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segunda-feira, 29 de março de 2021 at 10:30
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mundial de patinação artística 2021 - estocolmo, suécia

A semana do mundial acabou de passar e há MUITO  ser dito. principalmente: WHAT. THE. ACTUAL. FUCK?

Vou deixar os comentários sobre os protocolos de segurança pro final. Vamos começar pelas amenidades.

Dança no gelo: sem Papadakis e Cizeron, depois da aposentadoria do Virtue e Moir, não tem muita graça. Vimos o free porque passou ao vivo de tarde. Não sei nem opinar o quão bem o mal eles foram. Pódio liderado por russos, seguidos dos americanos e canadenses. Foi o pódio mais diversificado do evento.

Pares: confesso que assisto pares só por causa de Sui e Han. Eles aproveitaram a pandemia para descansarem e "fazerem a manutenção". Han operou o quadril, o que os deixou de fora das competições no começo da temporada. Mas mundial é mundial, e com 8 semanas de treinamento, eles apareceram na Suécia. Sinceramente, nem parecia que eles estavam parados há quase 1 ano. Não levaram o ouro porque cometeram alguns erros, mas levaram prata. A Rússia ficou com as outras 2 medalhas. Porém devo deixa o meu comentário sobre o par campeão: Mishina e Galiamov tiveram o free mais emocionante de toda a competição! Fora impecáveis, e a apresentação incluiu muitas transições maravilhosas! Vale a pena assistir:



Feminino: sabíamos que teríamos um reinado russo, mas esperávamos que a Rika conseguisse se infiltrar. E fomos iludidos! No short ela ficou em segundo, com seu "Fire Within" e a estrela de 1 mão só!



E também a russinha, a Alexandra Trusova, foi bem mal na sua apresentação e ficou lá atrás. E acho que por isso, como ela já não tinha mais o que perder, ela voltou com tudo no free. Ela pode não ser a patinadora mais esmerada, mas eu gosto do elemento caótico que ela trás. Você nunca sabe o que esperar. Ela reclama que existe limitação no short feminino (não pode saltar quadruplo), mas ela mesma não consegue acertar todos os saltos sempre. Mas ela tenta, e é isso que faz a diferença. E fez. Num dia inspirado, ela fez a melhor pontuação do free.

Minha Rika Kihira queridinha tem UM quadruplo, que ela apresentou no nacional japonês, e eu tinha muita esperança de que ela pudesse tentar de novo. Mas não tentou T.T e também não teve uma apresentação, o que acabou culminando no pódio russo. Trusova conseguiu subir muitas posições, e Anna e Elizaveta tiveram ótimas apresentações. Elizaveta foi a campeã de 2015, mas com a profundidade da categoria na Rússia, ela foi soterrada pelas meninas mais novas. Porem desde o início da temporada ela tem demonstrado que a maturidade é sua maior arma. Ela tem se colocado bem em todas as competições e não foi diferente aqui. Depois de 6 anos, ela conseguiu uma medalha (de prata) novamente.



Anna Scherbakova foi a a campeã, mas só porque ela consegue ser muito consistente. Minha mãe passou a semana reclamando que a Elizaveta merecia mais, HAHAHA! Eu concordo, as apresentações dela não me passam emoção nenhuma.

E ai chegamos ao masculino... Ah! A categoria mais esperada! E também a mais tensa.

O short até que foi bem tranquilo. Tirando nossas crianças caóticas, claro. Jin Boyang, querido, GET YOUR ACT TOGETHER!!! O time de Toronto está listado como seus treinadores, então esperamos que ele se concentre melhor de agora em diante. E Shominha, meu amor, NÃO MATA A GENTE DO CORAÇÃO!!! Ambos não foram muito bem. Embora ainda tenham ido muito melhor do que o Vincent Zhou, que de tão mal nem se qualificou pro free! E Keegan Messing trouxe esperança aos corações canadenses, com seu "Perfect" colocando ele no primeiro (último) grupo.



