção em categoria básica ou primeira classe (permite pegar os trens mais rápidos da linha do trem bala);
  • Carro: não é uma opção muito boa pois eles dirigem na mão inglesa e o trânsito nas grandes cidades é caótico igual no ocidente, além das placas estarem em japonês. Taxi é considerado caro, para ser usado em caso de extrema necessidade. A linha férrea supre bem as necessidades do turista;
  • Trem e metrô: são cobrados por distância. Nas estações de trem você pode calcular o valor para a viagem ao seu destino, no ônibus é mais complicado até de entender as rotas. O pagamento é antecipado nos trens, mas você precisa do ticket para sair da estação, e se tiver pago errado, tem que ajustar antes de sair. Mesmo o trem bala não tem bagageiro, porém se você for esperto, no fim dos corredores tem espaço para mala;
  • Avião: o trem bala é muto eficiente e rápido, avião é para distâncias enormes como Hokkaido e Okinawa (e talvez Tokyo - Hiroshima). Não tem como incluir os trechos domésticos no bilhete internacional, o que significa que o passageiro perde a franquia de bagagem e só pode viajar com uma mala de 23kgs internamente;
Gordices: o Japão não vive só de sushi e sashimi, muito pelo contrário! Cada região tem orgulho da sua especialidade e mesmo para o mais frescos é possível encontrar opções de cozinha "internacional". A maior estranheza fica para o tamanho das porções, que são menores que as americanas, mas dá bem pro estômago. E não é caro!
  • Dica primordial (que aprendi com Anthony Bourdain): vá aos restaurantes onde estão os locais. Se estiver em um lugar com muito turista, você está fazendo isso errado. A comida local está onde os locais estão ;)
  • Sushi e sashimi: esqueça o que acha que sabe sobre isso, não existe nada comparado no mundo. É como comer feijoada fora do Brasil: pode ser bom, mas nunca é a mesma coisa. Esqueça do salmão, aproveite para comer muito atum fresco e gostoso! Pra quem é muito fã, vale a pena ir super cedo ao mercado de peixes, o Tsukiji, em Tokyo. Não dá pa ser mais fresco;
  • Lamen: o noodle japonês, muito diferente do miojo que você faz em casa. Cada região tem uma especialidade e é fácil encontrar em todo lugar. Existem restaurantes de máquina, onde você escolhe o seu tipo e pega um papel numa máquina e dá para  garçom fazer. Pra quem tem medo de interagir ;)
  • Comidinhas de rua: em geral frituras ou churrasquinhos, como takoyaki e robata (espetinhos), além de tempurá (sabiam que é na verdade um prato incorporado após a chegada dos portugueses na ilha?). Os japoneses são desorganizados, mas muito limpos, então pode confiar!
  • Teishoku: o comercial japonês. Uma opção de carne com porção de arroz, entradinha (em conserva), saladinha, tofu e missoshiro. O bom é que os restaurantes podem ter as vitrines de comida, dá pra escolher o tipo do prato pela cara!
  • Soba: pra quem gosta, é o macarrão mais grosso, pode ser servido frio (no verão);
  • Comida de combini (loja de conveniência): não é um primor, mas é interessante. Nunca esquecerei a cara do sanduiche de yakissoba. Ou dos ovos já cozidos na "geladeira de coisas quentes". Dá pra montar o soba em algumas lojas também.
Compras: de enlouquecer! Muita coisa diferente. O que vale a pena comprar são eletrônicos de audio e video. Os computadores são bons, mas tem sistema operacional e teclado japoneses. Comprar roupas é um pouco frustrante pois os padrões são bem menores dos que os ocidentais. E as mangas são "curtas".
  • Lojas off (hard off, book off, etc): são lojas de usados, mas não de coisas toscas. As vezes tem coisas novas, mas que sairam de linha (comprei um ipod fechado numa dessas!). Os cds são super bem conservados!
  • Lojas de Hyakuen (ou 100 ienes): pra quem cohece a Daiso, imagina uma Daiso mil vezes maior e com produtos mais legais e mais variados. Uma perdição! E tudo a 100 ienes! Tem coisas licenciadas como Disney e Sanrio, vale a pena! E não é só Daiso que tem lá, tem outras redes tão boas quanto;
  • Farmácias (Drug): faz a festa na CVS ou Duane Reade nos EUA? No Japão é muito mais legal, não é porque os produtos são infinitamente mais bartos: é porque os produtos são únicos! Os japoneses são conhecidos por ótimos filtros solar e produtos pra cuidado da pele do rosto em geral, rimeis fantástcos, o melhor curvex do universo (Shu Uemura) e um monte de coisa que a gente nem imagina!
  • Moda: tudo o que vamos usar daqui uns 2 ou 3 anos já está na rua e nas lojas de Tokyo. Compre uma revista qualquer (eu gosto da Egg, da Cawaii e da Posh) e faça o teste.
Pacotes de viagem: a vantagem dos pacotes, para qualquer destino, é não precisar planejar nada, alguém já o fez pra você. Porém você fica preso num programa que pode não contemplar tudo o que você quer fazer, e fazer as coisas bem corridas. Para um destino como o Japão, é uma saída para quem tem medo de se perder, de não saber planejar, de estar num país onde não entende a língua, etc. Como sempre, recomendo ler muito bem o contrato e perguntar para o seu agente tudo o que está ou não incluso, perguntar sobre o guia e o suporte no destino e qual o papel da sua agência aqui no Brasil (é ela que organiza? quem você deve procurar em caso de dúvida? quem te ajuda no caso de emergência?). Para quem for montar o seu pacote com ajuda da agência (forfait ou viagem personalizada) saiba que os serviços são muito caros pois a mão de obra é cara no destino. Mas vale muito a pena, tudo sai muito direitinho e eles são bem prestativos.

Fiz esses 2 posts de introdução pra falar da minha viagem nos próximos!

that would be me. bye!

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Pode me chamar de Vy. Balzaquiana com cara de universitária. Turismóloga de formação. Rodinha não só nos pés, mas no coração também. Introvertida. Blogueira old school.

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