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segunda-feira, 24 de agosto de 2015 at 10:30
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fazer o bem... a quem?

Esses dias vi na tv um segmento que falava sobre altruísmo e até que ponto o ser humano é capaz de fazer o bem pelo próximo sem esperar uma recompensa de volta.

Claro que a gente não pode ser interesseiro, sempre esperar que os outros retribuam nossos favores, mas até que ponto a gente não faz o que faz pra se sentir melhor consigo mesmo? Do tipo, "olha só eu, eu sou bacaninha e faço o bem sem olhar a quem".

Aparentemente rola até um "altruísmo ostentação" por aí. Gente que se gaba de fazer voluntariado, se acha melhor do que os outros por isso.

Veja bem, jamais pensei em fazer isso aqui quando resolvi contar minha história. Eu nem sabia que as pessoas ostentavam até nessa hora!

Mas sempre deixei claro: eu estou embarcando nessa pra me descobrir. Pra me sentir melhor comigo mesma. Quero me sentir útil pro mundo. Claro que quero ajudar porque acho importante para as pessoas ajudadas, mas acho que também vou sair ganhando muito.

Eu não acho errado fazer o bem pra se sentir bem consigo mesmo. Não acho exatamente certo ficar ostentando, mas se for um trabalho bem feito, que ajuda mesmo o outro, tanto melhor. Se for isso que o mundo precisa pra incentivar o outro a olhar com mais compaixão pro próximo, que seja. Tanto melhor que mais pessoas ajudem quem precisa de verdade.

Vendo minha mãe cuidar da minha avó por mais de 10 anos eu sei que o que as pessoas mais precisam é do tempo do próximo. Dinheiro é importante, mas não é tudo. O mais importante mesmo é botar a mão na massa. Um pouco de atenção as vezes vale mais do que o pagamento de qualquer dívida financeira.

Eu sei que muita gente tem receio de fazer voluntariado por conta do aspecto psicológico. Porque não é fácil não sofrer com alguém que está próximo, na sua frente. Eu sei porque é o maior motivo de eu nunca ter entrado em uma instituição que cuide de crianças com câncer, por exemplo. Tenho vontade de chorar só de pensar. Pra mim é uma das causas que mais me toca, é pra isso que doamos, mas ninguém tem coragem de ir lá doar nosso tempo, por medo de nos acabarmos em lágrimas.

Mas a gente pode achar alternativas. Como eu achei. Não necessariamente de mudar de país e dedicar todo o tempo pra uma causa. Mas começar pequeno. Um dia no mês. Ou na semana. Umas horinhas. Ajudar 1 pessoa. 1 família. Ou uma instituição.

Não estou falando que todos temos que doar nosso tempo aos outros. Mas quem tem essa vontade, saiba que é possível, e não tenha medo de se sentir culpado de achar que está fazendo bem pro seu ego. Você também estará fazendo um bem pro mundo ;)

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that would be me. bye!

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Pode me chamar de Vy. Balzaquiana com cara de universitária. Turismóloga de formação. Rodinha não só nos pés, mas no coração também. Introvertida. Blogueira old school.

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