Ultimamente tenho divagado muito sobre relacionamentos. Desde que voltei ao Brasil, sabia que mais cedo ou mais tarde eu sentiria a necessidade de procurar por um, e quando voltei a morar em São Paulo resolvi começar, mesmo que lentamente, a procurar por isso.
Embora eu seja totalmente a favor da liberação sentimental e sexual das mulheres e entenda perfeitamente como mulheres podem transar como a Samantha Jones, descobri que isso simplesmente não é muito pra mim.
Como introvertida, odeio conhecer gente nova. Já tenho faniquitos de ter que me sujeitar a dates, quem dirá dessa ideia de sair cada dia com um cara estranho diferente? Oh, the horror!!! Eu poderia me contentar com um PA fixo, mas eu me conheço, e se eu vou ter paciência de sair sempre com a mesma pessoa é porque eu curto e no médio prazo o que era pra ser casual se transformaria em uma muleta emocional e eu quebraria a cara e o coração, e se tem algo que eu evito nessa vida é sofrimento sentimental (vide post sobre ser INTJ), então o que me resta é procurar um namorado.
Mas veja bem: eu sei perfeitamente que eu sou bem feliz sozinha. Eu não preciso de ninguém pra me fazer feliz. Seria bacana alguém pra compartilhar o lado bom da vida, mas não é essencial. Então pra que eu quero me meter numa história que nunca deu certo pra mim?
Ter um namorado é um desejo do ego. Mais do que amar, todo mundo quer ser amado. Não porque o amor é a coisa mais maravilhosa do mundo, mas porque ter alguém que te ama prova o seu valor, que você é digno desse sentimento, é a prova cabal de que você é sim essa pessoa incrível que seus amigos dizem que você é.
A ideia do amor é uma pressão social, e meu ego não está imune a isso. Meu ego, inclusive, se sente bastante ferido ao ser rejeitado, por mais que racionalmente eu saiba que é melhor estar sozinha do que mal acompanhada. E quem nunca se questionou, ao ver alguém de caráter duvidoso namorando, "o que el@ tem que eu não tenho?"
Tenho períodos melhores que outros, então tenho em mente uma coisa muita sábia que uma amiga me disse num desses momentos de desespero: "você não gostaria de namorar essas pessoas" (no sentido de que eu não quero namorar qualquer um só por namorar).
Talvez um dia eu supere esse desejo e me satisfaça com um relacionamento mais liberal, com um PA que supra as necessidades básicas e me dê o espaço que eu preciso (que só aumenta com a idade), mas até lá eu vou tentando racionalizar as coisas pra tentar viver com elas.
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