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sexta-feira, 3 de abril de 2020 at 14:00
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#bedadaquarentena: ansiedade geral

Eu sei que essa história de quarentena sanitária tá mexendo com os neurônios gerais da nação. Até eu que não sou muito de ansiedades estou ficando meio maluca. Minha mãe é idosa e fumante, e em SP eu moro com outra pessoa idosa, então claro que fico muito preocupada com elas. Não só de elas ficarem doentes, mas de como elas vão enfrentar isso. Infelizmente não posso cuidar das 2 ao mesmo tempo, e escolhi voltar pra casa pra ficar perto da minha mãe. Eu sabia que ela relutar em entrar em isolamento, e foi bom que eu tenha vindo pra cá pra pelo menos ajudar no dia a dia, porque inevitavelmente a gente sempre tem que sair uma hora ou outra, e é melhor que essa pessoa seja eu.

Todos os memes sobre millenials x boomers são muito reais. Todos os meus amigos estão enfrentando os mesmos desafios com seus pais que insistem em ir em feiras, farmácias, coversar com os vizinhos ou até ir na missa! Até eu voltar pra casa (alguns dias antes do isolamento decretado pelo governo estadual) minha mãe ainda achava muito normal ir para a feira, a missa ou sair de vez em quando pra comprar pão fresco. Juro, no começo foi meio enlouquecedor, e pela primeira vez na vida vi que uma hora ou outra, todo mundo vai trocar de papel com os pais. Minha mãe é uma criança muito teimosa!!! O que finalmente fez a chavinha virar e a ficha cair foi a famigerada live do Atila Iamarino do dia 20 de março (busquem no YouTube se tiverem estômago ou precisarem converncer alguém de que distanciamento social é vital nesse momento), que eu não fiz ela ver não, ela viu de curiosa, haha! É que ela tem uma tv smart na sala que só eu se usar (ela não tem o menor interesse de aprender a mexer) e de vez em quando eu boto uns videos do YouTube pra gente ver. Esse não era pra ela ver, mas quando ela passou na sala e viu que o assunto era covid 19, ela resolveu parar pra assistir. E finalmente entendeu que a parada é séria, não uma histeria minha.

Ainda assim, a gente não consegue se isolar 100%, principalmente por morar em prédio. Por sorte minha mãe sempre foi hiper maniaca por limpeza e tem tomado recauções extras para tirar o lixo de casa, por exemplo (por causa dos bombeiros o prédio não pode permitir latões nos andares para o recolhimento, nem nas portas, dos apartamentos - e também acho que o zelador e a mulher já estão no grupo de risco), e quando eu saio para comprar alguma coisa para a casa, tomo tanta precaução na volta que eu já tive que decretar que saídas agora só quando estritamente necessárias porque eu não aguento o stress que eu passo de me preocupar de ter pego algo na rua.

O que claro, não me impede de continuar me preocupando. E se eu for assintomática? E se eu estiver doente? E essa tosse que não passa há 1 mês e meio? E essa dor de cabeça? Dor no peito? Sério, quanto mais sintomas incluem na lista da covid 19, mais doente eu me sinto. Eu não sou hipocondriaca nem nada parecido, mas as vezes eu acho que eu tô tendo covid 19 psicológica! (De verdade, racionalmente eu sei que não tenho nada fisiológico, mas vai que...)

Eu sei que nosso modo de vida foi transformado para sempre, que não voltaremos para a vida que tinhamos antes, que muita coisa vai mudar mesmo quando tiverem uma cura e uma vacina, mas eu juro que de tudo, o que mais quero é voltar a ter paz de espírito. E essa é uma das coisas que eu acho que a gente vai valorizar muito quando essa loucura passar. Além, claro, de ver o que é que realmente importa na vida.

Enquanto isso não passa, vou tentar retomar algumas leituras (em tempos incertos eu sempre acabo voltando para "Felicidade desesperadamente", que já pulei na frente de outras leituras - oops!) e aproveitar a movimentação dos meus grupos de whatsapp - de verdade, tenho poucos, sempre entre meus amigos mais chegados, então se tem alguma coisa boa dessa história de ficar todo mundo em casa o tempo todo é que agora todo mundo tem mais tempo de responder as mensagens, engajar em conversas, compartilhar memes e informações e se snetir mais unido <3


beda 2020

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Pode me chamar de Vy. Balzaquiana com cara de universitária. Turismóloga de formação. Rodinha não só nos pés, mas no coração também. Introvertida. Blogueira old school.

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