Então nossas mini férias começaram e já rolou uma pá de coisas.
O último dia de trabalho foi no sábado, e a noite fomos para uma balada gay em Southampton com os brasileiros da fazenda (a fazenda é uma outra comunidade para pessoas adultas com necessidades especiais, mas que são independentes o suficiente para fazerem trabalhos como trabalhar com a terra).
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A moça do meu lado é inglesa e tava de salto - eu não (nem trouxe meus saltos lindos =( |
A baladinha foi bem legal. O bom de balada gay é que a músca é sempre boa. E aqui toda a balada tem alguma promoção de bebida, do tipo pra tomar de galera ou experimentar algo diferente. E os gaçons, nossa, só magia! Um deles tirou a camisa e a gente ficou inspecionando a distância um piercing no mamilo direito, HAHAHA! A gente não ia ficar tanto tempo, mas ai as bee resolveram "aproveitar" a noite e os ht ficaram lá sentados esperando - e com muita fome! Chegou no ponto de eu ficar hangry (hungry + angry) e ai tivemos que parar no Mc Donald's antes de voltarmos pro camp hill.
Durante a semana tivemos 3 treinamentos - 1 de safeguarding, 1 de autismo e outro de diabetes.
O de safeguarding foi o mais chato porque foi muito técnico, sobre leis e estatísticas e números... Zzzzz!!!! O de diabetes foi mais animadinho pois descobri que a gente tem pelo campus vários livros de contagem de carboidratos (porque tem vários alunos que precisam de insulina).
Agora o de autismo... Quem deu a palestra foi uma moça chamada Ros Blackburn, que tem autismo. Isso mesmo! Ela conta a experiência dela, como é ser adulto com autismo, como foi crescer "dentro do próprio mundo" e como ela se esforça todo os dias para quebrar as barreiras sociais que o autismo impõe a ela. Foi uma das melhores palestras que já vi até hoje (talvez só percam para as aulas com o Clóvis de Barros Filho), e apesar de ter sido às 9h00, eu mal conseguia piscar de tão interessante! Das melhores coisas que ela contou foi que até os 13 anos ela não falava porque ela não queria e que o autismo é a falta de vontade e necessidade de interação social. Autista odeia ter que interagir e é por isso que muitos não falam - porque falar significa que os outro vão interagir com você. Para ela, dar palestras é uma forma de ela atingir independência e se realizar pessoalmente tendo sua própria renda sem precisar de ajuda de programas sociais. E em palestras ela não interage com os outros - ela está a salvo em um palco, onde só ela fala.
Durante a semana, fiquei mais tranquila em casa. Fui na Ikea com os meninos da fazenda e ficamos rodando e criticando os comodos, hahaha. Mas de verdade, tantas coisas legais que eu queria comprar... Sai de lá com um calçador que era tudo o que meu dinheiro tava dando pra comprar!
Durante a semana também discutimos (via whatsapp) sobre a viagem do fim de semana para Londres. Um bando de desorganizado que conseguiu perder a reserva em um hostel na cidade e teve que se contentar com um hostel lá pras bandas do parque olímpico... Mas isso fica pro próximo post!
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