terça-feira, 15 de setembro de 2015 at 09:21
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Minhas folgas são terça e quarta, e quinta a gente só tem 2h30 de shift para participar da reunião da casa - uma semana é a nossa reunião, na seguinte é na outra casa de college e a gente fica de olho nos alunos de lá. Quinta também é um dia feliz: é dia de receber nosso pocket money! Não é muito, mas já serve pra alguma coisa.
A reunião da primeira semana foi bem básica, só de boas vindas, comentar sobre os novos alunos, o que aconteceu naqueles 3 primeiros dias. Depois, pedi para falar com a nossa house coordinator sobre as folgas. Apesar de não termos um contrato assinado (ao menos não do tipo "vendo minha alma para o Mickey"), temos direito a folgas. Todo bimestre rola uns dias de "férias" para os alunos voltarem pra casa e a gente também tem folga. Eu estava mais preocupada sobre as férias de fim de ano, pois há uma chance das ~migas virem pra Londres <3. Tomara que role! Ai também aproveitei para refletir sobre minha viagem a Paris e acho que será melhor ir quando o tempo não estiver tão frio.
Na sexta achei que finalmente teria um gostinho da vida dos alunos no college... Mas tivemos o treinamento que ficaram nos devendo na semana anterior! O pior mesmo é que eu tive que acordar mais cedo (meu shift era depois do meio dia)...
O treinamento que ficaram nos devendo é o tal do Proact-Scip UK. É meio que uma aula de auto defesa contra pessoas que não podem ser responsabilizadas pelos seus atos. Ou no nosso caso, como nos defender caso os alunos se ponham ou nos ponham em risco.
A primeira parte foi teórica. De manhã. Cedo. Imagina minha (falta de) alegria? Na hora do almoço corremos pra casa comer, mesmo em meio a loucura que é a hora do almoço nas casas, e voltamos para a parte prática. A parte que todos esperavam.
Para a parte prática, precisavamos de espaço e fomos para o gym. Uns dias antes o Henrique tinha me levado lá, nao é um ginásio grande, mas tem uma quadrinha coberta, chão de madeira e alguns aparelhos para o uso das terapias com os alunos.
Mesmo essa aula prática foi meio teórica. Quer dizer, estavamos em um ambiente monitorado e controlado. A gente sabe que na vida real as coisas não acontecem cronometradas. Aprendemos a manter equilibrio e firmeza do corpo e nos defender e ataques próximos. Também aprendemos a conduzir alunos de forma calma quando necessário e até como fazê-los se moverem caso estejam empacados mas em situação de risco.
O problema é que temos alguns alunos bem grandes. Não gordos, mas altos. E eles têm muita força. Na verdade, eles não medem a força que tem. Na aula é fácil medir a sua força pra não machucar o amigo, mas na realidade a gente sabe que eles vão avançar com tudo.
Depois da aula ainda tivemos que voltar pras casas para "terminar" nossos shifts. O meu só ia terminar as 21h30. 12h de pé...
Voltei na hora da volta do college. No fim das aulas, os alunos voltam para as casas e toma um lanche. Tem aluno que só passa o dia no camp hill então vai embora direto (claro que alguém acompanha até o portão até que alguém venha buscar). Outros passam a semana aqui e ai os pais vem buscar na sexta depois da aula. O fim do dia é meio caótico porque é quando todo mundo chega nas casas, é muita gente junto tentando fazer muitas coisas ao mesmo tempo. Os alunos tem que tirar os sapatos, os casacos e as mochilas no hall, antes de entrar na casa, e nem sempre eles fazem isso de maneira ordeira e rápida.
Como eu cheguei e a casa tava recebendo o pessoal no fim do dia, não tinha uma função específica, fiquei no escritório esperando ser instruída sobre o que fazer. Ajudei a pegar pertences de alunos da semana, pegar café pros pais, e no geral, ajudei a não ajudar porque tava muito perdida, haha!
Passado o turbilhão, me colocaram para cuidar de um menino que tem a síndrome do X frágil. No geral, é bastante independente, mas tem um pouco de dificuldade motora e tem pensamentos obsessivos. Ele pode passar manteiga no pão, por exemplo, mas faz comouma criança aprendendo a fazer isso. Toma bano sozinho, mas não é aquela maravilha. Conversa bem, mas só sobre aquilo que ele quer conversar. E o assunto pode ficar em looping eterno...
Como ainda não conheço tão bem todos os alunos, fiquei mais observando, e não fiquei sugerindo nada, fiquei meio seguindo o aluno pra ver como era. Foi bem tranquilo nesse quesito, ele foi bem bonzinho, fez tudo direitinho (do jeito dele) e foi fácil terminar o dia, só mandar dormir que tudo bem.
Fiquei meio frustrada de não poder ver como é quando eles vão pra aula, mas naquele dia... Muito cansaço! No fim foi bom que tivesse sido assim.Marcadores: camp hill, diário de viagem, voluntariado
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