Descobri Emily Giffin através da Fe, que é fã da autora. Na época, resolvi ler um livro dela depois de ter sido adaptado para o cinema. "O noivo da minha melhor amiga" é o filme do livro "Something borrowed". O título é uma alusão à tradição de usar "something old, something new, something borrowed, something blue" (algo antigo, algo novo, algo emprestado, algo azul). Em "Something borrowed acompanhamos a história da Rachel e seu envolvimento com o noivo da sua melhor amiga, a Darcy. A história continua em "Something blue", contada pela visão da Darcy (no Brasil o livro ganhou o título de "Presentes da vida" - e devo dizer já que as "traduções" dos títulos dela são péssimas). E no fim do livro tem uma "amostra grátis" de outro livro da Emily, o "Baby proof" (Uma prova de amor, que achei particularmente medonho).
"Baby proof" é sobre Claudia, uma mulher de uns 30 anos que não quer ter filhos. Ela conhece Ben em um encontro às escuras, e além de ele ser bonito e interessante, também compartilha da sua não vontade de ter filhos. Eles se casam e tem uma vida ótima... Até que, claro, Ben começa a duvidar da sua escolha de vida. Então acompanhamos a história pelo lado da Claudia, que tenta dissuadir o marido da ideia absurda de ter filhos nessa altura do jogo, sem sucesso, e a vida de uma mulher aos 30, bonita, bem sucedida, inteligente, independente e morando numa cidade grande (Nova York).
Eu gosto dos livros da Emily Giffin pois contam histórias de mulheres reais. Não são perfeitas, e não são parecidas (não são as Helenas de Manoel Carlos, por exemplo). A Rachel era um tipo bem mais "fofinho", a Darcy era meio "maluca" e a Claudia é um tipo bem racional. E todas tem defeitos. E todas estão na faixa dos 30 anos, uma coisa meio "Sex and the City", hehe.
Acho que de todos os personagens que eu já li até hoje, a Claudia é a que eu mais me identifiquei na vida. Desde o começo fiquei pensando que tudo o que ela pensava e fazia era exatamente o que eu faço e penso! Não só porque ela não quer ter filhos, mas suas motivações, sua racionalidade e sua maneira de ver a vida. Claudia definitivamente é uma INTJ, como eu!
Pelo título original, "Baby proof" (algo como "A prova de bebês"), eu não tinha muito como saber que rumo a história podia levar. Claro que não é um livro trágico e super denso, mas a verdade é que durante a leitura a história parece tão real que você começa a imaginar todos os cenários muito reais que o desfecho pode levar. Afinal, a vida real não tem nada de conto de fadas e finais felizes. Mas pelo título que ganhou por aqui, já dá pra imaginar (ainda bem que eu não sabia o título daqui antes de ler!).
A leitura não levou nem 48h direito, é bem fácil e leve, mesmo em inglês. Gosto que conta uma história real, não existe nada de extraordinário, nenhum acontecimento surreal e os personagens parecem muito reais, baseados em gente de verdade, sabe?
Não é meu livro favorito (ainda gosto mais de "Something borrowed", por exemplo), mas com certeza Claudia é a personagem que representa a minha vida. Tive vontade de chorar de emoção de me sentir tão bem representada!
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