Yuzuru teve um ótimo short, aquecendo nossos corações! Assim como Yuma Kagiyama, que conseguiu um lugarzinho no top 3!



Nathan, depois de 3 anos, teve um mal short e ficou em terceiro. Isso que dá se apresentar com roupa tosca!!! (Vou sempre implicar que as roupas dele são péssimas)

Mas o free era um novo dia, cheio de surpresas. O gelo devia estar muito ruim, os 2 primeiros grupos foi uma festa de tombo. Brezina saiu com um saco de gelo no quadril <o> Mas ai passou o zamboni pra alisar o gelo e tudo melhorou. Han Yan veio com o único "La La Land" possível. É uma pena que ele não tenha quádruplos! E também, como Jin Boyang foi mal de novo, ele não conseguiu pontos suficientes para garantirem os dois lugares para a China nas Olimpíadas! E agora a federação deles terá uma tarefa muito difícil para escolher quem mandar ano que vem: um atleta consistente mas que não consegue pontuar o suficiente para subir ao pódio ou o outro que pode conseguir a pontuação... SE tiver um bom dia? Yikes!

Outro que teve um bom dia foi o labrador humano Jason Brown. É sempre um prazer assistir suas apresentações, ele é tão longilíneo e flexível, além de super artístico! E no free ele trouxe seu primeiro quádruplo! Não foi o mais perfeito, mas ele conseguiu saltar sem cair um quad salchow muito bom!

E Shoma conseguiu se redimir e teve um ótimo "Dancing on my Own", talvez o melhor desde que ele apresentou esse programa em 2019! E ao final ele olhou, ainda no gelo, para o seu treinador, Stephane Lambiel, procurando aprovação antes de comemorar! A gente shippa sim essa parceria!

A Rússia levou, além do MIkhail Kolyada, um atleta novo, que fez muito bonito e também ficou no top 10. Kolyada não teve a apresentação mais inspirada da vida, mas foi muito bem. Mais um retorno russo dando certo!

Ai vem o top 3. Que continuou top 3, mas com algumas mudanças. Nathan Chen se redimiu dos seus erros no short. E o free foi bem melhor mesmo. Até arrisco a dizer que sua apresentação tem melhorado, tem mais transições, está menos "vazia". PORÉM, não a ponto de pontuar tão alto! O favorecimento dele foi tão gritante que foi VERGONHOSO! E ele nem precisava, sabe?

Yuma também teve um bom dia e foi a coisa mais fofa a comemoração dele ao perceber que estava no pódio. 



Yuzuru por outro lado estava visivelmente afetado. Simplesmente não parecia o Yuzu de sempre. E isso transpareceu no gelo. Os saltos não estavam saindo do jeito que deveriam, e até seu perfeito Axel triplo não deu certo =( Foi de cortar o coração. Ainda assim conseguiu subir ao pódio, mas atrás de Yuma, e não da forma como ele desejou. (e depois saiu uma notícia de que ele teria tido um ataque de asma ao final da apresentação)

Essas competições grandes são sempre uma caixinha de surpresas, e tivemos muitas essa semana. Canada reconquistou seu segundo lugar no masculino para as olimpíadas, mas a China perdeu (as Olimpiadas de inverno serão em 2022, em Pequim). EUA conquistaram um terceiro lugar no feminino, a Rússia provou como será competir sem bandeira e nem hino (em 2018 eles competiram como "atetlas olímpicos da Rússia" e a partir das Olimpíadas de Tóqui estão proibidos de terem qualquer menção e vão competir sob a mesma "bandeira" que os apátridas/refugiados, como punição pelos escândalos do doping).

Mas no fim, tem sempre a gala pra gente relaxar e apreciar o que o esporte tem de mais atraente: a arte da dança.


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that would be me. bye!

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Pode me chamar de Vy. Balzaquiana com cara de universitária. Turismóloga de formação. Rodinha não só nos pés, mas no coração também. Introvertida. Blogueira old school.

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