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sexta-feira, 10 de abril de 2020 at 14:00
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#bedadaquarentena: leitura de conforto

Eu conheço gente que não relê livros. Eu não só releio livros, como faço com frequência. Também reassisto filmes e seriados, não importando se existe mais coisa nova que eu até gostaria de assistir. É como aquela comida que nos dá conforto (a comfort food): a leitura/o filme/seriado de conforto.

Eu estou com o maravilhoso "Lugares distantes" do Andrew Solomon pra continuar a leitura, mas apesar de eu amar tudo sobre o livro (do autor ao tema a forma como ele escreve), é um território desconhecido. E em tempos incertos eu gosto de me voltar para aquilo que eu já sei que é bom - por isso de tempos em tempos eu releio algum livro que eu gosto muito.


O livro da vez é o "Felicidade desesperadamente", uma transcrição de uma palestra do Andre Comte-Sponville, sobre o que é a felicidade na ótica da filosofia.

A primeira vez que eu li esse livro estava na faculdade. Foi o Clóvis de Barros Filho que nos deu pra ler para uma prova. A aula dele era pra ser sobre "Direito no Turismo", mas acabou sendo sobre ética e bastante existencialista (acho que todos acabamos saindo existencialistas da faculdade por causa dele!). Na época ele teve que tirar xerox de uma edição que ele tinha, porque o livro não estava disponível. E eu guardei o xerox por todo esse tempo, tendo relido ele algumas outras vezes. No fim do ano passado, achei o livro para comprar na editora e pedi. Agora tenho um livro pra chamar de meu <3.

Lembro que a primeira vez foi bem difícil de ler porque ele não começa exatamente feliz, já que começa definindo a felicidade como algo desejado, e desejo é falta (você nunca atinge a felicidade, uma vez alcançado um objetivo, cessa o desejo - pois já não falta - e a felicidade está no próximo desejo), o que nos faz ficar bastante deprimidos, mas é só uma forma de fundamentar a explicação e  acabar explicando como é possível atingir a felicidade partindo de uma definição de amor incondicional. É, eu não sei explicar, hahaha, mas passando a parte difícil, no fim a gente sai alegre. Como eu digo, esse é eu tipo de auto-ajuda, porque me faz pensar no assunto e em outras muitas coisas de outra forma.

Agora eu vou lá voltar pro outro Andre, o Solomon, mais alegre, mais conformada, mais confortada.

beda 2020

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that would be me. bye!

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Pode me chamar de Vy. Balzaquiana com cara de universitária. Turismóloga de formação. Rodinha não só nos pés, mas no coração também. Introvertida. Blogueira old school.

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