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quarta-feira, 16 de agosto de 2017 at 10:30
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Eu não sou exatamente a pessoa mais efusiva sobre meus sentimentos, mas outro dia li um relato que me deixou bem pensativa.

Há uns tempos tenho tentado ser o mais honesta e sincera possível nos meus relacionamentos, com todo mundo, mas sempre tive esse jeito bem quieto que requer um certo empurrãozinho pra se abrir.

Já estava pensando há muito tempo, desde que reli "Orgulho e Preconceito" da última vez, sobre como para Jane Bennet e a família dela era óbvio que ela estava apaixonada por Mr Bingley, mas como o Mr Darcy (ah <3) achava que seu amigo estava desperdiçando seu tempo com uma garota que não lhe retribuía os sentimentos, porque ele não a conhecia e não entendia que mesmo timidamente, essa era a forma de Jane demonstrar afeto. As vezes fico me perguntando se é isso que acontece, porque as vezes eu acho que estou fazendo muito esforço, porque eu me conheço muit bem, mas não sei o que as pessoas de fora acham.

Foi então que li essa experiência que uma moça teve, contratando um terapeuta para analisar um encontro que ela teve com um cara do aplicativo. Para ela, ao final, o encontro parecia ter ido muito bem, mas sem muita conexão, e isso a desencorajava a demonstrar a atração que sentia pelo date. Ela achava que a falta de um encorajamento da parte dele era uma forma de ele dizer que não estava interessado, mas foi ai que o terapeuta questionou: e se o moço também estivesse esperando uma brecha dela para demonstrar atração? Porque o terapeuta também concluiu que o encontro tinha ido muito bem, e enxergou uma atração que ela não viu, só porque ele não foi mais claro com suas intenções, não o quanto ela gostaria que ele tivesse sido.

A gente vive numa era muito maluca, em que demonstrar interesse parece uma heresia, que o mundo dos relacionamentos é um jogo para ver quem demonstra menos interesse, em que quem é honesto com seus sentimentos é um perdedor. Quem cresceu no meio das "dicas" da Capricho e afins sabe que uma das regras era jamais ligar para o paquerinha muitas vezes, e sempre esperar uns dias para ligar para o ficante, ou até falar com ele, porque senão ele podia perder o interesse! A gente cresceu com essa noção muito errada que quem demonstra menos interesse tem mais "poder" e que os caras não estavam interessados em pessoas "fáceis".

Claro que ainda estou a milhões de anos luz de ser completamente aberta sobre tudo, mas vejo que cada vez mais me importo menos com esse tipo de regra, e se tem gente que ainda vive sob elas é até bom que elas sumam da minha vida se me acharem sincera demais.

O crush atual tem me ensinado dessas coisas, como é bom se sentir querida, e como não faz mal dizer o que sente. É tão gostoso quando alguém fala que está ansioso pra ir no cinema com você, ou simplesmente faz planos pra sair junto, diz que "temos que fazer algo na semana que vem" e demonstra que gosta da sua companhia. E eu acho que se isso é bom pra mim, também é bom pra ele.

Acho que no quesito amizade eu sou um pouco melhor, porque sempre falo com meus amigos, ou marco eles em publicações, mando links que me fazem lembrar deles, e acho que a natureza da amizade também facilita esse tipo de interação. E se as nossas amizades verdadeiras funcionam bem assim, acho que as demais podem se beneficiar dessas atitudes, que não precisam ser grandiosas, bastam ser sinceras <3

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that would be me. bye!

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Pode me chamar de Vy. Balzaquiana com cara de universitária. Turismóloga de formação. Rodinha não só nos pés, mas no coração também. Introvertida. Blogueira old school.

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